Hoje, segunda-feira (20) é o Dia Mundial das Abelhas. Como seria o mundo sem elas? Não seria só um mundo menos doce, sem mel… Mas também sem maçãs, peras, abacates, abóboras, melões, melancias, cerejas, pimentas, chocolate, café.
A maior parte dos alimentos cultivados depende da polinização. Só que alguns agrotóxicos usados em lavouras estão matando as abelhas e ameaçando o equilíbrio tão importante para todos nós.
Pesticidas à base de nicotina são grande risco não apenas às abelhas, ameaçadas de extinção, mas também para outros animais como borboletas, aves e insetos.
As abelhas do mundo inteiro estão sob forte ameaça dos agrotóxicos, em especial dos neonicotinoides, uma classe de pesticidas derivados da nicotina. Isso não é novidade: desde de 2008 que a comunidade internacional discute os perigos dessa substâncias e em 2013 a União Europeia proibiu parcialmente sua aplicação nas lavouras, como forma de proteger as populações de abelhas, insetos fundamentais para a produção agrícola e que se encontram em forte declínio. Ano passado, o órgão ambiental dos Estados Unidos colocou esses insetos na lista de espécies ameaçadas de extinção.
Um novo relatório do Greenpeace, publicado na Europa, aponta que agrotóxicos neonicotinoides impõem um sério risco não apenas às abelhas, mas também para diversas outras espécies. A análise, conduzida por cientistas da Universidade de Sussex, revisou informações e dados de centenas de estudos publicados desde 2013, quando a União Europeia adotou o banimento parcial dos agrotóxicos clotianidina, imidacloprida e tiametoxam todos neonicotinoides.
Alguns estados estudam acabar com a prática, como o Rio Grande do Sul, onde tramita o Projeto de Lei (PL) 263/2014, que visa proibir a pulverização aérea de agrotóxicos em todo o território gaúcho. Mas por enquanto ainda é permitido em praticamente todo o país, seja de neonicotinoides ou não.