Guedes nega extensão de auxílio emergencial em 2021

Reduzido recentemente para R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras), o auxílio emergencial não será estendido em 2021, disse hoje (16) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele reiterou que o teto de gastos será mantido após o fim do estado de calamidade aprovado neste ano por causa da pandemia de covid-19.

“Não há qualquer plano para estender o auxílio, nenhum. Isso não é verdade. Essa não é nossa intenção, não é o que o presidente disse. Não é o que o ministro da Economia quer. De jeito nenhum”, afirmou Guedes em evento virtual promovido por uma corretora de investimentos.

Apesar de reafirmar o compromisso com o teto de gastos, o ministro repetiu declarações anteriores segundo as quais o orçamento de guerra poderia ser retomado caso o país seja novamente atingido por uma pandemia em outro ano. Guedes, no entanto, negou que isso signifique estender o estado de calamidade pública indefinidamente. “Quando a pandemia nos atingiu, nós criamos um regime emergencial. Agora, nós não podemos utilizar a desculpa do regime emergencial para explodir o teto de gastos”, disse.

Novo imposto

Em relação à implementação de um imposto sobre transações, semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Guedes negou ter desistido da ideia. Segundo ele, a criação do tributo, que cobriria uma desoneração parcial da folha de pagamentos, é essencial para a criação de empregos formais. Ontem, o ministro afirmou à emissora CNN Brasil que talvez desistiria do novo tributo.

“Não me importo se o tributo é feio, desde que ele funcione criando novos empregos. É necessário. Mas então eu dei uma informação errada ontem, porque é esse o sentimento”, afirmou. “Eu não sou um homem de desistir facilmente das coisas”.

Recuperação

Sobre o desempenho da economia, o ministro repetiu que o Brasil segue uma recuperação em “V” (forte queda seguida de forte alta), depois da paralisação da economia durante boa parte do primeiro semestre provocada pela pandemia de covid-19. Segundo ele, o período pós-pandemia exigirá compromisso com a responsabilidade fiscal.

“A doença está diminuindo e, à medida que diminui, o Brasil está em recuperação em ‘V’. Nós devemos ter responsabilidade quanto ao nosso orçamento e devemos mostrar que somos responsáveis, e fortes, e resilientes o suficiente para pagar pela nossa guerra, ao invés de rolar [renovar a dívida] para nossas crianças no futuro”, concluiu.

Caixa abre 772 agências hoje para pagar saque emergencial do FGTS

A Caixa Econômica Federal abre hoje (17) 772 agências para o pagamento do saque emergencial de até R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a 10,8 milhões de trabalhadores nascidos em julho e agosto. O atendimento será das 8h ao meio-dia.

A lista das agências está disponível no endereço www.caixa.gov.br/agenciasabado. Não é preciso chegar antes do horário de abertura. Em comunicado, a Caixa esclareceu que todas as pessoas que procurarem as agências dentro do período de funcionamento serão atendidas. Além do saque, será possível transferir de forma gratuita os valores, por meio do aplicativo Caixa Tem, para outra conta, seja da Caixa ou de outras instituições financeiras.

Medida de ajuda

Uma das medidas de ajuda à economia no meio da pandemia de covid-19, o saque emergencial do FGTS beneficia com até R$ 1.045 cerca de 60 milhões de trabalhadores, que receberam R$ 37,8 bilhões no total. Todos os beneficiados receberam o depósito na conta poupança digital. O último lote, para os trabalhadores nascidos em dezembro, foi creditado em 24 de setembro.

O saque em dinheiro e a transferência bancária dos recursos do FGTS ainda está sendo feito em etapas escalonadas, conforme o mês de aniversário do trabalhador. Os nascidos em novembro e dezembro poderão retirar os recursos do FGTS em espécie a partir do próximo dia 31.

Dia D da campanha de vacinação de crianças e adolescentes 

Crianças e adolescentes menores de 15 anos têm, neste sábado (17), a oportunidade de atualizar suas cadernetas de vacinação. O chamado Dia D de mobilização nacional para a vacinação é uma estratégia adotada há anos pelas autoridades de saúde, com o objetivo de fazer com que o máximo de pessoas tenha acesso a todas vacinas do calendário nacional.

