ONU aprova resolução que pede liberação de civis e trégua humanitária
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (27), com 120 votos favoráveis, a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia e que foi assinada por 39 países com assento no colegiado. A proposta aprovada pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”. O documento pede ainda “a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro”.
Para a aprovação de um texto apresentado em caráter emergencial na Assembleia Geral, são necessários os votos de dois terços dos países. Outros 14 países votaram contra a proposta e 45 se abstiveram. A Assembleia Geral da ONU reúne os representantes de 193 países-membros da organização. As resoluções da Assembleia Geral não funcionam como uma ordem, representando mais um gesto político.
Entre os países favoráveis à proposta na votação de hoje estão Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Já Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra. Mais cedo, a proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, por não condenar o Hamas e por não citar o termo reféns, referindo-se às mais de 200 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro pelo grupo que controla a Faixa de Gaza.
Proposta: Além da liberação de civis e trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU exige que as partes cumpram com o direito internacional, que os civis da Faixa de Gaza tenham acesso aos bens e aos serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos, e que se anule a ordem de Israel para evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino. Por fim, a resolução afirma que “uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas e do direito internacional e com base no a solução de dois Estados”.
Israel diz ter matado chefe do Hamas que coordenou invasão de 7 de outubro pelo ar
As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter matado o chefe da ala aérea do Hamas, neste sábado (28). Os militares disseram que ele participou do planejamento dos ataques contra Israel, que aconteceram em 7 de outubro. Por meio de comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que Asem Abu Rakaba coordenou os membros do Hamas que invadiram o território israelense usando parapentes, no dia 7 de outubro.
O comunicado cita que Rakaba “participou do planeamento do massacre nas comunidades vizinhas da Faixa de Gaza”, além de ter sido responsável por usar drones para atacar bases do Exército de Israel com drones. O chefe da ala aérea do Hamas foi morto durante um bombardeio feito com caças das Forças Armadas de Israel. Um vídeo mostra o momento do ataque.
Atualmente, o Exército israelense também está intensificando as operações na Faixa de Gaza por terra. Peter Lerner, porta-voz das forças armadas, afirmou que o objetivo das atividades é fazer uma “varredura e limpeza”. “Pretendemos desmantelar as suas capacidades, destruir o seu governo e garantir que nunca mais possam usar a Faixa de Gaza como palco contra o nosso povo”, disse se referindo ao Hamas.
Faixa de Gaza tem internet cortada, afirma embaixada do Brasil
A empresa de telefonia Palestina Jawal informou na tarde desta sexta-feira (27) que todas as comunicações com a Faixa de Gaza foram cortadas. A informação foi confirmada pela Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Palestina. A empresa Jawal enviou mensagem informando sobre os cortes. “Nosso honorável povo em nossa amada pátria, lamentamos anunciar a cessação completa de todas as comunicações e serviços de Internet com a Faixa de Gaza à luz da agressão em curso”, diz o comunicado.
A companhia acrescentou que os intensos bombardeios destruíram as últimas rotas internacionais de telecomunicações que ligavam Gaza ao mundo exterior. “O que levou à interrupção de todos os serviços das empresas de telecomunicações da querida Faixa de Gaza”, finaliza a curta mensagem enviada pela empresa palestina. A Agência Brasil tentou confirmar a informação com três brasileiros que estão no enclave palestino, mas as mensagens enviadas por aplicativo não foram encaminhadas, indicando a falta de conexão.
Completam 21 dias nesta sexta-feira dos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza iniciados após o ataque do grupo Hamas contra Israel no dia 7 de outubro. Sem eletricidade desde o ataque do Hamas, a população sofre com escassez de água, gás e alimentos. Desde o início do conflito atual, mais de 1.400 israelenses foram mortos, a maioria no dia 7, e outras 200 pessoas foram feiras reféns pelo Hamas, segundo o governo de Israel. Na Palestina, os mortos já somam mais de 7.300 pessoas, sendo 3.038 crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Estados Unidos criticam resolução sobre guerra em análise na ONU
Os Estados Unidos da América (EUA) criticaram a proposta de resolução apresentada pela Jordânia na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Para a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfild, a proposta não deve ser aprovada por não condenar o Hamas e por não citar o termo reféns, referindo-se às mais de 200 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro pelo grupo que controla a Faixa de Gaza. “Há duas palavras fundamentais que fazem falta na resolução. A primeira delas é Hamas. É o cúmulo que essa resolução não mencione os autores do ataque terrorista de 7 do outubro: o Hamas. É o cúmulo. Outra palavra que faz falta nessa resolução é: reféns”, afirmou.
