Copom inicia sexta reunião do ano para definir juros básicos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (21), em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic, e deve repetir os aumentos promovidos nos últimos quatro encontros. Amanhã (22), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano nesta reunião. A expectativa de alta está no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2021, o mercado prevê que a taxa fique em 8,25% ao ano. Os membros do Copom também sinalizaram, na ata da última reunião, que devem manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 1 ponto percentual, mantendo uma política monetária mais contracionista diante da piora recente dos índices de preços.

Dessa forma, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018. Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho e agosto, subiu para 4,25% ao ano e 5,25% ao ano, respectivamente.

Taxa Selic: A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela também é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Inflação em alta: Para 2021, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, fecharia o ano em 5,82% no cenário base, com Selic em 6,25% ao ano e câmbio partindo de R$ 5,05. O novo relatório será divulgado na semana que vem, com a previsão mais atual considerando a taxa Selic que será definida pelo Copom nesta semana e os aumentos inflacionários dos últimos meses.

Em agosto, puxada pelos combustíveis, a inflação subiu 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 8,35%, de acordo com o último boletim Focus. É a 24ª alta consecutiva da previsão das instituições financeiras.

Bolsonaro abre hoje Assembleia-Geral da ONU

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, será o primeiro a discursar no chamado “debate geral” da 76ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (21). Desde 1947, o representante do Brasil é encarregado de abrir oficialmente as falas dos líderes mundiais participantes. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fala em seguida. Na volta do evento (semi) presencial, Bolsonaro é o único dos líderes do G20 (grupo das 19 principais economias do mundo e a União Europeia) presentes a dizer que não tomou e que não vai tomar a vacina contra a Covid-19 para ir ao encontro. A passagem de Bolsonaro por NY nos últimos dois dias foi marcada por constrangimentos em razão da falta de vacinação do mandatário brasileiro que é o único do G-20 a abertamente declarar que não irá se imunizar. A situação foi assunto da reunião bilateral de Bolsonaro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson; foi abordada pelo prefeito de NY, Bill de Blasio; e fez a comitiva presidencial precisar driblar regras da cidade para circular e se alimentar.

Ao não se vacinar, Bolsonaro destoa dos chefes de Estado do restante do mundo e coloca em xeque a estratégia do Itamaraty de vender uma agenda positiva no evento e reverter o desgaste internacional do Brasil. Bolsonaro já poderia ter se vacinado desde abril, mas, além de recusar a aplicação da dose, tem feito reiteradas críticas a imunizantes aplicados no País, como a Coronavac. Na semana passada, ele orientou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a suspender a vacinação em adolescentes, apesar de a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter liberado o uso do produto da Pfizer nesta faixa etária.

Manifestações: Queiroga, por sua vez, mostrou o dedo do meio a manifestantes contrários ao governo que aguardavam Bolsonaro sair de um jantar na residência do embaixador brasileiro junto à ONU. O presidente passou pelos poucos manifestantes e também fez provocações ao grupo, ao gravar um vídeo no local com ofensas ao grupo. A abertura da Assembleia-Geral é tradicionalmente feita pelo Brasil, desde a fundação da ONU. É possível que Bolsonaro e Biden se encontrem pela primeira vez logo após o pronunciamento do brasileiro. Não será uma reunião formal. O americano entra no palco para discursar logo na sequência e é praxe que os presidentes do Brasil e dos EUA, portanto, troquem cumprimentos na coxia entre uma fala e outra.

Discurso: Na sua primeira participação na ONU, em 2019, Bolsonaro fincou os pés nas bases do bolsonarismo em seu discurso. Na época, era aconselhado pelo então chanceler Ernesto Araújo. Com o Itamaraty sob nova direção, no comando de Carlos França, diplomatas dizem que desta vez o presidente fará um discurso mais sóbrio, que não desafiará a ordem global. Antes, Bolsonaro se juntava a um time de líderes como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Agora, os EUA têm Joe Biden na presidência, que valoriza o sistema multilateral e a parceria com aliados. Mas ao longo dos últimos dias, Bolsonaro deu sinais de que colocará seu tom e improvisos no roteiro desenhado por França e pelo almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. A intenção do presidente é falar para sua base eleitoral, que se energiza diante de pronunciamentos inflamados e retórica anti-socialismo.