Segundo a pasta, com a campanha de multivacinação é possível evitar o risco de adquirir doenças como sarampo, febre amarela, rubéola, caxumba, hepatites A e B, entre outras. Em nota, o Ministério da Saúde (MS) informou que os postos de saúde estão adaptados para evitar risco de contaminação pela covid-19, e que vem dando orientações para que as ações de vacinação sejam realizadas conforme as recomendações sobre distanciamento social, com lavagem das mãos, uso de álcool em gel e máscara.

Programa de imunização

O Dia D da vacinação faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que oferece 18 vacinas para crianças e adolescentes. Entretanto, de acordo com o ministério, o número de pessoas não vacinadas tem crescido nos últimos anos. “Como consequência, doenças que já estavam eliminadas no Brasil voltaram a ser um problema para a saúde de todos, como o sarampo, por exemplo”, alertou o MS em nota enviada à Agência Brasil.

Segundo o MS, 7,7 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos não foram vacinadas contra a febre amarela em 2019. No caso da Hepatite B, cerca de 24,8 milhões de pessoas dessa faixa etária não se vacinaram. Em relação à vacina contra meningite dirigida a adolescentes de 11 e 12 anos, o número de não vacinados ficou em 4,3 milhões. Já no caso da vacina contra HPV, 73,6% das meninas com idade entre 9 e 15 anos tomaram a primeira dose. O percentual é menor quando é considerada a segunda etapa da vacina: apenas 46% das meninas foram imunizadas. Entre os meninos com faixa etária de 9 a 14 anos, que foram alvo de campanha, a vacinação chega a 36,2% para a primeira dose; e a 19,2% para segunda dose.

Poliomielite

O MS acrescenta que a vacinação contra a poliomielite, iniciada no último dia 5, seguirá até o dia 30 de outubro em mais de 40 mil postos de vacinação espalhados pelo país. A expectativa é de que cerca de 11 milhões de crianças com idade entre 1 e 5 anos tomem a vacina oral contra a poliomielite (VOP), desde que tenham recebido as três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação. A meta anunciada pelo MS é a de vacinar pelo menos 95% das crianças. Crianças até 11 meses e 29 dias deverão ser vacinadas conforme indicações do Calendário Nacional de Vacinação, com a VIP.

Bolsonaro sanciona com vetos auxílio emergencial para setor esportivo

O presidente Jair Bolsonaro vetou o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 para profissionais do setor esportivo. A medida estava prevista no Projeto de Lei (PL) nº 2.824/2020, aprovado no mês passado pelo Congresso Nacional e sancionado hoje (15) por Bolsonaro, na forma da Lei nº 14.073/2020. A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União, com vetos a 12 dispositivos e trata sobre ações emergenciais para o setor esportivo brasileiro, em razão da pandemia de covid-19. Esses vetos ainda serão analisados pelos parlamentares que poderão derrubá-los ou mantê-los.

O auxílio emergencial aprovado é de três parcelas de R$ 600 para profissionais maiores de 18 anos e atletas e paratletas com idade mínima de 14 anos que sejam vinculados a uma entidade desportiva, com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos, o que for maior. Quem é titular de benefício previdenciário ou assistencial, recebe seguro desemprego ou participa de algum programa de transferência de renda federal também não poderia receber o benefício.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência informou que o veto a esse dispositivo foi uma orientação do Ministério da Economia, pois os trabalhadores do setor esportivo “já teriam sido abrangidos pelo auxílio emergencial concedido em caráter geral a todos os trabalhadores brasileiros”. Além disso, para o governo, a medida “representa o agravamento do cenário deficitário das contas públicas federais e aumenta o risco de comprometimento da sustentabilidade fiscal no médio prazo”. A medida também estendia o auxílio a cronistas, jornalistas e radialistas esportivos, sem vínculos empregatícios com entidades de prática desportiva ou emissoras de radiodifusão. Esse dispositivo também foi vetado pois, de acordo com a Presidência, contraria o interesse público e gera insegurança jurídica, “na medida em que inclui na definição de trabalhadores do esporte não apenas atletas e paratletas, mas pessoas que não vivem do esporte e qualquer pessoa que faça parte da ‘cadeia produtiva’ do esporte, como jornalistas e cronistas”.

Outros vetos

Outro veto foi ao artigo que previa o pagamento de até R$ 30 mil em premiações a atletas e paratletas, usando dinheiro do Imposto de Renda incidente no pagamento de prêmios de loterias e sorteios, limitado a R$ 1 milhão. A justificativa do governo é que os parlamentares não apresentaram a estimativa do impacto financeiro e orçamentário dessa medida, o que contraria uma determinação constitucional. O texto também reabria o prazo para adesão de clubes de futebol ao parcelamento de dívidas com a União, por meio do Programa de Refinanciamento Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Esse dispositivo, entretanto, foi vetado.

