O governo federal autorizou a indústria farmacêutica a reajustar em até 5,21% o preço dos remédios que são comercializados no Brasil. O reajuste estava suspenso há 60 dias, em virtude da pandemia do novo coronavírus, mas agora foi autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A resolução que libera o reajuste dos remédios foi publicada, na noite dessa segunda-feira (1º/6), em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União e já está em vigor. “As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos, nos termos desta Resolução”, diz o texto.
A decisão da CMED lembra que o reajuste dos remédios é definido anualmente de acordo com a variação da inflação, a produtividade do setor farmacêutico e os custos de produção que não são captados pela inflação, como o preço dos insumos e a variação cambial. O reajuste ainda é dividido em três faixas diferentes, de acordo com a disponibilidade dos medicamentos no mercado brasileiro.
Neste ano, foi autorizado, portanto, o aumento de 5,21% dos remédios que são encontrados mais facilmente no mercado e têm alta concorrência; um reajuste médio de 4,22% para os medicamentos que têm uma concentração moderada; e um reajuste de 3,23% para os remédios que têm pouca concorrência no Brasil. O reajuste médio deste ano, nos cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), será, portanto, de 4,08%.
O Sindicato da Industria da Farmácia, lembrou ainda que o reajuste dos remédios deveria entra em vigor todos os anos em 1º de abril. Neste ano, contudo, foi suspenso por 60 dias pelo governo para não começar a valer logo no início da pandemia do novo coronavírus.