Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,18 bi de valores a receber
Os brasileiros ainda não sacaram R$ 7,18 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de junho, divulgou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 4,43 bilhões, de um total de R$ 11,61 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras. As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de junho, 15.047.629 correntistas haviam resgatado valores. Isso representa apenas 27,37% do total de 54.975.627 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro do ano passado.
Entre os que já retiraram valores, 14.475.821 são pessoas físicas e 571.808, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 37.113.119 são pessoas físicas e 2.814.879, pessoas jurídicas. A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,07% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,99% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,18% dos clientes. Só 1,77% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em março, informou o BC, foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos. O valor caiu para R$ 259 milhões em abril, para R$ 232 milhões em maio e para R$ 229 milhões em junho.
Melhorias: A nova fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.
Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.
Golpes: O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais. O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.
Real digital se chamará Drex, confirma Banco Central
Moeda virtual que equivalerá ao dinheiro em circulação, o real digital se chamará Drex, confirmou nesta segunda-feira (7) o Banco Central (BC). O nome foi confirmado pelo economista do BC Fabio Araujo, coordenador da iniciativa, em live semanal da autoridade monetária no YouTube.
Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representar a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.
O Drex, informou o BC, facilitará a vida dos brasileiros. “A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, destacou o órgão.
Aplicações: Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas não têm garantia de nenhuma autoridade monetária.
Moeda de atacado, não de varejo, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.
Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.
Entenda o que é e como funcionará o real digital
A versão virtual do real deu, nesta segunda-feira (7), mais um passo rumo à implementação. O Banco Central (BC) anunciou que a moeda digital brasileira se chamará Drex. Com a plataforma em fase de testes desde março e as primeiras operações simuladas previstas para setembro, o real digital pretende ampliar as possibilidades de negócios e estimular a inclusão financeira. Tudo num ambiente seguro e com mínimas chances de fraudes.
A ideia, segundo o BC, é que o Drex seja usado no atacado para serviços financeiros, funcionando como um Pix – sistema de transferências instantâneas em funcionamento desde 2020 – para grandes quantias e com diferentes finalidades. O consumidor terá de converter reais em Drex para enviar dinheiro e fazer o contrário para receber dinheiro. Confira como vai funcionar a nova moeda digital oficial do país:
O que é o Drex: Também chamado de real digital, o Drex funcionará como uma versão eletrônica do papel-moeda, que utiliza a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Classificada na categoria Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, na sigla em inglês), a ferramenta terá o valor garantido pela autoridade monetária. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex. Considerado à prova de hackers, o blockchain é definido como uma espécie de banco de dados ou de livro-razão com dados inseridos e transmitidos com segurança, rapidez e transparência. Sem um órgão central de controle, essa tecnologia funciona como uma espécie de corrente de blocos criptografados, com cada elo fechado depois de determinado tempo. Nenhuma informação pode ser retirada ou mudada porque todos os blocos estão conectados entre si por senhas criptografadas.
Qual a diferença em relação às demais criptomoedas: As criptomoedas obedecem à lei da demanda e da oferta, com o valor flutuando diariamente, como uma ação de uma empresa. Sem garantia de bancos centrais e de governos, a cotação das criptomoedas oscila bastante, podendo provocar perdas expressivas de valor de um dia para outro.
Atrelado às moedas oficiais, o CBDC oscila conforme a taxa diária de câmbio, determinada pelos fundamentos e pelas políticas econômicas de cada país. A taxa de câmbio, no entanto, só representa diferença para operações entre países diferentes. Para transações internas, o Drex valerá o mesmo que o papel-moeda.
Outra diferença em relação às criptomoedas está no sistema de produção. Enquanto moedas virtuais como Bitcoin, Ethereum e outras podem ser “mineradas” num computador que resolve algoritmos e consome muita energia, o Drex será produzido pelo Banco Central, com paridade em relação ao real.
Qual a diferença do Drex para o Pix: Embora possa ser considerado primo do Pix, por permitir pagamentos instantâneos entre instituições financeiras diferentes, o Drex funcionará de maneira distinta. No Pix, a transferência ocorre em reais e obedece a limites de segurança impostos pelo BC e pelas instituições financeiras. No Drex, a transferência utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Isso permitirá transações com valores maiores.
Que serviços poderão ser executados com o Drex: Serviços financeiros em geral, como transferências, pagamentos e até compra de títulos públicos. Os consórcios habilitados pelo Banco Central poderão desenvolver mais possibilidades, como o pagamento instantâneo de parcelas da casa própria, de veículos e até de benefícios sociais, conforme anunciado pelo consórcio formado pela Caixa Econômica Federal, a Microsoft do Brasil e a bandeira de cartões de crédito Elo.
O Drex permitirá o uso de contratos inteligentes. No caso da venda de um veículo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar antes de pegar o bem ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, reduzindo o custo com burocracias, intermediários e acelerando as operações.
Como se dará o acesso ao Drex: Prevista para chegar ao consumidor no fim de 2024 ou início de 2025, o Drex só funcionará como uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras. O cliente fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, operando por meio de carteiras virtuais.
O processo ocorrerá da seguinte forma. Primeiramente, o cliente (pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual, que converterá a moeda física em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex. Essas carteiras serão operadas por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e demais instituições financeiras, sob a supervisão do BC. Novos tipos de empresas com carteira virtual poderão ser criados, conforme a evolução da tecnologia.
