Sam Smith já havia passado pelo desafio de enfrentar a plateia de um grande festival brasileiro. Foi em 2015, no Rock in Rio. Nesta sexta-feira de Lollapalooza, ele encontrou o público de São Paulo pela segunda vez, se deparando com uma multidão no palco Ônix.
Logo depois do hit “I’m Not the Only One”, cantado a plenos pulmões pela plateia, ele comentou sobre o show que fez na última quinta, 4, no mesmo palco, em evento promocional do festival. “Achei que ontem a plateia já estava alta, mas hoje vocês estão muito altos”, disse. “Os brasileiros são os melhores do mundo”.
De fato, a plateia não poupou a garganta para cantar junto com Smith, mas apenas nos hits. Em músicas como “Stay With Me”, “Too Good at Goodbyes”, “Promises” e “Pray”, o barulho era ensurdecedor. Em quase todo o resto da apresentação, a participação foi limitada. Pausas como a introdução de toda a banda também deixaram o show mais arrastado.
O clima de soul pop dominou o show, mas foi deixado de lado principalmente nas faixas em colaboração com artistas da música eletrônica, como Disclosure e Calvin Harris. Curiosamente, foi em canções como “Latch”, um house animado de 2012, que ele soou mais adequado ao clima de festa do Lolla.