Linda acrescentou que tais omissões não deveriam ser permitidas e defendeu a aprovação de uma emenda apresentada pelo Canadá que, segundo a diplomata, “corrige esses esquecimentos flagrantes”. Além disso, a embaixadora disse que a resolução da Jordânia atenta contra uma solução de dois Estados, um para palestinos e outro para israelenses, e contra a integração de Israel ao Oriente Médio. A Assembleia Geral da ONU está reunida nesta sexta-feira (27) para discutir e votar a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia e que foi assinada por 39 países com assento no colegiado. Já o embaixador do Egito na ONU, Osama Abdel Khaleq, defendeu a aprovação da resolução da Jordânia, argumentando que ela apenas pede o respeito aos direitos básicos e às normas de um conflito armado. Ele afirmou que a manutenção da guerra, ao invés de combater o terrorismo, empurra cada vez mais jovens para ideologias extremistas.
“Não atacar os civis, não violar o direito humanitário internacional, não bombardear hospitais ou centros médicos, não privar as pessoas de todas as necessidades básicas, não obrigar o deslocamento forçado, não ao genocídio”, afirmou. Depois dos impasses no Conselho de Segurança da ONU, os países que apoiam um cessar-fogo imediato na guerra do Oriente Médio convocaram uma sessão de emergência da Assembleia Geral. Enquanto no Conselho de Segurança países como Estados Unidos ou Rússia têm poder de vetar as resoluções, na Assembleia Geral são necessários os votos de dois terços dos países para que seja aprovado um texto apresentado em caráter emergencial. Por outro lado, resoluções da Assembleia Geral não funcionam como uma ordem, representando mais um gesto político.
Aneel mantém bandeira tarifária verde para novembro
O consumidor não pagará cobrança extra sobre a conta de luz em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível de armazenamento dos reservatórios, informou a agência reguladora, atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.
Em junho de 2022, a Aneel aprovou reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses. Em agosto, a Aneel aprovou uma consulta pública para baratear as bandeiras tarifárias em até 36,9%. O órgão citou três fatores para justificar a redução: reservatórios cheios, expansão de energia eólica e solar e queda no preço internacional dos combustíveis fósseis.
Bandeiras tarifárias: Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh. O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
“Dificilmente chegaremos à meta de déficit zero em 2024”, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27), que “dificilmente” o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) em 2024. Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que não quer fazer corte em investimentos em obras. “Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para esse país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida”, disse o presidente. “E se o Brasil tiver déficit de 0,5%, de 0,25%, o que é? Nada”, acrescentou Lula.
O novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional em agosto estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, podendo chegar a um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou déficit na mesma magnitude. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que zerar o déficit será um desafio e que, para isso, o governo precisa da parceria com o Congresso Nacional. Nos últimos meses, o Poder Executivo enviou uma série de medidas provisórias e projetos de lei que visam reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação do governo, que precisará de R$ 128 bilhões no próximo ano para cumprir a meta. O projeto do Orçamento de 2024 prevê um pequeno superávit primário de R$ 2,84 bilhões em 2024, equivalente a 0% do PIB.
O presidente Lula afirmou que está otimista com a economia e espera um crescimento do PIB em 3% ou mais em 2023. Para 2024, segundo ele, apesar de ser um “ano difícil” para economia mundial, o governo está trabalhando para que os problemas não se proliferem internamente. “Nós sabemos que o ano que vem se apresenta como um ano difícil por conta da queda do investimento da China, a queda do crescimento da China, do aumento da taxa de juros americana”, disse. “Não vamos ficar parados esperando que notícias ruins aconteçam, vamos trabalhar para as coisas melhorarem”, acrescentou. Para Lula, o Brasil vive um momento excepcional em relação às potencialidades da energia verde e pode atrair investimentos para gerar empregos e dinamizar a economia. Além disso, ele delegou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a tarefa de “vender” os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Brasil e no exterior. “O Brasil é um novo berçário de investimento”, afirmou.