Após a tokenização (conversão de ativo real em ativo digital), o cliente poderá transferir a moeda digital, por meio da tecnologia blockchain. Caberá ao receptor converter os Drex em reais e fazer a retirada. A tokenização pode ser definida como a representação digital de um bem ou de um produto financeiro, que facilita as negociações em ambientes virtuais. Por meio de uma série de códigos com requisitos, regras e processos de identificação, os ativos (ou frações deles) podem ser comprados e vendidos em ambientes virtuais.
Testes: Em março, o BC escolheu a plataforma Hyperledger Besu para fazer os testes com ativos de diversos tipos e naturezas. Essa plataforma tem baixos custos de licença e de royalties de tecnologia porque opera com código aberto (open source).
Em junho, o BC escolheu 16 consórcios para participar do projeto piloto. Eles construirão os sistemas a serem acoplados ao Hyperledger Besu e desenvolverão os produtos financeiros e as soluções tecnológicas. A lista completa de entidades selecionadas pelo Comitê Executivo de Gestão está no site do BC.
Previstos para começarem em setembro, os testes com os consórcios ocorrerão com operações simuladas e testarão a segurança e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. A testagem será feita em etapas até pelo menos fevereiro do próximo ano, quando ocorrerem operações simuladas com títulos do Tesouro Nacional.
Pix bate recorde e supera 140 milhões de transações em um dia
Sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), o Pix bateu novo recorde na última sexta-feira (4). Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 140 milhões de transações em 24 horas. Somente na última sexta-feira (4), 142,4 milhões de transferências via Pix foram feitas para usuários finais. A alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.
O recorde anterior tinha sido registrado em 7 de julho, com 134,8 milhões de transações num único dia. Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 151,9 milhões de usuários, dos quais 139,4 milhões pessoas físicas e 12,5 milhões pessoas jurídicas. Em junho, o sistema superou a marca de R$ 1,36 trilhão movimentados por mês.
Dia dos Pais deve movimentar R$ 7,6 bilhões em vendas, estima CNC
O Dia dos Pais, no próximo domingo (13), deve ter um volume de vendas de R$ 7,67 bilhões. Isso representa um crescimento de 2,2% em relação ao ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e já está desinflacionada, ou seja, o valor desconsidera a inflação dos últimos 12 meses, o que permite uma comparação mais adequada entre 2022 e 2023. Apesar de a estimativa de vendas ter crescido em relação ao ano passado, ainda é menor que os R$ 7,8 bilhões movimentados em 2021. Além disso, é 10% abaixo do patamar de 2013, ponto mais alto da série histórica da CNC, quando os lojistas faturaram R$ 8,54 bilhões.
“Apesar desse aumento [em 2023], o setor ainda não consegue restabelecer o volume de vendas que se tinha antes da pandemia. A razão para isso não é mais a crise sanitária, mas, sim, o comportamento da conjuntura econômica dos últimos meses. A gente teve um processo de encarecimento da taxa de juros, por conta de uma inflação muito alta, e isso se refletiu no Dia dos Pais, especialmente nas últimas edições”, avalia o economista responsável pela pesquisa, Fabio Bentes. Para as vendas neste ano, o economista minimiza reflexos positivos do corte na taxa de juros realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na última quarta-feira (2).
“Os juros andaram altos por muito tempo. O BC começou a baixar agora, na reunião de agosto, mas deve ter longo tempo para isso surtir efeito no comércio”, ressalta. As lojas de vestuário, calçados e acessórios devem abocanhar a maior parte das vendas, R$ 3,64 bilhões. Produtos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão) e itens de perfumaria e cosméticos (R$ 1,16 bilhão) vêm em sequência na preferência dos consumidores. Esses três ramos concentram 77% das vendas totais.
Menos inflação: A CNC estima que os presentes para o Dia dos Pais pesem, em média, 5,5% a mais no bolso do consumidor, em relação ao ano passado. Um movimento de desaceleração da inflação diante de 2022 e 2021, quando os preços subiram 8,4% e 8,2%, respectivamente. Enquanto as roupas masculinas (+6,6%), os livros (+13,9%) e os perfumes (+20,6%) estão sendo vendidos com preços mais elevados, as televisões (-14,5%), os computadores (-10,4) e aparelhos telefônicos (-4,3%) estão mais baratos nas lojas.
Fabio Bentes explicou que essa queda nos preços está relacionada à desvalorização do dólar, que deixa produtos importados – ou com componentes importados – mais em conta. “Certamente, a valorização do real ajuda a explicar”, diz. No ano, a moeda americana desvalorizou-se mais de 7%. Apesar de esses produtos de tecnologia estarem mais baratos, não estão dentro da meta de compra da maioria dos consumidores, pelo menos no Rio de Janeiro. Um levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) aponta que a intenção de compra é de cerca de R$ 140 por presente.
Contratações: O Dia dos Pais é a quarta data mais importante para o comércio, atrás do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, na ordem. Essa importância nas vendas é refletida na geração de empregos temporários. A CNC estima que 10.380 mil pessoas sejam contratadas para atender à demanda de vendas. Além de ser o terceiro ano seguido de crescimento, esse é o maior número de temporários desde 2014 (10,7 mil).
