A Secretaria de Saúde de Mafra oferecerá um espaço de apoio às pessoas enlutadas no dia 25 abril, no auditório Amplanorte, às 13h30. O grupo objetiva dar apoio às pessoas enlutadas. É um espaço de partilha de vivências de dor da ausência e busca de meios para reparação desta contingência. Não será substitutivo aos demais encaminhamentos de ordem de saúde mental, mas complementar.
O grupo também não é exclusivo para pessoas que estão em sofrimento, mas sim, aberto a qualquer pessoa que perdeu alguém e quer falar sobre a perda. Também não há restrição às pessoas enlutadas quanto à posição filosófica, política ou religiosa que escolheram adotar e que se interessem em participar da rede.
O essencial para a participação das reuniões é a disponibilidade para se abrir diante de vivências comuns, nunca iguais, respeitando o direito de todos os presentes de também se manifestarem. Segundo a fundadora nacional da API, Gláucia R. Tavares “o luto não é depressão e pode ser elaborado, não no isolamento, e sim com a construção responsável de redes de apoio”.
O compartilhar as experiências do cotidiano dessas pessoas, o expressar livremente seus sofrimentos e dores e, principalmente, o escutar esses depoimentos, traçam a linha mestra na busca de conforto, orientação e ajuda de uns aos outros.
O que é o API
A rede API (Apoio a Perdas Irreparáveis) nasceu da necessidade da troca de ideias e experiências entre pessoas que haviam perdido filhos. Hoje, é uma rede que se propõe a dar apoio a pessoas enlutadas. É um espaço-tempo de partilha de vivências da dor da ausência e busca de meios para superação desta contingência. Entende-se que a reparação não se dá pela negação do que ocorreu e muito menos pelo impedimento de expressão do que se está vivendo intimamente.
Compartilhar as experiências comuns pode oferecer benefícios como:
- Sentido de pertencer a grupo mais amplo;
- Sensação de ajudar a si mesmo ao ajudar os outros;
- Esperança promovida pela percepção de como outros enfrentaram a situação;
- Reconhecimento de que a espiritualidade, independente da opção religiosa, é uma base de sustentação efetiva.
Portanto se você conhecer pessoas que estão em sofrimento mental, tendo como origem o luto, estimule a participação no API, mas não deixe também de realizar os encaminhamentos necessários ao ESF/NASF ou CAPS, quando necessário. As reuniões acontecerão uma vez ao mês.
Pioneirismo no Sul
Atualmente, existem várias unidades funcionando em locais e datas diferentes no Brasil, como em Vitoria/ES e Belo Horizonte/MG. No sul do Brasil, Mafra, através da Secretaria Municipal de Saúde, será o primeiro município a oferecer este apoio, seguindo princípios do API, conduzido pelas profissionais de saúde: Debora Popadiuk (psicóloga) e Ariane Woehl (assistente social).
Serviço
Grupo de Apoio a Perdas Irreparáveis – API
Data: 25 de abril
Horário: 13h30
Local: auditório da Amplanorte
Próximos encontros: 16 de maio – 13 de junho – 18 de julho – 15 de agosto – 19 de setembro
Maiores informações diretamente com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde – NEPS, através e-mail: nepsmafra@gmail.com ou pelo telefone (47) 98436-4678.
