Duda e Ana Patrícia derrotam canadenses e são ouro no vôlei de praia

No fim da noite parisiense, iluminada pela Torre Eiffel, ninguém brilhou mais na quadra de vôlei de praia do que Duda e Ana Patrícia. As brasileiras derrotaram as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 1 (26-24, 12-21, 15-10) e conquistaram o ouro olímpico. Após a vitória na estreia da modalidade, em Atlanta, em 1996, as mulheres do Brasil passaram seis edições sem subir no degrau mais alto do pódio, jejum que se encerra com a conquista em 2024.

Duda e Ana Patrícia agora somam o título olímpico ao mundial conquistado em 2022. A parceria, vice-campeã do mundo no ano passado, confirma o status de equipe mais forte do planeta.

A final em Paris foi tensa. No primeiro set, a dupla canadense formada por Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson começou afiada, chegando a abrir 6 pontos de vantagem em um determinado momento (11 a 5). Após uma reação, as brasileiras tomaram a frente do placar e as duplas se alternaram na liderança, até o Brasil fechar em 26 a 24.

Na segunda parcial, Duda e Ana Patrícia vinham bem até mais ou menos a metade da disputa, liderando sem grande vantagem. No entanto, as canadenses emplacaram uma sequência de pontos sem resposta e acabaram por fechar o set sem maiores problemas em 21 a 12.

No tie-break, as brasileiras estiveram sempre à frente e conseguiram manter uma distância confortável. À medida que a decisão se aproximava, os ânimos e as reclamações com juízes se acirraram. Em uma jogada, a tensão gerou um momento cômico: Ana Patrícia e Brandie discutiram separadas pela rede. O DJ da arena, então, tocou Imagine, de John Lennon, canção recebida com risadas pelas jogadoras.

Na reta final, as brasileiras administraram a vantagem até fecharem em 15 a 10 e confirmarem o tão sonhado ouro. Elas igualaram Jacqueline e Sandra, campeãs olímpicas há 28 anos, em uma decisão brasileira contra Adriana Samuel e Mônica. Desde aquela edição, as mulheres brasileiras pararam por três vezes na final olímpica, em Sydney (2000), Atenas (2004) e no Rio (2016).

Alison dos Santos conquistou a medalha de bronze nos 400 metros com barreiras

Na tarde desta sexta-feira (9), Alison dos Santos (Piu), demonstrou toda a sua ousadia, carisma e talento ao transpor as dez barreiras do percurso e cruzar a linha de chegada em terceiro lugar no Stade de France, em Paris. O americano Rai Benjamin conquistou o ouro com o tempo de 46s46, enquanto o norueguês Karsten Warholm ficou com a prata, com 47s06.

Aos 24 anos, Alison conquistou o terceiro melhor tempo da história no Mundial de Atletismo de 2022, com 46s29. Embora não tenha sido suficiente para o ouro olímpico, ele ainda tem tempo para ajustar os detalhes até os Jogos de Los Angeles 2028, quando terá 28 anos, apenas um ano mais velho do que Benjamin.

Piu largou forte e não teve seu terceiro lugar ameaçado em nenhum momento. Transpôs as dez barreiras com saltos altos e seguros. Na reta final, chegou a se aproximar perigosamente de Warholm, de olho na prata. Mas o norueguês, medalhista de ouro em Tóquio 2020 e recordista mundial com o incrível tempo de 45s94, conseguiu segurar o segundo lugar. Warholm é o único homem a ter completado essa prova em menos de 46 segundos, justamente em Tóquio. Dono do segundo melhor tempo da história, 46s17, o americano Rai Benjamin mostrou a força que tem demonstrado na última temporada e sobrou na prova.

O resultado final ficou assim:

  1. Rai Benjamin (EUA) – 46s46 🥇
  2. Karsten Warholm (Noruega) – 47s06 🥈
  3. Alison dos Santos (Brasil) – 47s26 🥉
  4. Clemen Ducós (França) – 47s76
  5. Kyron McMaster (Ilhas Virgens) – 47s79
  6. Abderrahman Samba (Catar) – 47s98
  7. Rasmus Magi (Estônia) – 52s53
  8. Roshawn Clarke (Jamaica) – Não completou a prova

Isaquias Queiroz é prata na canoagem

Frame: RNC

O canoísta Isaquias Queiroz conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000 metros, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com o feito, ele conquista sua quinta medalha olímpica, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, com seis medalhas.

Em uma corrida emocionante, no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, o canoísta conseguiu sair da quinta posição, a mais de 2 segundos do líder, para chegar em segundo lugar, atrás apenas de Martin Fuksa, da República Tcheca. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia.

Para se ter uma ideia do alto nível da prova, o tempo obtido pelo medalhista de ouro foi a melhor marca olímpica de todos os tempos, com 3m43s16. Na modalidade não se usa o termo “recorde” em função das diferentes condições náuticas de cada prova. O brasileiro marcou 3m44s33; e Tarnovschi fechou a prova com o tempo de 3,44s68.