História da data: Atualmente sempre no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais começou a ser celebrado em 1953. É uma criação do publicitário Sylvio Bhering. Inicialmente, a data escolhida era 16 de agosto, quando a Igreja Católica celebrava São Joaquim, pai de Maria, a mãe de Jesus. O dia dedicado ao santo mudou para 26 de julho, mas o oitavo mês do ano fez sucesso entre os comerciantes, que ganharam um período para aquecer as vendas. Além disso, o domingo atraiu a preferência por ser, tradicionalmente, um dia de encontros familiares.
“O Dia das Mães já existia, então a ideia foi: por que não ter também um Dia dos Pais? E, aqui no Brasil, mais declaradamente, surgiu como uma ideia mercadológica, publicitária mesmo. Então muito ditado até mesmo para movimentar o comércio”, explicou à Agência Brasil Sérgio Dantas, professor de marketing da Universidade Presbiteriana Mackenzie.Fora do Brasil, há outras datas para o Dia dos Pais. Em pelo menos 70 países, como os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a comemoração é no terceiro domingo de julho. Há também países que celebram a data em 19 de março, Dia de São José, como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras.
Cúpula da Amazônia começa nesta terça-feira (8)
Começa nesta terça-feira (8) a Cúpula da Amazônia, evento que reunirá chefes de Estado de países amazônicos para discutir iniciativas para o desenvolvimento sustentável na região. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade de Belém receberá os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, do Peru e da Venezuela. Equador e Suriname, por questões internas dos dois países, enviarão representantes. Um dos objetivos da Cúpula da Amazônia, que terminará na quarta-feira (9), é fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização internacional sediada em Brasília.
A cúpula tem início após a realização dos Diálogos Amazônicos, evento que reuniu representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos com o objetivo de formular sugestões para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região. O resultado desses debates será apresentado na forma de propostas aos chefes de Estado durante a cúpula. A ideia é que os países acolham algumas das propostas recebidas no encontro. Mas cada um tem autonomia para acolher as sugestões que entender melhor para si. No caso do Brasil, o governo já anunciou que criará condições para a sociedade civil acompanhar o andamento das políticas públicas que forem adotadas.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse à Agência Brasil que há, por parte do governo brasileiro, interesse político em criar mecanismos que, com transparência, permitam o acompanhamento, por parte da sociedade civil organizada, da implementação das propostas, bem como para eventuais atualizações que se façam necessárias. “O acompanhamento do conjunto de propostas do Diálogos Amazônicos, no âmbito do Brasil, será feito pela Secretaria-Geral da Presidência da República, mas tem também vários instrumentos. Por exemplo, o PPA [Plano Plurianual] que está sendo construído. Tem propostas daqui que podem ser incorporadas ao PPA”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante os eventos dos Diálogos Amazônicos.
Políticos reagem à fala do governador Zema sobre frente Sul-Sudeste
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo publicada neste final de semana, o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defendeu a criação de uma frente dos governos do Sul e Sudeste para ter “protagonismo político” diante da atuação dos políticos das demais regiões. Zema comentava sobre a criação do Consórcio Sul, Sudeste (Cossud) que, na visão dele, estaria atrás dos consórcios de governadores do Norte e do Nordeste, supostamente mais politicamente organizados, segundo Zema.
A fala do governador mineiro gerou ampla repercussão no meio político. Em nota, o presidente do Consórcio Nordeste, João Azevedo, afirmou que “ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”.
Segundo o governador da Paraíba João Azevêdo, os consórcios Nordeste não tem qualquer intenção separatista. “Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica de um país subalterno, dividido e desigual”.
Em entrevista à GloboNews, o governador do Pará, Helder Barbalho, atual presidente do Consórcio da Amazônia Legal, que reúne os estados do Norte mais Maranhão e Mato Grosso, disse que é um equívoco estimular a competição entre os brasileiros das diferentes regiões. “Nós devemos pregar a união federativa”, defendeu.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi às redes sociais comentar a entrevista de Zema. “Não cultivamos em Minas a cultura da exclusão. JK, o mais ilustre dos mineiros, ao interiorizar e integrar o Brasil, promoveu a lógica da união nacional”, disse. Segundo Pacheco, “Somos um só país”.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse que a opinião de Zema é “pessoal” e que participa do Consórcio do Sudeste para que ele “seja um instrumento de colaboração para o desenvolvimento do Brasil e um canal de diálogo com as demais regiões”.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, foi às redes sociais e se manifestou dizendo que “seremos todos mais fortes quanto mais formos um só Brasil”. Segundo Leite, ele nunca achou que o Norte e Nordeste haviam se unido contra os demais estados do país. “Muito pelo contrário, a União desses estados em torno da pauta que é de interesse comum deles serviu de inspiração para que a gente possa, finalmente, fazer o mesmo. Não tem nada a ver com frente de estados contra estados”. Leite acrescentou que, caso Zema tenha dito o contrário, “não me representa’.
A fala de Zema também repercutiu no governo federal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que “é absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais. Precisamos do Brasil unido e forte. Está na Constituição, no art. 19, que é proibido criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Ainda segundo Dino, “traidor da Constituição é traidor da Pátria”.
O governador mineiro Romeu Zema comentou as repercussões à entrevista dele dizendo que houve uma “distorção dos fatos”. “A união do Sul e Sudeste jamais será para diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços”, explicou.
