Projeção de inflação oficial para 2022 sobe para 5,92%
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em 5,92%, segundo previsão feita por instituições financeiras e publicada hoje (5) no boletim Focus, do Banco Central (BC). O documento é divulgado semanalmente. A estimativa para 2023 também subiu, de 5,02% para 5,08%. Já as projeções para 2024 e 2025, foram mantidas em 3,5% e 3%, respectivamente. A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional do BC, que é de 2% a 5%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto.
PIB: O boletim Focus também mostra que as instituições financeiras elevaram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – para este ano, de 2,81% para 3,05%. Para 2023, a expectativa é que a economia brasileira cresça 0,75%, previsão acima da que foi feita na semana anterior (0,70%). Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansões do PIB em 1,71% e 2%, respectivamente.
Taxa de juros: A taxa básica de juros (Selic) deve fechar o ano nos atuais 13,75% ao ano, a mesma previsão da semana anterior. As últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define a taxa Selic, serão amanhã (6) e quarta-feira (7). A previsão do boletim Focus para 2023 é que a Selic fique em 11,75%, acima dos 11,5% projetados na semana passada. A estimativa para 2024 também subiu, de 8,25% na última semana para 8,50% nesta semana. Para 2025, foi mantida a previsão da Selic em 8% ao ano.
Câmbio: Em relação à taxa de câmbio, as instituições financeiras preveem que o dólar encerre o ano com cotação de R$ 5,25, abaixo dos R$ 5,27 da semana passada. Em 2023, a projeção de R$ 5,25 foi mantida. Nos dois anos seguintes, houve elevação das projeções: de R$ 5,20 para R$ 5,23 em 2024 e de R$ 5,20 para R$ 5,21 em 2025.
PEC da Transição deve ser votada na CCJ do Senado nesta terça-feira
A PEC da Transição deve ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta terça-feira (6). A votação na CCJ foi confirmada na segunda-feira (5) pelo presidente da comissão no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O relator da PEC será o senador Alexandre Silveira (PSD-MG). Após análise pela CCJ, o texto deve ser votado no plenário do Senado já nesta quarta-feira (7). Se aprovado, segue para a Câmara dos Deputados. A PEC prevê retirar o Bolsa Família das restrições do teto de gastos pelos próximos quatro anos. A proposta assegura recursos para bancar o programa social no valor de R$ 600 em 2023.
O texto previa que o benefício ficasse fora do teto de gastos por quatro anos. Nesta segunda, porém, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), autor da proposta, afirmou que é provavel que o período seja reduzido para dois anos. “Provavelmente, a PEC será modificada, para [prever] 2 anos [de Bolsa Família fora do teto de gastos], porque foi apresentada por 4 anos, mas como há muita resistência aos 4 anos, tem um grupo expressivo tanto de senadores quanto de deputados defendendo 1 ano, e os técnicos todos argumentam que deveria ser no mínimo por 2 anos, estamos trabalhando para que a PEC seja aprovada por 2 anos”, afirmou o emedebista.
PEC da Transição deve cair para 2 anos, mas valor será mantido
O relator do Orçamento Geral da União, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse nesta segunda-feira (5) que o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) será o relator da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Com o prazo apertado para apreciar o texto, nas duas Casas do Congresso, até a semana que vem, a proposta exclui do teto de gastos R$ 175 bilhões para pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600, a partir de janeiro de 2023. A PEC também tira do teto mais R$ 23 bilhões para serem aplicados em investimentos, quando houver excesso de arrecadação. A intenção dos senadores é discutir a PEC na CCJ nesta terça-feira (6) e votar a matéria no colegiado já na manhã de quarta-feira (7) e à tarde no plenário do Senado. Na semana seguinte, a expectativa é que a Câmara dos Deputados aprecie a proposta.
Inicialmente, a equipe de transição defendeu que a exclusão dos valores do teto de gastos valesse por quatro anos, mas, segundo Marcelo Castro, a proposta não foi bem recebida e deve ser modificada por um substitutivo que propõe dois anos de prazo. “Hoje vai ser um dia de articulações, negociações, de conversar com os senadores, de contar os votos para que amanhã a gente possa aprovar, se possível, na Comissão de Justiça [do Senado]”, explicou Castro. O senador lembrou que, para ser aprovado, o texto, precisa de, no mínimo, 49 votos favoráveis de senadores e 308 de deputados em dois turnos de votação em cada uma das Casas. A reunião ocorreu pela manhã na residência oficial do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e também contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além deles, participam os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Alexandre Silveira (PSD-MG) e os deputados Hugo Leal (PSD-RJ) e Celso Sabino (União-PA), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e cotado para ser o relator da PEC na Câmara.