No início da corrida, Isaquias ficou posicionado no segundo pelotão, disputando a quarta posição, a cerca de 1 segundo do tcheco, que já despontava na liderança. Isquias estava em quinto lugar quando a prova chegava na metade (500 metros).

Conforme o esperado, foi a partir desse momento que o brasileiro começaria a se destacar. No último quarto da prova (750m), já se percebia a recuperação do brasileiro, que estava em quarto, diminuindo a diferença para os líderes.

Isquias conseguiu tirar mais de 2 segundos de diferença nos últimos 250 metros, para fechar a prova em segundo. O alemão Sebastian Brendel, um dos favoritos para o ouro, cometeu erro estratégico, o que o deixou cansado ao final da prova, ficando com a última colocação.

Além da prata obtida em Paris, o canoísta brasileiro já conquistou ouro no C1 1000m em Tóquio 2020; prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016; e bronze no C1 200m, também nos Jogos do Brasil.

Com o feito, Isaquias se iguala, em número de medalhas olímpicas, a Robert Scheidt e Torben Grael, todos com cinco medalhas. A ginasta Rebeca Andrade é a maior medalhista brasileira, com seis medalhas.

Por ironia do destino, Isaquias é natural de Ubaitaba (BA), termo tupi-guarani que significa “cidade das canoas”, como bem lembrou o Comitê Olímpico do Brasil em seu site, ao relatar o histórico do canoísta.

Taekwondo: Henrique Marques e Caroline Santos ficam fora do pódio

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Time Brasil X – Divulgação

O taekwondo do Brasil encerrou com uma medalha de bronze a participação nos Jogos Olímpicos de Paris.Nesta sexta-feira (9), dia seguinte à conquista da medalha pelo paraibano Edival Marques, o Netinho,  foi a vez de Caroline Santos, a Juma, e de Henrique Marques estrearem no ringue montado no Grand Palais, museu adaptado para receber a competição.

Na categoria até 67 quilos para mulheres, Caroline Santos teve como adversária Sasikarn Tongchan, da Tailândia. A brasileira acabou derrotada por 2 a 0 e precisava aguardar pelo desempenho da tailandesa para saber se teria o direito de disputar a repescagem. Isso aconteceria caso Tongchan chegasse à final. Mas a atleta da Tailândia foi derrotada nas quartas de final, o que causou a eliminação automática da brasileira.

A situação foi parecida com a de Henrique Marques na categoria até 80 kg para homens. A diferença é que o atleta nascido na cidade de Itaboraí venceu a luta de estreia por 2 a 0 sobre Saleh El-Sharabaty e avançou para as quartas de final. No segundo combate, Henrique não conseguiu vencer o sul-coreano Seo Geo-woo, que saiu vitorioso por 2 a 0. O brasileiro passou a torcer para que Geo-woo chegasse até a luta do ouro para que pudesse ser puxado para a repescagem. Mas o atleta do Coreia do Sul foi derrotado na semifinal, deixando o brasileiro fora da briga pelo bronze.

O Brasil contou com quatro atletas na torneio de taekwondo em Paris. Além de Henrique Marques e Caroline Santos, também competiram Maria Clara Pacheco, na categoria até 57 kg para mulheres, e Edival Marques, na categoria até 80 kg para homens. Netinho conquistou o bronze vindo da repescagem. Foi a terceira medalha do país na modalidade em Jogos Olímpicos. Antes, Natália Falavigna, em Pequim 2008, e Maicon Andrade, na Rio 2016, já haviam conquistado medalhas de bronze olímpicas.

Ginástica rítmica: lesão adia sonho de medalha para equipe do Brasil

O melhor momento da história da ginástica rítmica do Brasil não vai se transformar em pódio olímpico na competição por conjunto. A lesão de Victória Borges, uma das integrantes da equipe nacional, fez com que o país recebesse uma nota muito abaixo do padrão na rotina mista, de bolas e fitas, acabando com as chances de classificação à final da modalidade.

O conjunto do Brasil, formado por Victória, Maria Eduarda Arakaki, Deborah Medrado, Sofia Pereira e Nicole Pircio, chegou a Paris como um dos candidatos a subir ao pódio olímpico por equipes da ginástica rítmica pela primeira vez. A primeira apresentação na fase classificatória foi no conjunto simples de cinco arcos. As brasileiras tiveram uma boa exibição ao som de uma versão da música “I Wanna Dance with Somebody”, da cantora Whitney Houston. A nota de 35.950 deixou o Brasil na quarta colocação geral ao fim das 12 primeiras apresentações. Naquele momento, a classificação para a final estava encaminhada, já que avançavam as 8 melhores equipes.

No entanto, o cenário mudou antes da segunda apresentação no conjunto misto, de três fitas e duas bolas. Uma das integrantes do quinteto, Victória Borges, sentiu uma contratura muscular na panturrilha durante o aquecimento, poucos minutos antes de entrar em quadra. A atleta subiu no tablado mancando e, mesmo com dores, fez questão de participar da rotina junto com as demais companheiras. Na ginástica rítmica não existe a possibilidade de troca de atletas por uma reserva após o início da competição.