Ex-vereador que testemunhou no caso Marielle é assassinado
O ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, e o irmão Jorge Tavares foram assassinados nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro. Eles estavam em um estabelecimento comercial no bairro de Guadalupe, Zona Norte da capital fluminense, quando um veículo parou em frente ao local e um grupo de homens atirou contra eles. Em nota, a Polícia Militar disse que uma terceira pessoa, ainda não identificada, também morreu no ataque.
Segundo o Hospital Municipal Albert Schweitzer, Zico Bacana deu entrada às 17h50 já em óbito. Ele tinha 53 anos e chegou a ser investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias, acusado de chefiar um dos grupos criminosos. Acusação que negou na época. Também foi ouvido como testemunha nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.
Vereador do Rio de Janeiro entre 2017 e 2020, pelo Podemos, ele se identificava como paraquedista e policial militar. Em 2020, havia sofrido uma tentativa de assassinato. Segundo o próprio, escapou por pouco, uma vez que a bala passou de raspão na cabeça. Nas redes sociais, mesmo sem ocupar cargo público, se apresentava como liderança comunitária em bairros da Zona Norte. Nas últimas publicações, aparece ao lado do prefeito Eduardo Paes e do deputado federal Pedro Paulo em ruas de Guadalupe, para ouvir demandas de urbanização da região.
Parte dos policiais da Operação Escudo portavam câmera na farda
Dez das 16 unidades policiais envolvidas nas 16 mortes decorrentes da Operação Escudo, no litoral de São Paulo, portavam câmeras. As outras seis unidades não estavam com o equipamento. As imagens de sete das dez unidades que portavam câmera já estão em posse do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). As informações foram dadas nesta segunda-feira (7) pelo coronel da Polícia Militar (PM) Pedro Luis de Souza Lopes. O coronel deu entrevista coletiva no Centro de Operações da PM, no bairro da Luz, no centro da capital paulista.
No último dia 27, o soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis, pertencente a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), foi baleado e morto em Guarujá. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. Após o assassinato do policial, o estado deu início, na Baixada Santista, à Operação Escudo, que até o momento, resultou na morte de, ao menos, 16 civis. De acordo com o coronel, em análise preliminar, feita pela própria PM, com base nas imagens das unidades envolvidas nas mortes, não foram identificadas irregularidades na ação dos policiais. “Preliminarmente não existe nenhuma constatação ou irregularidade da ação da polícia por meio da análise das imagens que estão disponíveis até o momento”, disse.
O coronel ressalvou, no entanto, que as imagens precisam ainda ser analisadas pela perícia e que não é possível, no momento, concluir que houve ou não irregularidades na operação da polícia. O oficial da PM disse também que os corpos das 16 vítimas foram “meticulosamente” analisados e que, em nenhum deles, há registro de lesão indicativa de tortura. Ele ressaltou ainda que não existe, até o momento, nenhum testemunho formalizado de que tenha havido execução das pessoas.
“Fiquem tranquilos, se surgir alguma informação de que tenha havido esse cenário de barbárie que descreveram preliminarmente, ninguém aqui de nós vai esconder e proteger quem tenha feito isso, se isso aconteceu”, acrescentou.
Na semana passada, moradores de bairros onde ocorreram as mortes decorrentes da Operação Escudo, na cidade do Guarujá, no litoral paulista, relataram que policiais executaram aleatoriamente pessoas identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia. Os relatos foram colhidos por uma comissão formada por deputados estaduais paulistas, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo.
Moraes autoriza MJSP a enviar imagens do 8 de janeiro à CPMI do Golpe
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a enviar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe imagens captadas por câmeras do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A decisão foi anunciada pelo presidente da comissão, deputado federal Arthur Maia (União-BA). Na semana passada, o parlamentar cobrou do ministro Flávio Dino a liberação das imagens. A comissão chegou a dar prazo de 48 horas para o envio do material à CPMI.
Em ofício enviado ao deputado, o ministro negou o compartilhamento das imagens das câmeras de segurança. Segundo o ministro, as imagens estão sob sigilo e fazem parte de uma investigação da PF sobre os atos. O Ministério da Justiça informou que tomou conhecimento da decisão de Moraes e vai acionar a PF para cumpri-la.
O pedido de autorização para compartilhamento das imagens foi feito pelo próprio ministro da Justiça. Na decisão, Moraes afirmou que não há impedimentos para a liberação das imagens internas e externas das câmeras de segurança do ministério. “Não está caracterizada qualquer excepcionalidade que vede a cessão e compartilhamento de imagens à CPMI, que deverá analisar a eventual publicização ou manutenção do sigilo em virtude das diligências em andamento”, afirmou o ministro.
PGR pede condenação de 40 investigados pelos atos golpistas
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (7) a condenação de 40 acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. A soma das acusações pode chegar a 30 anos de prisão.Conforme documento de alegações finais enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o subprocurador Carlos Frederico Santos sustenta que o grupo invadiu a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto e deve ser condenado por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano contra o patrimônio da União. A procuradoria afirma que os atos contaram com articulação prévia, por meio de envio de mensagens de convocação pelas redes sociais.