O prazo havia acabado em 31 de julho de 2016, mas o texto permitia adesão até o fim do estado de calamidade pública, decretado em virtude da pandemia de covid-19, inclusive para os clubes que tenham sido excluídos do Profut por descumprimento de suas regras. De acordo com a Presidência, na forma como foi proposta, a reabertura do prazo para nova adesão é inviável, já que, “além de não representar o desafogo financeiro esperado, não irá amenizar ou resolver os problemas financeiros e fiscais enfrentados pelas entidades esportivas no cenário excepcional ocasionado pela pandemia, onde se requer soluções mais complexas e efetivas”.

Também foram vetados os dispositivos que permitiam a renegociação de débitos e a abertura de linhas de crédito, por bancos federais, para trabalhadores do setor esportivo e microempresas e empresas de pequeno porte da mesma área. O recurso poderia ser usado no fomento de atividades esportivas e na compra de equipamentos. Para o governo, os dispositivos apresentam risco jurídico pela possibilidade de serem interpretados como “concessivo de direito subjetivo”, ou seja, de darem vantagens aos trabalhadores e microempresas e empresas de pequeno porte do setor, “especialmente se acionado o Poder Judiciário, haja vista tal interpretação já ter sido adotada pelo Superior Tribunal de Justiça em outras oportunidades”.

Ações 

De acordo com a nova lei, enquanto vigorar o estado de calamidade pública em razão da pandemia de covid-19, deverá ser priorizado o fomento de atividades esportivas que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes sociais e plataformas digitais ou meios de comunicação não presenciais. A medida prevê ainda a adoção de protocolos de segurança para atletas, participantes e público em competições esportivas e treinamentos autorizados pelo Poder Público local.

A nova lei autoriza órgãos como o Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paraolímpico Brasileiro e entidades de administração do desporto a empregar os recursos advindos das loterias para quitação de débitos de natureza fiscal, administrativa, trabalhista, cível ou previdenciária.

Além das ações emergenciais, a lei prevê medidas para o aprimoramento da governança das entidades do setor esportivo, como os mecanismos de controle dos atos de gestão irregular ou temerária dos dirigentes das entidades desportivas. De acordo com a lei, as entidades do Sistema Nacional de Desporto poderão adotar a medida judicial cabível contra esses dirigentes para ressarcimento dos prejuízos causados ao seu patrimônio.

Fux marca para quarta-feira julgamento sobre afastamento de senador

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luix Fux, marcou para quarta-feira (21) o julgamento sobre o afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) do cargo. Após a decisão que for tomada pela Corte, o Senado ainda precisará referendar a posição do colegiado. Mais cedo, o relator do caso, Luís Roberto Barroso, decidiu submeter sua decisão individual ao plenário. Ontem (15), Barroso afastou o parlamentar do cargo por 90 dias para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal (PF).

Na quarta-feira (14), Chico Rodrigues foi alvo da Operação Desvid-19, que investiga supostos desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de covid-19. Rodrigues foi um dos alvos da ação e, durante as buscas e apreensões em Boa Vista, os agentes encontraram maços de dinheiro sua roupa íntima. Ontem, em nota na qual pediu afastamento da vice-liderança do governo na Casa, o senador declarou que tudo será esclarecido e que não tem nada a ver com “qualquer ato ilícito de qualquer natureza”.

Partidos entram com representação contra senador no Conselho de Ética

Após ter sido um dos alvos da Operação Desvid-19, da Polícia Federal (PF), que investiga desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pode ser investigado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Os partidos Cidadania e Rede Sustentabilidade protocolaram hoje (16), uma petição pela cassação do mandato do senador.

Agora, cabe ao presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT), decidir se aceita a representação no prazo de cinco dias úteis, de acordo com o Regimento Interno do Senado Federal. Chico Rodrigues era um dos vice-líderes do governo no Senado, função da qual foi afastado após a operação da PF. Ontem (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou o afastamento de Chico Rodrigues (DEM-RR) do cargo por 90 dias. Pela decisão do ministro, caberá ao Senado dar a palavra final sobre o afastamento do parlamentar. Na representação, os partidos argumentam ainda que há fortes indícios de envolvimento de Chico Rodrigues em supostas fraudes relacionadas à aquisição de kits de teste rápido para detecção de covid-19.