Presidente diz que premiê de Israel quer acabar com a Faixa de Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27), que é “insanidade” do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, querer acabar com a Faixa de Gaza. O presidente defende o fim do poder de veto de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a entidade assuma uma posição mais forte em relação ao conflito entre os israelenses e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
“O ato do Hamas foi terrorista, que não é possível fazer um ataque, matar inocentes, sequestrar gente da forma que eles fizeram, sem medir as consequências do que acontece depois. Porque, agora, o que nós temos é a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas, que lá tem mulheres e crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra”, disse Lula, durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. O presidente explicou que o Brasil não reconhece o Hamas como organização terrorista, porque o país segue as avaliações do Conselho de Segurança da ONU.
“A posição nossa é clara. Toda guerra não tem apenas um culpado, ou um mais culpado. O Brasil fez crítica veemente, como nós condenamos a Rússia de ter invadido o território ucraniano, isso está explícito no comportamento do Brasil. Mas isso não significa que eu sou obrigado a me colocar ao lado da Ucrânia para guerrear. Eu quero me colocar ao lado daqueles que querer pedir paz”, disse Lula comparando com o conflito no leste europeu e reafirmando a posição do Brasil na condenação dos atos do Hamas.
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.
Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. Em Gaza, a autoridade de saúde informou que mais de 7,3 mil palestinos, incluindo 3 mil crianças, foram mortos.
Diálogo: Lula defende o diálogo para uma solução pacífica para a região e a abertura de um corredor humanitário e diz que tem feito um esforço para que as negociações aconteçam. “Se eu tiver informação que tem um presidente de tal país que é amigo do Hamas, é pra esse que eu vou ligar: ‘ô cara, fala pro Hamas libertar os reféns, pra que ficar com inocente lá retido? Liberta, tem gente que precisa de remédio para tomar, liberta os reféns’. E também falar pro governo de Israel […] abrir as fronteiras para saírem os estrangeiros”, disse.
A autoridade do Hamas diz que a libertação de reféns depende um cessar-fogo. O presidente Lula continua manifestando preocupação com o grupo de cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza, aguardando um acordo entre Israel e o Egito para abertura da fronteira ao sul do enclave (termo da geografia, que se refere a um território totalmente cercado por outro, com características políticas, sociais e culturais distintas).
Dólar sobe para R$ 5,01 após fala de Lula sobre meta fiscal
O mercado financeiro teve um dia de reversão de expectativas nesta sexta-feira (27). Após abrir com otimismo, o dólar e a bolsa inverteram o movimento após uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo dificilmente cumprirá a meta de zerar o déficit primário em 2024. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,013, com alta de R$ 0,023. A cotação iniciou o dia em forte queda, chegando a R$ 4,93 por volta das 10h30. Logo após a fala do presidente, passou a subir, até encerrar próxima das máximas do dia. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de apenas 0,28% em outubro. Em 2023, a divisa cai 5,06%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa teve comportamento semelhante. Após iniciar o dia estável, o indicador fechou aos 113.301 pontos, com recuo de 1,29%. A bolsa também foi influenciada pelas bolsas norte-americanas, que também fecharam em baixa por causa da divulgação de balanços de algumas empresas que ficaram abaixo das previsões. O índice Dow Jones, das empresas industriais, caiu 1,12%. O S&P 500, das 500 maiores empresas, recuou 0,48%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, foi a exceção e subiu 0,38%. No cenário externo, a divulgação de que a inflação nos Estados Unidos acumulada em 12 meses caiu para o menor nível em dois anos trouxe otimismo ao mercado global no início do dia. A inflação menor diminui as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros básicos antes do fim do ano.