Além disso, foi constatada a presença de CACs, grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo entre os manifestantes. A procuradoria também estimou que o ressarcimento dos prejuízos causados pela depredação nas sedes dos Três Poderes é de R$ 25 milhões, valor que engloba R$ 3,5 milhões (Senado); R$ 1,1 milhão (Câmara dos Deputados); R$ 9 milhões (Palácio do Planalto) e R$ 11,4 milhões (Supremo Tribunal Federal). Em setembro, o Supremo pretende julgar as primeiras ações penais contra investigados pelos atos de 8 de janeiro. Desde o início das investigações, 1.290 investigados se tornaram réus no STF.
Moraes manda soltar 90 presos nos atos golpistas de 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar 90 presos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Essa decisão beneficiou 37 mulheres e 53 homens. O ministro substituiu a prisão por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de usar redes sociais, cancelamento dos passaportes, suspensão do porte de armas e obrigação de comparecer semanalmente à Justiça.
No entendimento de Moraes, os acusados não representam mais riscos às investigações. Os acusados são réus nos processos oriundos da investigação e respondem pelos crimes de associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e crime contra o patrimônio público tombado. Mais cedo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu as primeiras condenações de pessoas que participaram dos atos.
Defesa recorre de decisão do TSE que tornou Bolsonaro inelegível
O ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu nesta segunda-feira (7) da decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou à inelegibilidade pelo período de oito anos, em junho. O TSE julgou a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. No início da noite desta segunda-feira, a defesa do ex-presidente protocolou no TSE os chamados embargos de declaração. Não há prazo para o julgamento do caso.
O recurso pretende apontar erros ou contradições no acórdão do julgamento. O documento foi publicado na semana passada e tem 433 páginas. A sentença do colegiado reúne a íntegra do julgamento, incluindo os votos dos ministros e as fundamentações que levaram ao resultado do julgamento. Os advogados ainda podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Três dos sete ministros do TSE também fazem parte do STF e podem participar do julgamento de eventual recurso. Pelas regras internas da Corte, os ministros que atuam no tribunal eleitoral não ficam impedidos automaticamente de julgar questões constitucionais em processos oriundos do TSE.
Anvisa proíbe suplementos irregulares para tratar problemas de visão
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a propaganda e o uso dos produtos das marcas Visipro, Sulinex e Ocularis. De acordo com a agência, os itens eram divulgados irregularmente em sites, com indicação para tratamento de problemas de visão como catarata, glaucoma e degeneração macular. A resolução, publicada nesta segunda-feira (7) no Diário Oficial da União, determina ainda a apreensão dos produtos. “As medidas foram adotadas após o recebimento de denúncias e questionamentos relacionados ao assunto.
A agência identificou que os suplementos alimentares eram de fabricantes desconhecidos, ou seja, não se sabe a origem dos produtos”, informou a Anvisa. Em nota, a agência reforçou que, para alimentos em geral, incluindo suplementos alimentares, não é permitida a realização de propagandas que aleguem tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença ou problema de saúde, inclusive relacionados à visão.
Propaganda enganosa: No comunicado, a Anvisa alerta quanto às propagandas de produtos “com promessas milagrosas”, veiculadas na internet e em outros meios de comunicação, que prometem prevenir, tratar e curar doenças e agravos à saúde, além de melhorar problemas estéticos.
“Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não há nenhuma comprovação junto à agência de ação terapêutica ou estética.”
“A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares e a legislação sanitária proíbe expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saúde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular.”
Orientações ao consumidor: A agência recomenda que o consumidor não compre nem utilize suplementos alimentares que prometam agir nas situações listadas a seguir:
- Emagrecimento;
- Aumento da musculatura;
- Diminuição de rugas, celulite, estrias, flacidez;
- Melhora das funções sexuais;
- Aumento da fertilidade, melhora ou alívio de sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, menopausa;
- Aumento da atenção e foco;
- Doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, demência, doença de Parkinson;
- Câncer;
- Problemas de aumento da próstata e disfunção urinária;
- Problemas de visão;
- Doenças do coração, pressão alta, colesterol e triglicerídeos sanguíneos elevados;
- Melhora da glicose sanguínea, diabetes e níveis de insulina;
- Problemas gastrointestinais, como gastrite, má digestão;
- Gripe, resfriado, covid-19, pneumonia;
- Labirintite, zumbido no ouvido (tinitus);
- Distúrbios do sono, insônia.
“Produtos que tenham indicação terapêutica precisam ser regularizados na Anvisa como medicamentos”, destacou a agência. A lista de medicamentos regularizados pode ser acessada aqui.
Polêmica: Lula autoriza ozonioterapia como tratamento complementar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (7), a lei (14.648/2023) que autoriza a terapia com ozônio. O texto foi publicado no Diário Oficial da União. De acordo com a nova legislação, a ozonioterapia somente poderá ser realizada por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional.
Outra exigência da norma é que a técnica somente poderá ser aplicada por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal, devidamente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso desses equipamentos fora das finalidades autorizadas de agência reguladora resulta em infração sanitária estarão sujeitas a penalidades previstas em Lei nº 6437/1977. O governo federal determinou também que, antes da aplicação da ozonioterapia, o profissional responsável deverá informar ao paciente que o procedimento possui caráter complementar a outros tratamentos.