Durante a série, Victoria não conseguiu executar os movimentos ginásticos que fazem parte da vibrante coreografia das brasileiras. Ao término da apresentação, as meninas não seguraram a emoção. Victoria precisou ser amparada para deixar o tablado. Como esperado, a nota para o conjunto do Brasil foi baixa: 24.950.

Ao fim de todas as apresentações, a equipe brasileira obteve o somatório de 60.900 e terminou na 9ª colocação, fora da zona de classificação à final. O time da Bulgária avançou como o primeiro colocado geral, com nota total de 70.400.

O quinteto do Brasil foi uma das que mais evoluiu no ciclo olímpico da ginástica rítmica. Nas últimas etapas de Copa do Mundo as brasileiras foram presença constante nos pódios. Pela primeira vez a conquista de uma medalha olímpica no conjunto era algo possível para a ginástica do Brasil, em uma modalidade amplamente dominada pelos países da Europa. Agora, o sonho foi adiado em quatro anos para a Olimpíada de Los Angeles, em 2028.

Babi Domingos fica em 10º na final individual da ginástica rítmica

A curitibana Barbara Domingos, de 24 anos, ficou na 10ª posição na final do individual geral da ginástica rítmica na Olimpíada de Paris. A competição premiou a ginasta mais completa da modalidade. Babi já havia feito história na quinta-feira (8) ao se tornar a primeira brasileira a se classificar para a decisão por medalhas na disputa individual.

No somatório final a brasileira anotou 123.100. A medalha de ouro foi para a ginasta alemã Darja Varfolomeev (142.850).  A prata ficou com Boryana Kaleyn (140.600), da Bulgária, e a italiana  Raffaeli Sofia (136.300) completou o pódio com o bronze.

O primeiro aparelho em que as 10 ginastas finalistas se apresentaram foi o arco. E coube à brasileira inaugurar as apresentações. Demonstrando nervosismo, Babi fez as coreografias ao som de uma versão da música “Circle of Life”, do filme “O Rei Leão”. Ao contrário da classificatória, quando teve um desempenho excelente no aparelho, dessa vez a ginasta de Curitiba sofreu com algumas falhas durante a rotina. E obteve a nota de 29.600. Ao fim da primeira rotação ela aparecia na 10ª posição.

A segunda apresentação, com o aparelho bola, foi embalada pela canção “Je Suis Malade”, interpretada por Lara Fabian. Bárbara Domingo fez uma rotina sem erros, e levantou a arena La Chapelle. Os árbitros deram nota 33.200 e no fim da rotina ela estava em 9º lugar.

Babi abriu a terceira rotação, desta vez no aparelho maças, com uma coreografia que tinha como trilha sonora uma versão de “Garota de Ipanema”. Se na classificatória ela teve problemas no aparelho, desta vez a brasileira fez uma apresentação cravada e sem erros aparentes. E recebeu como nota 31.200, o que a deixou em 10º no resultado geral.

O último aparelho da final foi a fita. E Bárbara se apresentou ao som de uma versão da música “Bad Romance”, da multiartista norte-americana Lady Gaga. A brasileira teve problemas com a fita logo no início da rotina, e, apesar de pequena falhas, conseguiu terminar a apresentação. No fim, obteve nota 29.100.

No sábado (10) estão programadas as finais por equipes da ginástica rítmica. A prova não terá a participação do conjunto do Brasil, que não conseguiu a classificação para a disputa de medalhas após a ginasta Victória Borges sofrer uma contratura muscular na panturrilha.

Confronto entre Brasil e Estados Unidos no futebol feminino olímpico

A seleção brasileira de futebol feminino enfrenta os Estados Unidos na final das Olimpíadas de 2024, neste sábado, às 12h (de Brasília). Após derrotar a atual campeã mundial, Espanha, na semifinal, a equipe brasileira busca conquistar a medalha de ouro na competição. A partida será transmitida ao vivo pela Globo, SporTV e Globoplay.

O Brasil e os Estados Unidos se enfrentarão pela terceira vez na final do torneio de futebol feminino dos Jogos Olímpicos. Nas duas ocasiões anteriores, em Atenas-2004 e Pequim-2008, a seleção norte-americana venceu por 2 a 1, na prorrogação, e por 1 a 0, respectivamente.

Dessa forma, a seleção brasileira conquistou duas medalhas de prata no futebol feminino das Olimpíadas. Além disso, a equipe foi vice-campeã da Copa do Mundo de 2007 e ficou em terceiro lugar no Mundial de 1999.

Prováveis escalações:

Brasil: Lorena, Thaís, Lauren e Tarciane; Ludmila, Duda Sampaio, Vitória Yaya e Yasmim; Gabi Portilho, Priscila e Jhennifer. Técnico: Arthur Elias

EUA: Naeher, Fox, Girma, Davidson e Dunn ; Coffey, Lavelle e Horan; Rodman, Smith e Swanson. Técnica: Emma Hayes.

Fontes: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Governo do estado de Santa Catarina – Governo do estado do Paraná – Olímpiadas – Time Brasil – CBB Brasil – CBJ – The Olympic Games – Rede X – Divulgação * Notícia Gerada por I.A.*

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