Barroso diz que educação é o caminho para combater criminalidade
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (27) que a educação é o que faz diferença na vida das pessoas. Ele destacou que 57% dos internos no sistema penitenciário não completaram o ensino fundamental.“Portanto, há uma conexão direta entre baixa escolaridade e presença no sistema prisional. O mais importante para combater a criminalidade e o encarceramento é investir em educação básica. O mais importante que um país pode fazer pelos seus filhos é dar educação básica de qualidade desde a primeira idade. Com isso, não precisaremos aumentar vagas no sistema penitenciário”, afirmou Barroso ao participar do evento A leitura nos espaços de privação de liberdade – Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Ele lembrou que, pela leitura, a pessoa encarcerada pode diminuir a pena. Pelo direito brasileiro, a cada livro lido, o interno reduz em 4 dias a sua permanência na prisão até o máximo de 48 dias por ano. Na quinta-feira (26), foi divulgado o Censo Nacional de Leitura em Prisões. Segundo a pesquisa, pouca gente consegue ter acesso à remição da pena. O estudo mostra que as atividades de leitura nos presídios enfrentam uma série de dificuldades, como a proibição de títulos, exclusão de pessoas presas com baixa escolaridade e migrantes e falta transparência em relação à remição da pena. “Estamos falando de um censo que visa a estimular os internos do sistema penitenciário a ler, não apenas para se aprimorarem como pessoas, mas para terem novas oportunidades fora da prisão”, disse Barroso. “Nos últimos anos, passamos de 46 mil pessoas que obtinham a remição da pena pela leitura para mais de 250 mil pessoas”.
Moraes vota pela condenação de mais seis réus pelo 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (27) pela condenação de mais seis réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Até o momento, somente o ministro proferiu voto no julgamento virtual aberto para julgamento dos réus, que foram presos pela Polícia Militar dentro do Palácio do Planalto durante os atos de depredação. Moraes votou pela condenação dos réus Fabricio de Moura Gomes, Eduardo Zeferino Englert, Moises dos Anjos e Jorginho Cardoso de Azevedo a 17 anos de prisão. O ministro também defendeu a condenação de Rosana Maciel Gomes e Osmar Hilbrand a 14 anos de prisão. Pelo entendimento, os acusados também deverão pagar R$ 30 milhões solidariamente com todos os investigados pela depredação do patrimônio público.
As penas envolvem os crimes associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. O julgamento das ações penais é realizado na modalidade virtual e será finalizado no dia 7 de novembro. Mais nove ministros devem votar. Na modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. O STF já condenou 20 réus pela depredação da sede do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.
SP: pai de atirador em escola é indiciado por posse irregular de arma
O pai do atirador da escola de Sapopemba, na zona leste da capital paulista, foi indiciado com base nos artigos 12 e 13 do Estatuto do Desarmamento, que tratam de posse irregular de armas e falta de cautela no armazenamento para impedir acesso por menores de 18 anos. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP). No ataque a tiros na escola, no último dia 23, uma aluna morreu e três estudantes ficaram feridos. A Polícia Militar prendeu o autor dos disparos e a arma usada no crime. Os nomes das vítimas e do autor dos disparos não foram divulgados.
O pai do atirador prestou depoimento na quarta-feira (25) no 69º Distrito Policial e, de acordo com a Polícia Civil, o indiciamento foi enviado à Justiça e as investigações prosseguem. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa). Em entrevista à Folha de S. Paulo, o pai do jovem disse que tinha comprado a arma em 1994, por estar, na época, em um emprego que tinha risco, mas que, posteriormente, queria se desfazer do revólver, mas não sabia qual o procedimento.
Procurado pela Rádio Nacional, o advogado Antonio Edio, que representava a família do atirador, disse à reportagem que renunciou à defesa alegando motivos de foro íntimo. Um novo defensor ainda será registrado junto à Justiça. Para se desfazer de armas de fogo legalizadas ou não, é possível acessar o site Ministério da Justiça e Segurança Pública, caso o sistema esteja indisponível, ou enviar e-mail solicitando informações.
Pan: Brasil garante dobradinha dourada no vôlei de praia
O Brasil garantiu uma dobradinha dourada, nesta sexta-feira (27), na disputa do vôlei de praia dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Santiago (Chile). Na final feminina Duda e Ana Patrícia derrotaram as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 0 (parciais de 22/20, 21/18) para garantirem o lugar mais alto do pódio. Já entre os homens André e George superaram os cubanos Alayo e Diaz por 2 sets a 1 (parciais de 21/12, 19/21, 15/13) para ficarem com o ouro.
Com estas conquistas o Brasil encerrou um jejum que já durava 12 anos na modalidade, pois os últimos ouros do Brasil no vôlei de praia em uma edição de Jogos Pan-Americanos foram alcançados em 2011, em Guadalajara (México). “É uma realização uma medalha em campeonatos grandiosos como este. Já é motivo para se orgulhar, ainda mais sendo uma medalha de ouro. Levando em consideração tudo o que temos vivido, os torneios que disputamos, essa conquista se torna ainda mais linda para nós”, declarou Ana Patrícia.