Lula deve deixar encontro com Biden para o início de 2023
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deve ir aos Estados Unidos para se reunir com o presidente norte-americano, Joe Biden, somente depois da posse. A informação foi dada nesta segunda-feira (5) pelo ex-chanceler do governo petista Celso Amorim. Na semana passada Lula declarou que poderia viajar aos EUA ainda neste ano depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima segunda-feira ( 12), mas hoje, segundo Amorim, durante uma reunião em Brasília com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ele teria dito que “talvez não seja possível ir antes da posse” e a probabilidade maior é que o encontro fique para o início de 2023. “De tudo se falou, principalmente sobre a última reunião do G20 e sobre a necessidade de uma nova governança mundial”, detalhou Amorim. Outro assunto abordado por Lula com os norte-americanos foi a necessidade de incluir outros países no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo Celso Amorim, Sullivan demonstrou interesse em cooperar com o Brasil no G20 para caminhar para uma governança global mais justa. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. “Foi uma conversa longa, de quase duas horas. Eles trataram sobre a importância da relação entre os dois países para a paz e a democracia na América do Sul”, disse. O ex-ministro também falou que não foram discutidas ações específicas, mas a necessidade de engajamento das duas nações. Além de Lula e Sullivan, participaram do encontro Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para a América Latina; Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental; e Douglas Koneff, encarregado de Negócios da embaixada no Brasil. Do lado do governo de transição, além de Amorim, também estavam presentes o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
Chuvas destroem asfalto e interditam rodovia em SC
As chuvas continuam castigando Santa Catarina e provocando prejuízos à população. A rodovia SC-477, na região no Vale do Itajaí, ficou seriamente danificada na altura dos municípios de Doutor Pedrinho, Benedito Novo e Rodeio. No km 159, o asfalto se rompeu, provocando rachaduras e crateras. O tráfego de veículos está bloqueado naquele trecho. O governo do estado recomenda às pessoas que evitem pegar a estrada. “As chuvas comprometeram em muitos locais nossas rodovias. Estamos trabalhando nos trechos afetados para garantir a trafegabilidade e a segurança, mas com a chuva insistente novos incidentes acabam ocorrendo. Voltamos a pedir aos catarinenses que evitem as estradas neste momento”, disse o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira.
O estado tem passado os últimos dias tentando reestabelecer a ordem após as chuvas da semana passada. Equipes têm trabalhado nos reparos nas redes elétrica e de abastecimento de água, bem como o trabalho de remoção de barreiras nas rodovias estaduais. Além disso, o governo local tem distribuído itens de assistência humanitária à população atingida. Em Santa Catarina, segundo a Defesa Civil estadual, até agora, 32 cidades reportaram ocorrências, sendo que muitas ainda não fizeram registros por conta do trabalho intenso nas ações de resposta. Até o momento foram registradas três mortes no estado. Um desses mortos foi o bombeiro militar Tiago José Teodoro. “Tombou em serviço, cumprindo o juramento assumido ao ingressar na carreira, protegendo aqueles que estavam sob sua responsabilidade e proteção, não exitando em sacrificar por seu semelhante sua própria vida”, disse, em nota o Corpo de Bombeiros do estado.
Brasil tem mais um dia com muitas nuvens e chuva
Climatempo: Grandes áreas de instabilidade continuam organizadas sobre o Brasil, espalhando muita nebulosidade e chuva sobre quase todo o país.
Uma massa de ar quente e seco ganha força sobre o Rio Grande do Sul, diminuindo a nebulosidade e elevando muito a temperatura nesse estado. Uma baixa pressão atmosférica na costa da Região Sul reforça a instabilidade sobre o Paraná, São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e do Rio De Janeiro.
Previsão do tempo para esta terça-feira (06)
O tempo permanece muito instável em quase todo o Brasil nesta terça-feira. A chuva continua caindo em quase todo país.
Região Sul: Voltou a chover forte na região de Morretes, no litoral do Paraná. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 58,4 mm acumulados. A previsão é de pancadas de chuva com raios à tarde e à noite sobre o Paraná, Santa Catarina e também sobre o norte do Rio Grande do Sul. O ar fica abafado e o sol aparece ao longo do dia. O norte e o leste do Paraná, incluindo a região de Curitiba e o litoral paranaense, e também o litoral norte do Rio Grande do Sul podem ter chuva a qualquer hora. No centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul. A terça-feira é com sol forte e muito calor. Atenção: uma onda de calor se instala sobre o Rio Grande do Sul no decorrer dessa semana e a temperatura pode chegar a 41°C na região de Uruguaiana no final desta semana.