“No último dia 14, foi amplamente noticiado um fato que envergonha o Senado como instituição da República, o cargo de senador da República e a sociedade brasileira como um todo. Como se não bastasse a vergonhosa alegação de que um senador da República se prestou a desviar dinheiro público em proveito pessoal, sobrevêm ainda dois fatos inquestionáveis, quais sejam de que ele: (1) obstruiu investigação e diligência policial e (2) ocultou valores em partes íntimas”, diz a petição.

Segundo Barroso, o afastamento de Rodrigues é necessário para evitar que o parlamentar use o cargo para dificultar as investigações. “O afastamento de parlamentar do cargo é medida absolutamente excepcional, por representar restrição ao princípio democrático. No entanto, tal providência se justifica quando há graves indícios de que a posição de poder e prestígio de que desfruta o congressista é utilizada contra os interesses da própria sociedade que o elegeu. Não podemos enxergar essas ações como aceitáveis. Precisamos continuar no esforço de desnaturalização das coisas erradas no Brasil”, afirmou. Na quarta-feira (14), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Desvid-19, para investigar desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de covid-19. Rodrigues foi um dos alvos da ação e, durante as buscas e apreensões em Boa Vista, os agentes encontraram dinheiro vivo em posse do parlamentar.

TSE lacra sistema eletrônico que será usado nas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lacrou hoje (16) o sistema eletrônico que será usado na votação e na divulgação dos resultados das eleições municipais, que serão realizadas em novembro. De acordo com o tribunal, a partir de agora, os dados dos candidatos e eleitores ficam blindados contra interferências externas, garantindo o sigilo do voto e a segurança da votação. Durante a cerimônia de assinatura digital do sistema, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que a lacração garante a proteção de 94 programas que fazem parte do sistema, entre eles, os que possuem o cadastro dos eleitores e os que geram a divulgação dos resultados. Segundo o ministro, nem mesmo o tribunal pode alterar o sistema.

“A urna eletrônica é utilizada no Brasil desde 1996 sem que jamais tenha sido documentada qualquer situação de fraude, não correspondência entre o resultado das urnas e o resultado da efetiva manifestação de vontade dos eleitores. Portanto, nós sempre estamos aperfeiçoando o sistema, nós o abrimos para as tentativas de invasão, consertamos eventuais fragilidades que sejam encontradas, mas nunca se conseguiu vulnerar as barreiras que protegem o coração do sistema”, afirmou.

Além do presidente do TSE, a assinatura digital do sistema também foi feita pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o vice-presidente do TSE, ministro Edson Fachin; e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Devido à pandemia da covid-19, o Congresso promulgou emenda constitucional que adiou o primeiro turno das eleições deste ano de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno, que seria em 25 de outubro, foi marcado para 29 de novembro. No pleito, serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Pesquisa mostra casos compatíveis com a recorrência de covid-19

Pesquisadores cearenses identificaram 12 casos de pessoas que adoeceram duas vezes por covid-19. O estudo é conduzido por pela Secretária de Saúde do Ceará, Fiocruz, e Universidade de Fortaleza (Unifor). Um dos responsáveis pela pesquisa, o infectologista do Hospital São José, Keny Colares, relata que o estudo teve início depois que algumas pessoas passaram a informar as autoridades de saúde que estavam tendo sintomas de covid-19 pela segunda vez.

“Gente que tinha tido o sintoma em março e abril, o teste tinha dado positivo e tinha ficado bom. No final de maio, começo de junho, essas pessoas começaram a ter sintomas novamente. A gente viu que havia casos semelhantes relatados, o mais importante deles, registrado na China, onde acharam cinco casos entre um grupo de cerca de 90 indivíduos. Saiu a primeira nota técnica em julho, comunicando seis casos com essas características. Nós estamos concluindo uma nota ampliando esses casos para 12 casos”, revelou.

Keny Colares explica que os casos estudados têm características compatíveis com a recorrência, oriunda da mesma infecção – que é quando a pessoa tem a doença, melhora, e volta a manifestar sintomas. O infectologista destaca que o grupo vai aprofundar os estudos para saber se essa nova manifestação da doença foi na realidade uma reinfecção. Neste caso, a pessoa ficou curada, teve novo contato com o vírus e se contaminou de novo. Essa semana, um caso desse foi confirmado nos Estados Unidos.

