No acumulado de 12 meses até março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançou 11,30% a maior taxa em 18 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Grande parte da alta é resultado direto da disparada dos preços dos combustíveis, que subiram em média 6,70% no mês com destaque para a gasolina, que ficou 6,95% mais cara, depois que a Petrobras elevou o preço médio de venda para as distribuidoras em 18,77%.
Período | Taxa |
---|---|
Março de 2022 | 1,62% |
Fevereiro de 2022 | 1,01% |
Março de 2021 | 0,93% |
Acumulado no ano | 3,20% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 11,30% |
As elevações recentes dos combustíveis também puxaram a subida de preços do transporte por aplicativo, que ficou mais de 40% mais caro no acumulado em 12 meses.
Com menor peso na inflação mas maior no bolso dos mais pobres os preços de alguns alimentos também seguiram em disparada. A alta da cenoura passou de 160% no acumulado em 12 meses, enquanto o tomate quase dobrou de preço no mesmo período.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março. A maior variação (3,02%) e o maior impacto (0,65 p.p.) vieram dos Transportes, que aceleraram na comparação com o resultado de fevereiro (0,46%). Na sequência, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% e 0,51 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março. Além deles, houve aceleração também nos grupos Vestuário (1,82%), Habitação (1,15%) e Saúde e cuidados pessoais (0,88%). O único com queda foi Comunicação, com -0,05%. Os demais ficaram entre o 0,15% de Educação e o 0,59% de Despesas pessoais.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Fevereiro | Março | Fevereiro | Março | |
Índice Geral | 1,01 | 1,62 | 1,01 | 1,62 |
Alimentação e Bebidas | 1,28 | 2,42 | 0,27 | 0,51 |
Habitação | 0,54 | 1,15 | 0,09 | 0,18 |
Artigos de Residência | 1,76 | 0,57 | 0,07 | 0,02 |
Vestuário | 0,88 | 1,82 | 0,04 | 0,08 |
Transportes | 0,46 | 3,02 | 0,10 | 0,65 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,47 | 0,88 | 0,06 | 0,11 |
Despesas Pessoais | 0,64 | 0,59 | 0,06 | 0,06 |
Educação | 5,61 | 0,15 | 0,31 | 0,01 |
Comunicação | 0,29 | -0,05 | 0,01 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Sete produtos, liderados pela cenoura, subiram mais de 50% no acumulado de 12 meses e ajudaram a puxar a inflação para cima. O IPCA, a inflação oficial no País, ficou em 1,62% em março, maior patamar para o mês desde 1994, e acumula alta de 11,3% no período, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 8.
Dos mais de 400 itens acompanhados pelo IBGE, a cenoura é a que ficou mais cara no acumulado de um ano: alta de 166,17%. Os sete produtos seguintes no ranking são todos da área de alimentos e bebidas: tomate (94,55%), pimentão (80,44%), melão (68,95%), melancia (66,42%), repolho (64,79%), café moído (64,66%) e mamão (54,95%).
Dois combustíveis completam a lista de “top 10” dos produtos que mais subiram os preços no período: óleo diesel (46,47%) e gás veicular (45,54%).
Os maiores impactos na inflação de março vieram justamente das áreas representadas acima: os setores de transportes (que inclui combustíveis e representou 0,65 ponto porcentual do aumento) e alimentação e bebidas (0,51 ponto). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA do mês passado.
Fonte: IBGE