Fórmula 1 2023: Grande Prêmio da Cidade do México acontece neste final de semana
O Grande Prêmio da Cidade do México, etapa na América do Norte acontece neste final de semana nos dias 27 a 29 de outubro, válida como a 19ª rodada da temporada; restam apenas quatro corridas para o fim da temporada, que já teve o holandês da RBR coroado como tricampeão. Esta será a 23ª visita da F1 ao México, país que recebeu a categoria entre 1963 e 1970, de 1986 a 1992, e retornou em 2015. O maior vencedor do Autódromo Hermanos Rodriguez é Verstappen, com quatro triunfos em 2017, 2018, 2021 e 2022.
Dias e Horários do GP do México:
Sexta-feira, 27 de outubro
– Treino livre 1: 15h30
– Treino livre 2: 19h
Sábado, 28 de outubro
– Treino livre 3: 14h30
– Classificação: 18h
Domingo, 29 de outubro
– Corrida: 17h
GP do México de F1: Verstappen lidera treino livre 2
Tricampeão dominou sessão, com Norris e Leclerc completando top 3; chuva ameaçou chegar mas se limitou a gotículas em etapa que encerrou dia 1 da F1 no Autódromo Hermanos Rodriguez. Max Verstappen fechou esta sexta-feira na frente ao liderar também o segundo treino, com a volta de 1m18s686. O tricampeão da RBR superou Lando Norris, com 0s1 de vantagem, e Charles Leclerc, terceiro colocado. Assim como no TL1, os pilotos testaram um protótipo dos pneus C4, a segunda gama mais macia na F1. George Russell (Mercedes), Pierre Gasly (Alpine), Kevin Magnussen (Haas), Valtteri Bottas (Alfa Romeo) e Yuki Tsunoda (AlphaTauri) retornaram aos seus carros após cederem os assentos para jovens pilotos das academias de suas respectivas equipes no TL1.
Chegou a hora de conhecer o campeão da Copa Sul-Americana. Para isso, Fortaleza e LDU (Equador) medem forças, a partir das 17h (horário de Brasília) deste sábado (28) no Estádio Domingo Burgueño Miguel, em Maldonado (Uruguai). A equipe brasileira busca um título inédito da competição, enquanto os equatorianos jogam pelo bicampeonato (já levantou a taça em 2009).
O Fortaleza chega confiante ao duelo. O elenco do Leão teve folga nesta semana, pois o jogo contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro foi adiado. No Brasileirão a equipe nordestina ocupa a 9ª colocação com 42 pontos.
Na campanha que o levou à final da Sul-Americana, o Fortaleza passou em primeiro no Grupo H, que contava com San Lorenzo (Argentina), Palestino (Chile) e Estudiantes de Mérida (Venezuela). No mata-mata a equipe brasileira deixou pelo caminho o paraguaio Libertad (oitavas), o América-MG (quartas) e o Corinthians (semifinais).
Brasileirão 2023 – 30ª Rodada – Série A
A 30ª rodada do Brasileirão 2023, acontece neste sábado (28) e domingo (29). O Palmeiras abre a rodada enfrentando o Bahia. Os times vão a campo no gramado do Allianz Parque a partir de 19:00h. O Palmeiras chega para essa partida com 2 vitórias e 3 derrotas nos últimos cinco jogos. Do outro lado, o Bahia vem de uma série de 3 vitórias e 2 derrotas. Ainda no mesmo horário jogam América Mineiro e Grêmio.
Confira todos os jogos da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro:
Sábado (28)
Palmeiras x Bahia (19h)
América-MG x Grêmio (19h)
Atlético-MG x Fluminense (21h)
Domingo (29)
Goiás x Vasco (16h)
Athletico-PR x São Paulo (16h)
Corinthians x Santos (18h30)
Internacional x Coritiba (18h30)
Botafogo x Cuiabá (20h)
Os jogos Fortaleza x Cruzeiro e Flamengo x Red Bull Bragantino foram adiados pela CBF, que ainda não informou as novas datas dos confrontos.
Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – * Notícia Gerada por I.A.*
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