Osasco (na Grande São Paulo): Imagens de câmera de segurança comprovam maus-tratos ao cachorro que morreu após ser resgatado de uma loja do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, segundo a delegada Silvia Fagundes.
A declaração foi dada a Luisa Mell, que esteve na Delegacia do Meio Ambiente nessa terça (3). “A agressão, com essas imagens que conseguimos agora, ficou comprovada. Não tem mais dúvidas que esse segurança realmente agrediu o cachorro”, disse a delegada, em transmissão pelo ‘stories’, no Instagram da protetora e ativista.
De acordo com o vereador Ralfi Silva (Podemos), que acompanhava Luisa, o objeto usado contra o animal foi apreendido -uma barra de alumínio.
A morte ocorreu no último dia 28, e o inquérito sobre o caso foi instaurado na terça (2). Acionado para resgatar o cãozinho, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) diz que havia a informação de atropelamento, e não vítima de maus-tratos. Denúncias sobre a agressão surgiram depois, pelas redes sociais.
Em nota divulgada nesta terça, a Prefeitura de Osasco afirma que o Departamento de Fauna e Bem Estar Animal foi acionada para resgatar o bichinho, que estava ferido e sangrando. Ele foi encaminhado para atendimento emergencial, mas não resistiu. Segundo a administração municipal, o cachorro tinha pressão baixa, vomitava com sangue e tinha escoriações múltiplas.
Testemunhas ouvidas no fim de semana no hipermercado confirmaram agressões, afirma o delegado Bruno Lima, deputado eleito pelo PSL. Para ter validade, no entanto, esses depoimentos precisam ser prestados formalmente, à Polícia Civil. Funcionários e testemunhas devem ser chamados durante o inquérito.
O Carrefour informou que o segurança terceirizado que trabalhava naquele dia foi afastado preventivamente. Nesta terça, também em nota, a empresa reconhece que “um grave problema” ocorreu na loja e afirma que não vai se eximir de responsabilidade.
“Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações”.
Fonte: Folhapress