“O que está publicado aí na literatura, foi estudado o material do vírus da primeira infecção e da segunda infecção, comparando o código genético desses dois vírus mostrando que era vírus diferentes. Provavelmente, a pessoa se contaminou novamente e estão sendo chamados de reinfecção. Os nossos casos, talvez a gente não tenha como comprovar se é reinfecção porque a gente ainda não conseguiu fazer esses testes de estudo do genoma desses vírus. Nós estamos buscando recolher esse material para conseguir fazer”, explicou.

A Secretaria de Saúde do Ceará ainda está apurando a situação de 160 pessoas de diversas regiões do Ceará que testaram positivo duas vezes para a covid-19. Os casos são pacientes que, realizaram dois exames RT-PCR com uma diferença de 21 dias ou mais e tiveram resultado positivo para a doença em ambos. Para o médico, a principal lição para esse momento –  ainda de muitas incertezas – é que devemos manter os cuidados para evitar a disseminação do novo coronavírus. Em setembro, o artigo sobre os Sintomas Clínicos Recorrentes de Covid-19 nos seis primeiros casos analisados pelos pesquisadores cearenses ficou entre os dez estudos de maior destaque do site Covid Reference.

Remdesivir e hidroxicloroquina não têm efeito contra covid, diz OMS

Estudo com 11.000 pacientes em 30 países apontou que os medicamentos não são eficazes na redução da mortalidade ou dos dias de internação de pessoas infectadas pelo coronavírus. Um estudo realizado em 30 países e divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o medicamento antiviral Remdesivir tem pouco efeito na recuperação de pacientes com covid-19. A droga, com a qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi tratado quando contraiu coronavírus, é desenvolvida pela empresa americana Gilead Sciences e, originalmente, é usada no tratamento do ebola.

De acordo com o estudo Solidarity Therapeutics Trial, o Remdesivir parece “ter pouco ou nenhum efeito” no combate à mortalidade causada pela doença ou na redução do tempo de internação. A pesquisa também considerou o antimalárico hidroxicloroquina, droga amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, ineficaz contra a covid-19. A combinação de antiretrovirais lopinavir/ritonavir e o interferon beta-1ª (um grupo de proteínas) foram outros medicamentos que não apresentaram resultados positivos.

O único medicamento que, segundo a OMS, mostrou resultados promissores é a dexametasona, que também foi recentemente administrada a Trump quando ele contraiu o coronavírus. No entanto, a dexametasona é um esteroide, recomendado apenas para pacientes em estado crítico, que precisam de suporte respiratório em hospitais. O estudo publicado nesta quinta-feira (15/10) examinou os efeitos do Remdesivir e das outras drogas em mais de 11.000 pacientes, em 405 hospitais de 30 países. Os dados, porém, ainda precisam ser revisados por outros especialistas antes de serem publicados em revistas especializadas.

A pesquisa se concentrou na análise dos efeitos desses medicamentos sobre a mortalidade, a necessidade de receber ventilação mecânica e o tempo de internação. A OMS indicou que falta determinar se os medicamentos são úteis no tratamento de pacientes infectados não hospitalizados ou, ainda, como prevenção, aspectos que deverão ser examinados em ensaios futuros. Em nota, a Gilead argumentou que os dados não condizem com os resultados de outro ensaio promovido pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos. De acordo com a empresa, os pacientes hospitalizados que receberam Remdesivir se recuperaram, em média, cinco dias mais rápido do que aqueles que tomaram o placebo. Entre os pacientes em estado mais grave, a recuperação foi sete dias mais rápida.

Segundo a companhia, com o Remdesivir “a possibilidade de os pacientes progredirem para estágios mais graves foi reduzida”, e o medicamento “reduz a capacidade do vírus de se replicar no corpo”. Nos Estados Unidos, o Remdesivir não é oficialmente aprovado. Em maio, a droga recebeu uma autorização de uso de emergência da Food and Drug Administration (FDA), agência governamental que aprova o uso de produtos de saúde pública. Na época, Trump disse que a situação era “muito promissora”. Já o chefe da FDA, Stephen Hahn, afirmou que a aprovação “aconteceu na velocidade da luz” e chamou o medicamento de um “importante avanço clínico”.

