Medida se faz necessária para o reequilíbrio econômico financeiro e para que o serviço não seja interrompido
Há dois anos sem reajuste de tarifa, e desde 2013 aguardando com paciência a constituição do Consórcio Intermunicipal de Mobilidade Urbana – CIMU, a Viação Santa Clara operadora do sistema de transporte coletivo de Mafra, Rio Negro e da linha interestadual – Faxinal/Bom Jesus esgotou todos os seus esforços para manter o transporte de passageiros como é operado hoje.
Para que o serviço não seja interrompido em sua totalidade a empresa, mais uma vez, será obrigada a tomar medidas extremas para que exista um equilíbrio econômico financeiro. Para isso algumas linhas deixarão de ser operadas.
Além da falta de reajuste da tarifa algumas linhas são ‘pirateadas’ – quando outras empresas fazem o transporte de passageiro sem qualquer tipo de autorização – fato que ajuda no desequilíbrio tarifário.
A Viação Santa Clara também é constantemente fiscalizada pelos órgãos e autoridades competentes, fato que não ocorre com a mesma frequência com outras empresas que praticam o serviço de transporte de passageiros, como no transporte escolar e no transporte do interior, o que a empresa julga desleal. É necessário destacar ainda a cobrança por parte do sindicato da categoria que sempre cobra o cumprimento da convenção trabalhista, fato que é desconhecido se ocorre com outras empresas e se elas possuem uma convenção firmada.
Sem alternativa a empresa será obrigada a realizar ajustes em sua operação para isso já notificou as duas prefeituras municipais. Informando a de Rio Negro que a linha da Fazendinha deixará de ser operada. Outras linhas, tanto em Mafra quanto em Rio Negro, também poderão ser cortadas ou alteradas, para isso está sendo realizado estudos para que o usuário do transporte coletivo não fique desassistido.
A Viação Santa Clara chegou ao seu limite, ela nunca fugiu das suas responsabilidades, sempre atuou e atua para proporcionar o melhor serviço de transporte público.
Porém ela não executa o serviço sozinha, ela é prestadora do serviço e necessita que os poderes públicos municipais entendam a necessidade urgente em discutir o transporte coletivo, bem como da implantação do Consórcio Intermunicipal de Mobilidade Urbana, modelo ideal para o serviço de transporte de passageiros em Riomafra, onde os três sistemas poderão ser gerenciados por apenas um órgão gestor, ao invés dos atuais três gerenciadores o que proporcionará a realização do processo licitatório para dar segurança jurídica para o sistema de transporte dos municípios.