Região Sudeste: A chuva ainda não dará trégua à Região Sudeste nesta terça-feira. No Espírito Santo, ainda pode chover a qualquer hora, mas já não há risco de chuva volumosa como nos últimos dias. Períodos com sol são esperados para todo o estado. A região do Vale do Rio Doce e do Vale do Jequitinhonha também podem ter pancadas de chuva a qualquer hora, mas, em geral com pouca intensidade, e o sol aparece. No estado de São Paulo, no centro-sul do Rio de Janeiro, no Sul de Minas e na Zona da Mata Mineira e também na região da grande Belo Horizonte, esta terça-feira é com tempo muito instável, com várias pancadas de chuva ao longo do dia e alguns períodos com mormaço. Há risco de chuva forte. No oeste e no norte de Minas, o sol aparece na maior parte do dia e ocorrem pancadas de chuva com raios, principalmente à tarde e à noite.
Região Centro-Oeste: Grandes áreas de instabilidade permanecem sobre o Centro-Oeste do país. Toda Região tem uma terça-feira com muitas nuvens, períodos com sol e pancadas de chuva com raios, a qualquer hora. Há risco de chuva forte por toda a Região.
Região Nordeste: O tempo permanece instável, com condições para pancadas de chuva em praticamente todo o Nordeste do Brasil. O sol predomina o dia todo apenas no interior do Rio Grande do Norte e no sertão da Paraíba. Atenção para chuva frequente no litoral de Sergipe e de Alagoas. Nas demais áreas do Nordeste ocorrem pancadas de chuva com períodos de sol.
Região Norte: Grandes áreas de instabilidade continuam ativas sobre a Região Norte do Brasil. Nesta terça-feira, a chuva mais frequente volumosa deve ser observada sobre o Amazonas, Acre e Rondônia. Nas demais áreas também ocorrem várias pancadas de chuva com raios, mas os períodos com sol são maiores ao longo do dia.
Alertas meteorológicos para esta terça-feira (06)
Atenção para o risco de chuva forte nas capitais Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Rio Branco, Manaus, Boa Vista, Palmas.
Alerta especial: perigo de chuva volumosa e temporais na Baixada Santista e no litoral norte do estado de São Paulo.
Alerta para temporais no Estado de São Paulo, Norte do Paraná, centro- sul do Rio de Janeiro, na Zona da Mata Mineira, região de Brasília, Goiânia e leste de Goiás, Rondônia, norte, centro e sul do Amazonas.
Atenção para chuva moderada no litoral de Sergipe de Alagoas.
Não há alerta apenas para o Rio Grande do Sul, sul e leste de Santa Catarina, norte do Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte e leste de Minas Gerais, sul, centro, leste e nordeste da Bahia, interior de Sergipe, de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, norte do Piauí centro-norte do Maranhão, litoral do Pará e Amapá. As demais áreas do Brasil que não estão em alerta ficam em atenção para chuva moderada forte, com raios e ventos por vezes fortes.
Brasil tem 27.086 casos de covid-19 e 105 mortes em 24 horas
O Brasil registrou 27.087 casos e 105 mortes em 24 horas, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira (5). O número total de casos é de 35,39 milhões e o de óbitos, 690.229. Segundo o boletim, o número de pessoas que contraíram a doença e se recuperaram é 34,27 milhões, o que representa 96,8% dos contaminados pela covid-19. Há ainda 430.222 casos em acompanhamento, o que representa 1,1%. O ministério informou que os dados do Distrito Federal, de Goiás, do Maranhão, do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso, de Pernambuco, do Piauí, de Roraima e de Santa Catarina não foram atualizados.
Estados
O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior número de casos e de mortes, com 6,2 milhões e 176.417 mortes, respectivamente. Em relação aos casos, em seguida aparecem Minas Gerais (64.007) e Paraná (45.424). Os menores números estão no Acre (154.736), Roraima (179.669) e Amapá (181.766). O segundo e o terceiro estados com maior número de mortes são Rio de Janeiro (76.161) e Minas Gerais (64.007). Os menores índices estão no Acre (2.032), no Amapá (2.165) e em Roraima (2.177).