Covid-19: Brasil tem 153 mil mortes e 5,2 milhões de casos acumulados

O Brasil chegou a 153.214 mortes em função da pandemia do novo coronavírus. Em 24 horas, foram registrados 754 óbitos. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta sexta-feira (16) pela pasta.

Ontem(15), a contabilidade das autoridades de saúde marcava 152.460 mortes por causa da covid-19. Ainda há 2.323 falecimentos em investigação. O número de casos acumulados atingiu 5.200.300. Os diagnósticos positivos acrescidos nesta nova atualização somaram 30.914. Até ontem, o sistema do Ministério da Saúde trazia 5.169.386 pessoas infectadas desde o início da pandemia. Ainda há 427.526 casos em acompanhamento. De acordo com o Ministério da Saúde, outras 4.619.560 pessoas já se recuperaram da doença.

Covid-19 nos estados

Os estados com mais mortes são São Paulo (37.870), Rio de Janeiro (19.654), Ceará (9.199), Pernambuco (8.469) e Minas Gerais (8.345). As Unidades da Federação com menos casos são Acre (679), Roraima (680), Amapá (730), Tocantins (1.035) e Mato Grosso do Sul (1.478). Roraima, que durante semanas permaneceu como estado com menos mortes, ultrapassou o Acre, que se tornou o estado com menos vidas perdidas pela pandemia.

Jacinda Ardern é reeleita primeira-ministra da Nova Zelândia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, foi reeleita neste sábado (17). Com quase 90% das urnas apuradas, Ardern (Partido Trabalhista) derrotou a opositora Judith Collins, líder do Partido Nacional. “Hoje, a Nova Zelândia mostrou que o Partido Trabalhista tem seu maior apoio”, disse Ardern em seu discurso de vitória. “E eu posso prometer uma coisa: nós seremos um partido que vai governar para cada um dos neozelandeses.”

Os trabalhistas registraram cerca de 49% dos votos totais, quase o dobro do segundo mais votado (Nacional). Esse já é o maior apoio que um partido conquistou em eleições no país desde 1996, quando o atual sistema de votação proporcional foi implantado. O sistema de votação proporcional da Nova Zelândia significa que os partidos geralmente devem formar alianças para governar. O país faz parte da Comunidade Britânica, chamada de Commonwealth, e é uma monarquia constitucionalista que tem a rainha Elizabeth II como soberana. A popularidade de Ardern entre os neozelandeses aumentou muito pelo modo como ela lidou com a pandemia de coronavírus, com o país sendo um dos que menos sofreu com a disseminação do coronavírus e se declarando livre da doença.

EUA rejeitam proposta russa para prorrogar pacto sobre armas nucleares

As perspectivas de prorrogação do mais recente tratado que limita a mobilização de armas nucleares estratégicas de Estados Unidos e Rússia pareciam desanimadoras nesta sexta-feira (16), depois que o governo norte-americano rejeitou uma proposta russa de renovação incondicional de um ano por considerá-la “inviável”. O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), que foi assinado em 2010 e expira em fevereiro, restringe o número de ogivas nucleares estratégicas que os dois países podem mobilizar, além de mísseis e dos bombardeiros que os transportam.

Não renovar o pacto anularia todas as restrições, o que poderia dar ensejo a uma corrida armamentista pós-Guerra Fria e ampliar as tensões entre as duas maiores potências nucleares do mundo. Falando por videoconferência em uma reunião do Conselho de Segurança russo que foi transmitida pela televisão estatal, o presidente Vladimir Putin disse que o tratado funcionou com eficiência até agora e que seria “extremamente triste” se deixasse de funcionar.

“No tocante a isso, proponho… prorrogar o tratado atual sem quaisquer condições por ao menos um ano para que negociações significativas sobre todos os parâmetros dos problemas possam ser conduzidas”, disse. Horas depois, no entanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA Robert O’Brien rejeitou a oferta de Putin. Ele reiterou que os EUA propuseram estender o acordo por um ano, durante o qual as mobilizações de todas as armas nucleares estratégicas e táticas seriam suspensas. “A resposta do presidente Putin hoje para estender o novo Start sem congelar todas as ogivas nucleares é inútil”, disse O’Brien em comunicado. “Esperamos que a Rússia reavalie sua posição antes que ocorra uma custosa corrida armamentista.”