Em uma live na semana passada, o presidente disse que defenderá a tese do marco temporal em demarcações de terras indígenas, por exemplo. O tema está em análise pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode colocar Bolsonaro em um novo embate com a Corte. O assunto também deve despertar críticas de ambientalistas e outros governos, como o dos EUA. Como revelou o Estadão, o Itamaraty quer que o presidente anuncie a doação de vacinas contra covid-19 a outros países da região, como Haiti, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, hoje, e fale dos bons números da campanha de vacinação brasileira. No discurso, o presidente do Brasil também deve falar da questão ambiental. Bolsonaro deve dizer que os recursos para o Ibama foram duplicados, que houve anúncio de contratação de mais de 700 servidores para a fiscalização ambiental e que os números de desmate ilegal na Amazônia caíram em julho e agosto deste ano, na comparação com o ano passado.

Contexto internacional: Sem Trump, a Assembleia-Geral da ONU marca a reabertura do diálogo internacional após a pausa de um ano e meio em razão da pandemia de coronavírus e após o período de embate entre americanos e o sistema multilateral. Com 193 membros, o encontro é o primeiro grande fórum a reunir, presencialmente, líderes mundiais desde março de 2020. Ano passado, nos 75 anos da ONU, o encontro foi virtual. Desta vez, uma parte dos presidentes irá participar virtualmente, enquanto quase 90 deles devem se encontrar em Nova York. O encontro será mais um teste para as apostas pré-eleição americana que davam conta de que Joe Biden na presidência dos EUA acalmaria os ânimos mundiais.

A Assembleia-Geral acontece oito meses após a posse de Biden, que prometeu valorizar as decisões multilaterais e recolocar os Estados Unidos no centro de uma liderança global. O democrata reverteu uma série de ações do antecessor, com o retorno dos EUA ao Acordo de Paris e a volta do diálogo com aliados. Diferentemente de Trump, que incomodava a maior parte dos presentes na ONU, Biden fala a mesma língua dos defensores do multilateralismo.

Ministro da CGU falará à CPI sobre fiscalização de compra de vacinas

A CPI da Pandemia ouve na terça-feira (21), a partir das 9h30, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Pelo requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), Wagner Rosário deveria falar de investigações sobre desvio de recursos liberados pela União para estados e municípios. Mas o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), já avisou que vai cobrar do ministro explicações sobre a suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde. Na última terça-feira (15), durante reunião da CPI, Omar disse que Wagner Rosário prevaricou. Ou seja: como servidor público, teria deixado de tomar iniciativas e se omitido diante de irregularidades.

O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador disse Aziz. Wagner Rosário usou uma rede social para responder ao presidente da CPI. O ministro acusou o presidente da CPI de cometer o crime de calúnia. “Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu. O presidente da CPI usou a mesma rede social para reafirmar a acusação contra Wagner Rosário. “Prevaricação também é crime”, publicou Omar Aziz.

Repasses a estados e municípios: O requerimento de convocação para o ministro da CGU foi aprovado pela comissão em junho. De acordo com Eduardo Girão, o órgão enviou à CPI dados sobre 53 operações especiais que apuram desvio de recursos por estados e municípios. Segundo Girão, o valor total dos contratos chega a R$ 1,6 bilhão. “O prejuízo efetivo apurado até agora atingiu quase R$ 39,2 milhões, e o prejuízo potencial é de R$ 124,8 milhões. Assim, o prejuízo total pode alcançar R$ 164 milhões”, argumenta. Segundo Eduardo Girão, Polícia Federal e Ministério Público expediram 778 mandados de busca e apreensão e 67 mandados de prisão temporária. Das 472 pessoas físicas investigadas, 129 são agentes públicos. As operações especiais apuram a participação de 291 pessoas jurídicas em irregularidades. São 51 órgãos públicos, 228 empresas privadas e 12 entidades sem fins lucrativo.

Amazonas: governador se torna réu por desvio de recursos na pandemia

Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou hoje (20) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador do Amazonas Wilson Lima, e mais 13 pessoas. Com a decisão, todos passam à condição de réus e vão responder a um processo criminal. Wilson Lima é acusado pela PGR de chefiar uma suposta organização criminosa, da qual participaram os demais denunciados, responsável por desviar recursos na compra de respiradores durante a pandemia de covid-19. Ele também foi acusado de fraudes em licitação e peculato. O colegiado seguiu voto proferido pelo relator, ministro Francisco Falcão. Durante a leitura do voto, Falcão afirmou que documentos encontrados no gabinete do governador indicam que ele tinha conhecimento do processo de aquisição fraudulenta de 28 respiradores vendidos ao governo estadual por uma importadora de vinhos, com dispensa de licitação.

Outro indício de envolvimento do governador seria o fato de ele ter ido pessoalmente ao aeroporto receber, em 7 de abril do ano passado, 19 desses equipamentos, sendo que a compra somente foi efetivada pelo governo estadual no dia seguinte. Falcão afirmou ainda que “existe justa causa para se considerar o governador do Amazonas partícipe nos delitos de dispensa de licitação e partícipe da fraude na aquisição de 28 respiradores que tiveram preços elevados com abusividade”. O relator também afirmou considerar que “o governador exercia o comando da organização criminosa engendrada na cúpula do governo do Amazonas, que visava a prática de delitos de fraude, dispensas de licitação indevidas e peculato”. Por falta de provas, o ministro recusou a abertura de ação penal em relação a dois denunciados, incluindo o atual chefe da Casa Civil do Amazonas, Flávio Cordeiro Antony Filho.

Entenda: Em abril, a PGR apresentou denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, contra o governador e outras 15 pessoas, incluindo o vice-governador, Carlos Almeida, e o secretário de Saúde à época dos fatos, Roberto Tobias. Além de participação em organização criminosa, os envolvidos foram acusados de fraudes em licitação e peculato, no caso de agentes públicos. De acordo com a peça de acusação, o governo estadual comprou os 28 respiradores por 2,9 milhões de uma importadora de vinhos dois dias depois de ter recebido uma proposta de venda dos mesmos aparelhos por 2,4 milhões de uma outra empresa do setor de saúde.

Segundo a denúncia, a importadora de vinhos comprou os aparelhos poucas horas antes de vendê-los ao governo, servindo apenas como intermediadora para elevar o preço dos equipamentos. A manobra teria resultado no desvio de R$ 496 mil. O preço dos respiradores, contudo, já se encontrava superfaturado, argumentou a PGR. Segundo os investigadores, que se valeram de pareceres do Tribunal de Contas do Amazonas, o sobrepreço teria resultado num prejuízo superior a 2 milhões aos cofres públicos estaduais. Ao final, os equipamentos sequer serviram para tratar pacientes com covid-19, pois não seriam adequados para o tratamento de casos graves, destacou a denúncia.

Defesa: Na manhã desta segunda-feira, os ministros do STJ ouviram 17 diferentes advogados em defesa dos denunciados. Todos argumentaram inépcia da denúncia, que teria sido falha ao apresentar atos individualizados ou provas de conluio envolvendo a compra dos respiradores. Segundo os advogados, apesar de quebras de sigilo telefônicos, a PGR não teria sido capaz de apontar atos inequívocos que apontem a existência de uma organização criminosa. O advogado Nabor Bulhões, que representa o governador Wilson Lima, acusou o Ministério Público de ter abusado de seu poder investigatório, promovendo uma narrativa sobre organização criminosa a partir de supostas irregularidades num simples processo de dispensa de licitação.

Covid-19: Brasil tem 21,24 milhões de casos e 590,9 mil mortes

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 21.247.667. Em 24 horas, foram registrados 7.884 novos diagnósticos positivos. Ainda há 425.821 casos em acompanhamento. O nome é dado ao número de casos ativos de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado e estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa. O total de vidas perdidas para a pandemia alcançou 590.955 pessoas. Entre ontem (19) e hoje (20), foram registradas 203 mortes.

Ainda há 3.343 falecimentos em investigação. Nessas situações, os diagnósticos dependem de resultados de exames concluídos apenas após o paciente já ter morrido. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgados na noite desta segunda-feira (20). O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 é de 20.230.891. Isso corresponde a 95,2% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia. Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Estados

Os estados que registraram o maior número de mortes estão São Paulo (148.104), Rio de Janeiro (64.918), Minas Gerais (55.085), Paraná (38.491) e Rio Grande do Sul (34.607). Os que tiveram menor número de óbitos estão Acre (1.817), Amapá (1.979), Roraima (1.987), Tocantins (3.743) e Sergipe (6.005).

No número de casos, São Paulo é o estado que registra a maior incidência de confirmações, com 4,35 milhões, seguido de Minas Gerais (2,11 milhões) e Paraná (1,49 milhão). Os estados com menos casos confirmados são Acre (87.932), Amapá (122.677) e Roraima (126.097)

Boletim epidemiológico mostra a evolução dos números da pandemia no Brasil.

Morte de adolescente em SP não é relacionada à vacina, conclui Anvisa

Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberam informações do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo que negam a relação entre a morte de uma adolescente no estado e sua vacinação contra covid-19. Segundo a Anvisa, os dados apresentados foram considerados “consistentes e bem documentados”. Uma adolescente de São Paulo morreu sete dias depois de ter tomado vacina contra a covid-19. A causa provável, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foi atribuída ao diagnóstico de doença autoimune, denominada púrpura trombótica trombocitopênica (PTT), identificada com base no quadro clínico e em exames complementares.

“O relatório de investigação elaborado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo foi recebido pela agência na noite deste domingo, 19 de setembro, contendo detalhes de todo o processo de avaliação que concluiu não ser possível atribuir diretamente o óbito à vacinação”, informou a Anvisa em nota.

A agência notificará a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as investigações para avaliação quanto a qualquer possível sinal de segurança. Por fim, a Anvisa afirmou manter sua posição acerca dos benefícios das vacinas e de sua importância no combate à pandemia. “Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus risco para todas as vacinas autorizadas no Brasil, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.

Pfizer-BioNTech: vacina contra covid protege crianças de 5 a 11 anos

A Pfizer e a BioNTech disseram, nesta segunda-feira (20), que a vacina contra covid-19 que desenvolveram em parceria induz uma resposta imune robusta em crianças de entre 5 e 11 anos de idade. Os laboratórios planejam pedir autorização para que a vacina seja aplicada nessa faixa etária às autoridades dos Estados Unidos (EUA), da Europa e de outros locais o mais rápido possível. As empresas dizem que a vacina gerou resposta imune nas crianças de 5 a 11 anos em seu ensaio clínico de fases 2 e 3, e os resultados se equivalem ao que observaram anteriormente entre pessoas de 16 a 25 anos. O perfil de segurança também foi, em geral, comparável ao da faixa etária mais elevada, afirmaram. “Desde julho, casos pediátricos de covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação”, disse o presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado à imprensa.

“Os resultados desse teste fornecem uma fundação sólida para buscar autorização de nossa vacina para crianças entre 5 e 11 anos, e planejamos entregar o pedido à FDA (agência reguladora dos EUA) e outros reguladores com urgência.” Autoridades norte-americanas de saúde de alto escalão acreditam que os órgãos reguladores podem tomar uma decisão sobre a vacina, se é segura e eficaz em crianças mais novas, três semanas após a entrega pelos laboratórios dos pedidos de autorização, disseram à Reuters neste mês. As internações e mortes por covid-19 aumentaram nos Estados Unidos, nos últimos meses, devido à variante Delta do novo coronavírus, altamente contagiosa.

Casos pediátricos da doença também estão em alta, particularmente porque crianças com menos de 12 anos não estão sendo vacinada. Não há, no entanto, nenhuma indicação de que, além de ser mais transmissível, a Delta seja mais perigosa para crianças. Uma autorização rápida ajudaria a mitigar um potencial aumento de casos no outono do Hemisfério Norte, especialmente com as escolas já abertas em todo os EUA. A vacina Pfizer/BioNTech já está autorizada para aplicação em crianças a partir de 12 anos em vários países, incluindo os Estados Unidos. No ensaio clínico, as crianças entre 5 e 11 anos receberam uma dose de 10 microgramas da vacina, um terço da dose dada a pessoas com mais de 12 anos. As empresas disseram esperar, até o quarto trimestre deste ano, os dados sobre como a vacina atua em crianças entre 2 e 5 anos e em bebês de 6 meses a 2 anos.

Falta de verba suspende produção de medicamentos para diagnóstico e tratamento de câncer

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares anunciou que deixou de fabricar medicamentos usados para o diagnóstico e o tratamento de câncer por falta de dinheiro. O que vai dentro dos carros mostrados na reportagem mexe com a vida de muitos brasileiros. Os veículos transportam radiofármacos. São substâncias usadas em exames de imagem, como cintilografias, e no tratamento de doenças como artrite e câncer. Elas emitem radiação. Por isso, o transporte tem que ser cuidadoso e rápido – a radioatividade dura poucos dias, não dá para guardar esses medicamentos num estoque. O Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) produz 85% do que o Brasil usa dessas substâncias. Mas, por hora, essa desta segunda-feira (20) é a última grande remessa que sai de lá para hospitais e clínicas do país. Por falta de dinheiro, o Ipen não conseguiu mais comprar os insumos usados na produção.

Luis Antonio Genova, pesquisador do instituto e também diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de São Paulo, explica que a falta de recursos já era um problema anunciado. “O Ipen sofreu um corte bastante severo no orçamento. Então desde o início do ano já se sabia que a situação ia chegar a esse ponto. Estão faltando mais de R$ 70 milhões para gente terminar o ano, ainda assim sem contar a valorização do dólar, porque tem muita parte assim que é importada”, diz.

Há menos de um mês, o governo federal enviou ao Congresso um projeto de lei para liberar crédito suplementar ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, ao qual o Ipen está subordinado. O texto ainda não foi votado. Quando o Ipen receber mais recursos, não será de um dia para o outro que terá de volta os insumos importados e retomará a produção. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações afirmou que, desde junho, tem pedido ao Ministério da Economia mais recursos para a produção dos medicamentos. O Ministério da Economia declarou que o governo federal enviou ao Congresso um projeto de lei para dar mais verbas ao Ipen e que, por lei, não pode aumentar os recursos por conta própria.

SC: Estado confirma 1.169.331 casos, 1.145.374 recuperados e 19.098 mortes

O Governo do Estado informou que há 1.169.331 pacientes com teste positivo para Covid-19 em Santa Catarina, sendo que 1.145.374 estão recuperados e 4.859 continuam em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 20. O coronavírus causou 19.098 mortes no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,63%.

Esses números representam uma redução de 147 no número de casos ativos e há 23 novos óbitos em comparação com o dia anterior. Aos casos confirmados se somaram 300, enquanto a estimativa de recuperados subiu 424.

>>> Confira aqui o boletim diário desta segunda-feira, 20
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Estima-se que haja 57 municípios com o número de casos ativos zerado. Considerando dados proporcionais à população, a regional com a maior quantidade de casos ativos atualmente é a de Xanxerê (165 para cada 100 mil habitantes). Em seguida, estão Grande Florianópolis (110) e Foz do Rio Itajaí (96). As que menos têm são Médio Vale do Itajaí (17), Alto Uruguai Catarinense (22) e Carbonífera (24).

Dos 1.481 leitos de UTI Adulto existentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 926 ocupados, sendo 354 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A ocupação é de 62,5%.

SC: 70% das cidades não registram mortes por Covid em setembro

A vacinação contra a Covid-19 mais uma vez prova ser eficiente no combate aos casos graves e óbitos pelo coronavírus. Nesta segunda, 20, data em que o estado alcançou a marca de 50% da população adulta vacinada com as duas doses da vacina, registra-se também redução no número de óbitos pela doença. Das 295 cidades catarinenses, 204 não registraram óbitos no mês de setembro. Esse número representa cerca de 70% de todo o estado.

Apenas 91 municípios tiveram mortes por Covid-19 até a última sexta-feira, 17. Algumas cidades, além disso, não registram morte há muito mais tempo. É o caso de Ibiam, Irati, Lacerdópolis, Lajeado Grande, Leoberto Leal, Nova Itaberaba, Salto Veloso e São Bonifácio, que não têm óbitos desde o mês de março. Cunhataí e Presidente Castello Branco, da mesma forma, não observaram novas mortes por Covid-19 desde fevereiro.

Uma situação ainda melhor são as dos jovens municípios de Santiago do Sul, Capão do Alto e Bocaina do Sul, que desde o ano passado não têm mortes pelo Coronavírus. Capão do Alto, por exemplo, registrou sua última morte no dia 24 de novembro de 2020. É o município que há mais tempo não tem óbitos causados pelo vírus. “Quanto mais se vacina, melhores são os números, é o que nós percebemos. Estamos diminuindo o número de óbitos e o número de casos confirmados a cada semana. Cada passo é importante para sairmos da pandemia. E iremos sair.”, assinalou o secretário da Saúde André Motta Ribeiro.

Boletim da Sesa confirma 1.991 novos casos e 42 óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (20) mais 1.991 casos confirmados e 42 mortes referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Há ajustes ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.486.040 casos confirmados e 38.274 mortos pela doença. Os casos confirmados divulgados nesta data são de setembro (1.629), agosto (165), julho (32), junho (125), maio (39) de 2021 e agosto (1) de 2020.

INTERNADOS – 778 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 565 pacientes em leitos SUS (340 em UTI e 225 em leitos clínicos/enfermaria) e 213 em leitos da rede particular (121 em UTI e 92 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.475 pacientes internados, 788 em leitos UTI e 687 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 42 pacientes. São 14 mulheres e 28 homens, com idades que variam de 32 a 93 anos. Os óbitos ocorreram entre 29 de abril a 19 de setembro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (9), São José dos Pinhais (4), Ponta Grossa (4), Ortigueira (3), Cascavel (3), Cafelândia (2) e Apucarana (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Santo Antônio da Platina, Pinhão, Pato Branco, Mariluz, Mangueirinha, Mandirituba, Londrina, Ipiranga, Guapirama, Fênix, Foz do Iguaçu, Fazenda Rio Grande, Céu Azul, Colombo e Araucária.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 6.150 casos de residentes de fora do Estado, 217 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

Estado recebe mais vacinas e anuncia início da aplicação da dose de reforço

Com a ajuda das vacinas contra a Covid-19 que o Paraná recebeu nesta segunda-feira (20), a Secretaria de Estado da Saúde dará início a mais uma etapa da campanha de vacinação com a aplicação das doses de reforço (terceira dose). Serão utilizadas 450 da Janssen para o reforço de indígenas com mais de 70 anos e imunossuprimidos (pessoas que passaram por um transplante ou pacientes que têm HIV, por exemplo) de 18 a 59 anos, além de 118.170 imunizantes da Pfizer para a aplicação em idosos acima de 70 anos e imunussuprimidos, desde que com o esquema vacinal completo há mais de seis meses.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, acompanhou a chegada das doses, e disse que a terceira dose será importante para aqueles que já tomaram as duas primeiras, dentro dos atuais critérios da campanha de vacinação. “Nós teremos agora um quantitativo para aqueles que têm um sistema imunológico mais suscetível e idosos que tomaram a vacina no início da campanha, seguindo a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, disse. As demais 164.250 da AstraZeneca/Fiocruz, que também chegaram nesta segunda, ainda aguardam a divulgação do Informe Técnico do Ministério da Saúde para definir o público e a descentralização.

Ilhas Canárias: lava de vulcão continua a se aproximar da água

As autoridades confirmaram, nas últimas horas dessa segunda-feira (20) que o vulcão Cumbre Vieja tem nova boca eruptiva próxima da cidade de Tacande, o que obrigou a novas evacuações. Até o momento, cerca de 6 mil pessoas foram retiradas de casa desde o início da erupção, no domingo (19), na ilha de La Palma. Entretanto, a lava aproxima-se cada vez mais do mar e o contato entre o magma e a água salgada poderá “gerar explosões” e provocar a emissão de “gases nocivos”, admite o gabinete de crise. O governo português admitiu uma “eventual operação” para a retirada de cidadãos portugueses da ilha. O vulcão Cumbre Vieja tem, desde ontem à noite, uma nova boca eruptiva, a 900 metros da boca principal, o que obrigou à evacuação de uma vila próxima, Tacande, com 700 habitantes.

Entre domingo e segunda-feira já tinham sido retirados de casa 5 mil habitantes da ilha, mas as autoridades admitem que poderá ser necessário retirar até 10 mil pessoas. Outra situação que preocupa as autoridades é a aproximação da lava ao mar. Os cientistas previam que esse contato ocorresse nessa segunda-feira por 20h, mas houve uma desaceleração do avanço dos rios magmáticos. “Tivemos menos atividade vulcânica e menos volume na massa magmática. A atividade do vulcão diminuiu. A lava cobre o bairro de Todoque neste momento. Ainda falta meio caminho para chegar ao mar. Não irá chegar esta noite”, afirmou Miguel Ángel Morcuende, diretor técnico do Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca), em declarações aos jornalistas ontem à noite. As autoridades preparam-se para os piores cenários, já que o contato entre o magma, a mais de mil graus de temperatura, e a água salgada, a pouco mais de 20 graus, deverá causar explosões e a emissão de gases nocivos para a atmosfera, que poderão afetar os moradores da ilha com irritações na pele, olhos e no sistema respiratório.

Ações da chinesa Evergrande caem à mínima em 11 anos

As ações da chinesa Evergrande caíram nesta segunda-feira (20) para mínimas de 11 anos, à medida que se aproxima o prazo para vencimento de uma dívida e crescem os temores de calote. A Evergrande tem se esforçado para levantar fundos para pagar seus muitos credores, fornecedores e investidores, com os reguladores alertando que seus 305 bilhões de dólares em passivos podem gerar riscos mais amplos para o sistema financeiro do país se não forem estabilizados. A ação fechou em queda de 10,2%, depois de cair 19% para seu nível mais fraco desde maio de 2010. A unidade de gestão de propriedades da empresa caiu 11,3%, enquanto a unidade de carros elétricos perdeu 2,7%. A empresa de streaming de filmes Hengten Net, da Evergrande, despencou 9,5%.

“As ações continuarão caindo porque ainda não há uma solução que pareça ajudar a empresa a aliviar o estresse de liquidez, e ainda há muitas incertezas sobre o que ela fará no caso de reestruturação”, disse Kington Lin, diretor de gestão de ativos da Canfield Securities. Um dos principais credores de Evergrande fez provisões para perdas em uma parte de seus empréstimos para a empresa, enquanto alguns planejam dar mais tempo para pagar, disseram quatro executivos de banco à Reuters. A incorporadora disse no domingo que começou a reembolsar os investidores em seus produtos de gestão de fortunas com imóveis. O Banco do Povo, seu banco central e o órgão de supervisão bancária da China, convocaram os executivos da Evergrande em agosto e alertaram que é necessário reduzir seus riscos de dívida e a estabilidade prioritária.

A Evergrande tem que pagar 83,5 milhões de dólares em juros em 23 de setembro. Ela tem outro pagamento de juros de 47,5 milhões com vencimento em 29 de setembro. Ambos os títulos entrariam em default se Evergrande não liquidar os juros dentro de 30 dias das datas de pagamento programadas. Em qualquer cenário de inadimplência, a Evergrande precisará reestruturar os títulos, mas os analistas esperam um baixo índice de recuperação para os investidores. O estresse também tem pressionado o setor imobiliário mais amplo, bem como o iuan, que caiu para uma mínima de três semanas de 6,4831 por dólar. As ações da Sunac, quarta maior incorporadora imobiliária da China, caíram 10,5%, enquanto a Greentown China, apoiada pelo Estado, caiu 6,7%.

Fluminense e Cuiabá empatam em 2 a 2 na Arena Pantanal

Fluminense e Cuiabá empataram em 2 a 2, na noite desta segunda-feira (20) na Arena Pantanal, em Cuiabá, na partida que encerrou a 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Tricolor ficou na 8ª posição com 29 pontos, enquanto o Dourado fechou a rodada na 9ª posição com 28 pontos.

Libertadores: Palmeiras e Atlético-MG começam a disputar vaga na final

Palmeiras e Atlético-MG começam a decidir, nesta terça-feira (21), quem estará na decisão da Libertadores da América. O primeiro duelo dos brasileiros pela vaga será no Allianz Parque, em São Paulo, a partir das 21h30 (horário de Brasília). Atual campeão da Libertadores, o Verdão, que é comandado pelo técnico Abel Ferreira, vem de vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a vice-liderança da competição com 38 pontos.

Futebol feminino: Brasil bate Argentina de novo

A seleção feminina de futebol voltou a derrotar a Argentina, agora no estádio Almeidão, em João Pessoa. Nesta segunda-feira (20), as brasileiras levaram a melhor no amistoso por 4 a 1, com gols da estreante lateral Yasmin, da meia Kerolin e das atacantes Marta e Debinha. Na última sexta-feira (17), a equipe comandada por Pia Sundhage já havia ganhado das rivais por 3 a 1 no estádio Amigão, em Campina Grande (PB). A próxima data Fifa (período voltado a jogos entre seleções) feminina será entre os dias 18 e 26 de outubro. O Brasil ainda não tem adversário definido.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.

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