Uso: A ozonioterapia aplica uma mistura gasosa de ozônio e oxigênio, nos pacientes. Alguns especialistas da área da saúde defendem o uso da técnica para melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer seu sistema imunológico. É o caso da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), entidade que representa profissionais desta área. A associação publicou, em seu site, que a ozonioterapia tem reconhecimento terapêutico e que “acompanha de perto o avanço das pesquisas realizadas no Brasil e em outros países”.
A Anvisa classifica o ozônio como “um gás com forte poder oxidante e bactericida”. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a Anvisa informa que publicou, nesta segunda-feira, um comunicado à imprensa. Nele, a agência reguladora ratificou que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia, aprovados por ela, somente possuem indicações de uso para tratamento da cárie; periodontia; endodontia; cirurgia odontológica, além da aplicação estética para auxílio à limpeza e assepsia de pele, conforme nota técnica publicada em dezembro de 2022. O comunicado informa ainda que para outras indicações médicas no Brasil ainda não foram comprovadas evidências científicas sobre sua eficácia e segurança. Apesar disso, novos empregos da técnica poderão ser aprovados pela Agência.
“Em que pese não haver equipamentos de produção de ozônio aprovados junto a esta agência para uso em indicações médicas no Brasil, visto que ainda não foram apresentadas evidências científicas que comprovem sua eficácia e segurança, novas indicações de uso da ozonioterapia poderão ser aprovadas pela agência, no caso de novas submissões de pedidos de regularização de equipamentos emissores de ozônio, desde que as empresas responsáveis apresentem os estudos necessários à comprovação de sua eficácia e segurança, conforme disposto na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 546/2021 e na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 548/2021.”
O Ministério disse, que os serviços oferecidos pelo Sistema Único e Saúde (SUS) são aqueles autorizados pela Anvisa. “Outras inclusões somente serão analisadas à medida em que novos equipamentos e aplicações de ozonioterapia sejam aprovados pela Anvisa, com sua efetividade e segurança comprovadas”, conclui o Ministério da Saúde.
Outros posicionamentos: O uso da técnica da ozonioterapia divide opiniões. Algumas entidades entendem que o procedimento não tem eficácia comprovada cientificamente e se posicionam contrárias à liberação desta técnica. A prática já teve sua validade questionada, em 2020, quando foi apontada, sem qualquer validação científica, para o tratamento de pessoas infectadas pelo Sars-Cov-2 ou para terapia de qualquer outra enfermidade. Em julho de 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, no Diário Oficial da União, a resolução nº 2.181/2018, que define a técnica como prática experimental no país. Em resposta nesta segunda-feira, o CFM enviou nota, onde afirma que “a sanção da Lei nº 14.648/23, pela Presidência da República, não contradiz os termos da Resolução nº 2.181/2018, do próprio colegiado, que continua em vigor”. A autarquia esclarece, também, que mantém grupo de trabalho específico que avalia a eficácia e a segurança do uso da ozonioterapia.
“A sanção da Lei nº 14.648/23, pela Presidência da República, não contradiz os termos da Resolução nº 2.181/2018, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que continua em vigor, sendo que a autarquia mantém grupo de trabalho específico que avalia a eficácia e a segurança do uso da ozonioterapia”, se posiciona o CFM.
Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionou contrariamente à autorização da prática no Brasil. Até o momento, não há evidências científicas de qualidade que justifiquem sequer a revisão da Resolução CFM nº 2.181/2018, para que a ozonioterapia deixe de ser considerada como tratamento experimental, quanto mais uma lei neste sentido”. A AMB entende que a ozonioterapia deve continuar como tratamento experimental até que evidências científicas de qualidade possam alterar este status.
“A ozonioterapia deve continuar como tratamento experimental até que evidências científicas de qualidade possam alterar este status, o que deve ser feito pelo Conselho Federal de Medicina a quem compete “editar normas para definir o caráter experimental de procedimentos em Medicina, autorizando ou vedando a sua prática pelos médicos”, diz nota da Associação Médica Brasileira.
Nota do Ministério da Saúde: Diante da sanção da Lei 14.648, de 04/08/2023, que autoriza a ozonioterapia no território nacional, a Anvisa enviou nota em que reitera que, até o momento, os equipamentos aprovados junto à agência somente possuem as seguinte indicações: “dentística: tratamento da cárie dental – ação antimicrobiana; periodontia: prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios/infecciosos; endodontia: potencialização da fase de sanificação do sistema de canais radiculares; cirurgia odontológica: auxílio no processo de reparação tecidual; estética: auxílio à limpeza e assepsia de pele”, conforme Nota Técnica Nº 43.
“Em que pese não haver equipamentos de produção de ozônio aprovados junto a esta agência para uso em indicações médicas no Brasil, visto que ainda não foram apresentadas evidências científicas que comprovem sua eficácia e segurança, novas indicações de uso da ozonioterapia poderão ser aprovadas pela agência, no caso de novas submissões de pedidos de regularização de equipamentos emissores de ozônio, desde que as empresas responsáveis apresentem os estudos necessários à comprovação de sua eficácia e segurança, conforme disposto na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 546/2021 e na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 548/2021.”
Frente fria põe fim ao veranico no Sul e em SP
Com 29,1°C de temperatura máxima nesta segunda-feira,7 de agosto, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, Curitiba teve a tarde mais quente do inverno, que começou em 21 de junho. Mas foi também a tarde mais quente desde o fim de março, quando a temperatura máxima alcançou 29,6°C em 30/3/23.
O calor aumentou em todo o Paraná na segunda-feira antes da chegada de uma frente fria que põe fim ao veranico observado no Sul do Brasil nos últimos dias. O Instituto nacional de meteorologia registrou até 34,9°C em Paranapoema, no norte do estado, e em Morretes, no litoral. Em Santa Catarina também fez calor. A temperatura nesta segunda-feira ainda chegou aos 28,5°C em Indaial e aos 28,4°C em Florianópolis.
Queda da temperatura: No Rio Grande do Sul, onde a frente fria chegou primeiro, a temperatura já caiu, depois de um fim de semana quente. Em Porto Alegre, a temperatura chegou aos 31,0°C no domingo, 6 de agosto, a mais alta deste inverno que começou em 21 de junho. Ontem, a temperatura máxima baixou para cerca de 24°C. Nesta terça-feira, 8, a recente passagem da nova frente fria provoca chuva e queda de temperatura acentuada no Paraná e em Santa Catarina e volta a chover em todo o Rio Grande do Sul. A temperatura máxima prevista para Curitiba é de apenas 16°C, para Florianópolis de 19°C e em Porto Alegre, o termômetro não deve marcar mais do que 17°C.
Frente fria muda o tempo em São Paulo: Em São Paulo, depois dois dias com calor atípico de 30°C, o vento frio da nova frente fria chegou em rajadas moderadas a fortes nesta noite da segunda-feira. Aeroporto Campo de Marte registrou 50 km/h de rajada de vento da direção sul, às 21 horas. A temperatura caiu 7°C em 38 minutos no aeroporto de Congonhas, com a forte entrada de vento frio de origem polar, associada a chegada da frente fria. A temperatura estava em 26°C às 20h e caiu para 19°C, às 20h38, com vento da direção sudoeste com 37 km/h e rajada de 55 km/h. A temperatura máxima prevista para esta terça-feira é de apenas 23°C, com previsão de chuva. Ainda deve chover amanhã, mas na quinta e na sexta-feira, o o calor e o tempo seco voltam a predominar. Porém, nova frente fria deve chegar ao estado de São Paulo no sábado, 12 de agosto.
Semana de muita chuva no Sul do Brasil: Muitas áreas de instabilidade vão passar sobre o Sul do Brasil nos próximos dias deixando nuvens carregadas nos três estados. Até a próxima sexta-feira, fortes pancadas de chuva podem ocorrer em toda a Região Sul.
Previsão do tempo para o Brasil para 08/08/2023 – terça-feira
Região Sul: Após a recente passagem de uma frente fria, novas áreas de instabilidade se formam sobre o Sul do Brasil nesta terça-feira. Nuvens carregadas se espalham sobre os três estados e provocam muitas pancadas de chuva até o fim do dia na maioria das áreas da Região Sul. O litoral central e sul gaúcho fica nublado e pode apenas garoar. No centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, volta a chover durante a tarde e a chuva prossegue pela noite. No nordeste gaúcho, incluindo Porto Alegre, em Santa Catarina, no sul e leste do Paraná, o tempo fica muito instável e chove em grande parte do dia. Nas demais regiões do Paraná, chove a qualquer hora, mas há chance de períodos com um pouco de sol. Há risco de chuva de moderada a forte nos três estados.
Região Sudeste: A passagem de uma frente fria aumenta a nebulosidade e provoca um pouco de chuva na maior parte de São Paulo, no estado do Rio de Janeiro e em poucas áreas de Minas Gerais. Atenção: risco de chuva moderada a forte no litoral de São Paulo e no litoral sul do Rio de Janeiro. No sul e leste de São Paulo e na região da cidade do Rio de Janeiro, pode chover a qualquer hora, mas de forma moderada. A temperatura fica amena nas capitais dos estados, depois de um dia muito quente. Pancadas de chuva podem ocorrer no centro e oeste de São Paulo, pelo interior do Rio de Janeiro, no Sul de Minas e na Zona da Mata Mineira, mas com períodos de sol. Chove rapidamente no norte do Espírito Santo, mas por causa de nuvens que avançam do mar. O norte de São Paulo, as demais áreas mineiras e capixabas ainda têm muito sol, calor e baixa umidade.
Região Centro-Oeste: Uma massa de ar seco deixa a umidade do ar muito baixa em quase todo o Centro-Oeste do Brasil. A maioria das áreas da Região tem mais um dia com sol forte e poucas nuvens, com muito calor à tarde. Ontem, 7, Cuiabá bateu o recorde de calor para 2023 pelo terceiro dia consecutivo, com a temperatura máxima de 39,6°C. No domingo, a temperatura chegou aos 39,2°C e no sábado, aos 39,0°C. As medições foram do Instituto Nacional de Meteorologia. Áreas de instabilidade provocam pancadas de chuva com raios a partit da tarde no centro, sul e oeste de Mato Grosso do Sul, mas o sol ainda aparece e faz calor.
Região Nordeste: O ar seco predomina sobre o Nordeste e quase toda a Região tem um dia com sol forte e sem chuva. Algumas pancadas de chuva ocorrem pelo litoral, desde o sul da Bahia até a região de Fortaleza, no litoral do Ceará. Pancadas de chuva com raios ocorrem no litoral do Maranhão. Há condições para chuva também na Zona da Mata e Agreste de Sergipe ao Rio Grande do Norte.
Região Norte; O ar seco deixa o tempo firme, sem condições para chuva em todo o Tocantins, no centro, leste e sul do Pará. Faz muito sol. O restante da Região Norte tem períodos com sol e pancadas de chuva com raios que acontecem à tarde e à noite.
Alertas meteorológicos para 08/08/2023 – terça-feira
- Atenção para chuva moderada a forte nas capitais Boa Vista, Manaus, Macapá, Rio Branco, Porto Velho, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre.
- Alerta para temporal no centro, oeste e norte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no sudoeste, sul e leste do Paraná, no litoral de São Paulo, no litoral sul do Rio de Janeiro, no centro-oeste do Acre, no oeste e noroeste do Amazonas e em Roraima.
- Atenção para a chuva moderada a forte e raios no sul e nordeste do Rio Grande do Sul, no sul e leste de Santa Catarina, no centro, oeste e norte do Paraná, no sul e leste de São Paulo, no centro-sul do Rio de Janeiro, no oeste e sul de Mato Grosso do Sul, no norte de Rondônia, no Amazonas (exceto no oeste do estado), no Amapá, no noroeste do Pará.
- Atenção para chuva moderada no litoral do Nordeste, de Salvador a Recife.
- Alerta para o ar muito seco, com níveis de umidade entre 12% e 20% no centro e sul do Tocantins, em Goiás (exceto no sul do estado), no Distrito Federal, nordeste de Mato Grosso, oeste da Bahia, e noroeste de Minas Gerais.
- Aviso de ressaca entre Santos (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ), de Laguna (SC) até Paranaguá (PR), com ondas de 2,5 m a 3,0 m, de Chuí (RS) a Laguna (SC), com ondas de 3,0 metros.
Colômbia vence para chegar às quartas pela primeira vez na história
A Colômbia fez história nesta terça-feira (8), pois derrotou a Jamaica por 1 a 0 no estádio Melbourne Rectangular, na Austrália, para alcançar uma inédita classificação para as quartas de final da Copa do Mundo de futebol feminino. A adversária das Cafeteras na próxima fase será a Inglaterra, que bateu a Nigéria nos pênaltis na última segunda (7).
A partida começou com as sul-americanas mandando na partida e criando as melhores oportunidades de marcar, mas as jamaicanas foram muito bem na defesa e conseguiram segurar o 0 a 0 até o intervalo. A Colômbia só conseguiu superar a forte retranca adversária aos 6 minutos da etapa final, quando Ana Guzmán virou a bola da esquerda para a direita com um lançamento longo e encontrou Catalina Usme, que dominou antes de bater cruzado para superar Spencer.
A partir daí a Jamaica deixou a postura defensiva e passou a criar boas oportunidades, mas também ofereceu espaços para bons ataques das adversárias, como a finalização de cabeça de Leicy Santos aos 41 minutos que parou na trave. Inglaterra e Colômbia se enfrentam em Sidney (Austrália), a partir das 7h30 (horário de Brasília) do próximo sábado (12), em busca de uma vaga nas semifinais do Mundial feminino.
Corinthians pega Old Boys para definir situação na Copa Sul-Americana
O Corinthians define sua situação na Copa Sul-Americana na partida de volta das oitavas de final contra o Newell’s Old Boys (Argentina), que será disputada a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (8) no estádio Coloso del Parque, em Rosário. Após triunfar na ida por 2 a 1, o Timão garante a vaga nas quartas de final mesmo com um empate. Em caso de vitória dos argentinos por um gol de diferença o classificado será definido nas penalidades máximas. Já o Newell’s Old Boys avança nos 90 minutos caso triunfe com dois ou mais gols de diferença.
O técnico Vanderlei Luxemburgo terá que fazer ao menos uma mudança na equipe titular do Corinthians. Como o meio-campista Renato Augusto será poupado na partida contra os argentinos, o comandante do Timão terá que encontrar outro jogador para assumir o posto de principal articulador de jogadas da equipe do Parque São Jorge. Uma possível equipe titular do Corinthians para enfrentar o Newell’s Old Boys na partida decisiva é: Cássio; Bruno Méndez, Gil, Murillo e Matheus Bidu; Maycon, Fausto Vera e Matheus Araújo; Adson, Guilherme Biro e Yuri Alberto.
Libertadores da América
Fluminense e Argentinos Juniors se enfrentam, nesta terça-feira, no Maracanã, às 19h (de Brasília), pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. Quem vencer avança para enfrentar o ganhador de Olímpia x Flamengo nas quartas de final. Em caso de novo empate, a vaga será decidida nos pênaltis. Confira os outros jogos:
Dias e horários da volta das oitavas de final da Libertadores:
Nesta terça-feira (08)
- 08/08 – 19h – Fluminense x Argentinos Juniors
- 08/08 – 21h – Athletico-PR x Bolívar
- 08/08 – 21h – Internacional x River Plate
Quarta-feira (09)
- 09/08 – 21h – Boca Juniors x Nacional-URU
- 09/08 – 21h – Independiente del Valle x Deportivo Pereira
- 09/08 – 21h30 – Palmeiras x Atlético-MG
Quinta-feira (10)
- 10/08 – 19h – Racing x Atlético Nacional
- 10/08 – 21h – Olimpia x Flamengo.
Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Climatempo – * Notícia Gerada por I.A.*