OMS fará testes para avaliar outros possíveis tratamentos da covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (16) que avaliará anticorpos monoclonais e outros medicamentos antivirais em seu teste de tratamentos com potencial para enfrentar a covid-19, depois que seu estudo revelou que o remdesivir, da Gilead, não teve impacto nas taxas de sobrevivência.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em entrevista coletiva que o teste chamado Solidariedade continuará, depois de ser lançado em março em 500 hospitais em 30 países para avaliar a eficácia do remdesivir e vários outros medicamentos em pacientes com covid-19.

“O teste Solidariedade ainda está recrutando cerca de 2 mil pacientes todos os meses e vai avaliar outros tratamentos, incluindo anticorpos monoclonais e novos antivirais”, disse Tedros em entrevista coletiva. O teste Solidariedade estava no foco de uma discussão desta sexta-feira entre a OMS e a Gilead, empresa norte-americana que desenvolveu o remédio remdesivir, que disse que as conclusões do teste da OMS pareciam inconsistentes com as evidências de outros estudos.

LOTERIA

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio de R$ 2,5 milhões

A Mega-Sena sorteia neste sábado (17) prêmio estimado em R$ 2,5 milhões. As seis dezenas do concurso 2.309 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

FUTEBOL

Brasileiro: Bahia arranca empate com Goiás no estádio da Serrinha

Mesmo com um homem a menos, o Bahia conseguiu arrancar um importante empate de 1 a 1 diante do Goiás, em jogo realizado nesta sexta-feira (16) no estádio da Serrinha (Goiânia) pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com este resultado, o Tricolor permanece na 16ª posição da classificação, com 16 pontos, enquanto o Esmeraldino amarga a lanterna com 10 pontos.

Confira os jogos da 17ª rodada do Brasileirão

Terá início neste sábado (17) a 17ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O primeiro time paulista a ir a campo será o Santos (6º colocado), que visitará o Coritiba (16º) em jogo marcado para as 19 horas no Estádio Couto Pereira, em Curitiba-PR. O Peixe vem de uma derrota em casa para o Atlético-GO e vai a campo para voltar ao bloco de cima da tabela. Ainda no sábado, o São Paulo (4º) vai encarar o Grêmio (11º) às 21 horas no Morumbi. O Tricolor, que no final de semana venceu o clássico contra o Palmeiras por 2 a 0, que embalar no Brasileirão e se aproximar os líderes.

No domingo, o destaque fica para o encontro entre Corinthians (14º) e Flamengo (3º), que será realizado às 16 horas na Neo Química Arena. O Timão venceu o Athletico-PR na última quarta, em jogo que marcou a estreia do técnico Vagner Mancini. Às 20h30, o Palmeiras (7º) vai até a Arena Castelão, em Fortaleza-CE, onde enfrentará o Fortaleza (8º). O alviverde tenta se recuperar da derrota no meio da semana para o Coritiba por 3 a 1, resultado que ocasionou a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo. No mesmo horário, o Red Bull Bragantino (19º), vindo de um empate com o Flamengo, tenta sair da zona de rebaixamento e para isso precisa vencer o Sport no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.

JOGOS DA 17ª RODADA – BRASILEIRÃO SÉRIE A

Sábado, 17 de outubro
19h – Fluminense x Ceará
19h – Coritiba x Santos
19h – Atlético-GO x Athletico-PR
21h – São Paulo x Grêmio

Domingo, 18 de outubro
16h – Corinthians x Flamengo
18h15 – Internacional x Vasco
20h30 – Red Bull Bragantino x Sport
20h30 – Fortaleza x Palmeiras

Segunda-feira, 19 de outubro
20h – Botafogo x Goiás
20h – Bahia x Atlético-MG

Robinho e Santos anunciam suspensão de contrato

Seis dias após anunciar a contratação de Robinho, o Santos anunciou no início da noite desta sexta (16) que suspendeu a validade do contrato com o atacante, “para que o jogador possa se concentrar exclusivamente na sua defesa no processo que corre na Itália”. O processo em questão é do ano de 2017, quando Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão. Ele é acusado de crime de violência sexual contra uma mulher de origem albanesa, ao lado de outros cinco homens, que teria sido cometido em 2013. Na ocasião, o atacante defendia o Milan.

Logo após o anúncio, o atacante se pronunciou em suas redes sociais: “Com muita tristeza no coração, venho falar para vocês que tomei a decisão, junto do presidente [Orlando Rollo], de suspender meu contrato […]. Meu objetivo sempre foi ajudar o Santos. Se de alguma forma estou atrapalhando, é melhor que saia e foque nas minhas coisas”.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná