Forte explosão atinge prédio em Kharkiv

Uma forte explosão foi registrada nesta terça-feira na cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia. Um vídeo divulgado nas redes sociais e compartilhado pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent mostra um prédio administrativo sendo atingido no centro da cidade. Tanques e veículos blindados russos podem ser vistos por toda a cidade, informou o prefeito, Igor Terekhov, à mídia ucraniana. Os militares russos também explodiram subestações, de acordo com a agência Ukrinform, o que causa problemas de fornecimento de água e luz.

Rússia atacou a Ucrânia com 56 foguetes e 113 mísseis, diz Zelensky

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que em cinco dias a Rússia atacou a Ucrânia com 56 foguetes e 113 mísseis de cruzeiro. Ele disse ainda, em uma transmissão, que após o bombardeio de Kharkiv, no nordeste ucraniano, que é necessário considerar esta uma zona de exclusão aérea. Zelensky acusou a Rússia e disse que um Estado que comete crimes de guerra não deve ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. “Kharkiv é uma cidade pacífica, há áreas residenciais, não há instalações militares. Dezenas de testemunhas relataram que não se trata de um erro por acaso, mas de destruição deliberada de pessoas. Os russos sabiam onde estavam atirando”, falou o presidente ucraniano

Forças russas se aproximam de Kiev, mostram imagens de satélite

Imagem: Maxar Technologies

Imagens de satélite mostraram que as forças terrestres russas continuam se aproximando da capital da Ucrânia nesta segunda-feira (28). Elas viajam em um comboio militar que se estende por pelo menos 27 quilômetros.

A empresa Maxar Technologies, que produziu as imagens, disse que há centenas de blindados e tanques se movendo em direção a Kiev. Eles estariam na região do aeroporto de Hostomel, a pouco mais de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.

Rússia continuará ofensiva na Ucrânia até alcançar seus objetivos, diz ministro da Rússia

A Rússia continuará a ofensiva na Ucrânia até alcançar seus objetivos, disse o ministro da Defesa, Serguei Shoigu. “As Forças Armadas russas continuarão a operação militar especial até que sejam cumpridos os objetivos fixados”, afirmou Shoigu em uma entrevista coletiva.

A Rússia diz que busca a “desmilitarização” e a “desnazificação” da Ucrânia (alegação russa para justificar a invasão do país vizinho), assim como proteger a Rússia da “ameaça militar criada pelos países ocidentais”, afirmou o ministro.

Conselho de Segurança aprova reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU

ONU News Divulgação

O Conselho de Segurança da ONU aprovou neste domingo (27) a resolução que agenda para amanhã (28) uma sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A resolução, promovida pelos Estados Unidos e pela Albânia, foi aprovada por 11 países, com o voto contrário da Rússia e a abstenção de China, Índia e Emirados Árabes – para este tipo de resolução, nenhum país tem direito a veto.

O diplomata Ronaldo Costa Filho confirmou o voto brasileiro a favor da reunião de emergência. A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto. O objetivo dessa sessão da Assembleia Geral é “que os 193 membros da ONU se posicionem” sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre “a violação da Carta das Nações Unidas”.

Brasil pede cessar-fogo e respeito ao direito humanitário na Ucrânia

Após uma série de discursos de países que condenaram a Rússia na Assembleia Geral da ONU emergencial convocada para esta segunda-feira (28), em Nova York, o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Ronaldo Costa Filho, reiterou a postura brasileira em busca do diálogo.“Essa situação não justifica de forma alguma. O uso de força contra a soberania e integridade territorial de qualquer Estado-membro vai contra as normas e princípios mais básicos e é uma violação clara da Carta da ONU“, disse Costa Filho. “O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional”, defendeu.

Em meio a ordem do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para que militares russos deixem de prontidão o arsenal nuclear do país, Costa Filho também pediu cautela para não ampliar as tensões na Europa Oriental. O embaixador brasileiro afirmou ainda que o enfraquecimento do Acordo de Minsk foi uma consequência de ações de todos os lados. A falta de aplicação do tratado é um dos motivos que a Rússia usa para justificar a invasão à Ucrânia. “Vemos uma sucessão de eventos que se não forem contidos em breve levarão a um confronto muito mais amplo. Todos sofreram, não só aqueles envolvidos na guerra”. Sem críticas diretas a Rússia, o Brasil agradeceu aos países que estão recebendo refugiados, inclusive brasileiros pediu a todos os envolvidos que reavaliem as suas decisões sobre o fornecimento de armas, o recurso de ataques cibernéticos e aplicação de sanções seletivas que podem prejudicar a economia mundial, especialmente a produção de alimentos.

Histórico: A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar liderado pelos Estados Unidos. Para a Rússia, uma possível entrada do vizinho na organização é uma como uma ameaça à sua segurança. A relação entre Rússia, Belarus e Ucrânia começou antes da criação da União Soviética.

Representante da Ucrânia no Brasil sugere conversa entre presidentes

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, sugeriu hoje (28), em entrevista coletiva, que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, converse por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, para esclarecer o que ocorre no país do leste europeu.“Penso que o presidente do Brasil esta mal informado. Talvez seja interessante ele conversar com o presidente ucraniano para ver outra posição e ter uma visão mais objetiva”, disse Tkach, após ser questionado sobre declarações dadas ontem (27) por Bolsonaro sobre o conflito.

Tkach disse esperar que o Brasil mantenha seu posicionamento na ONU, onde o representante brasileiro, embaixador Ronaldo Costa Filho, voltou a condenar o conflito, nesta segunda-feira (28), na Assembleia Geral de Emergência da ONU. Ao se questionado se gostaria que o Brasil tomasse mais alguma atitude, o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil disse que espera “um maior apoio e uma maior condenação por parte do Brasil à Rússia. Nós temos que parar essa agressão”.

“Neste momento, não se trata de apoio à Ucrânia, se trata de apoio aos valores democráticos, ao direito internacional”, afirmou o diplomata. Ele disse que o conflito atual na Ucrânia não é apenas um problema do próprio país, “mas da Europa e do mundo”. Tkach apresentou dados que disse ser do Ministério da Saúde ucraniano, segundo os quais, até o momento, 2.040 civis, incluindo 45 crianças, ficaram feridos. Foram contabilizados também 352 mortos, entre os quais 16 crianças, acrescentou a autoridade máxima da Ucrânia no Brasil.

Embaixada brasileira: “deve-se deixar Kiev de trem na 1ª oportunidade”

A Embaixada do Brasil em Kiev divulgou hoje (28) comunicado com orientações a brasileiros que ainda se encontram nas duas maiores cidades da Ucrânia, Kiev e Kharkiv. A principal recomendação é para que deixem o país prontamente, assim que considerarem seguro se deslocar até a estação central de trens dessas cidades. A rota de saída recomendada é em direção oeste, rumo às cidades de Lviv e Chop, das quais é possível pegar conexões para a Hungria ou a Polônia. Outros destino recomendado é Chernivtsi, a partir de onde se pode alcançar as fronteiras com Moldávia ou Romênia.

A embaixada orientou que os  horários para a saída dos comboios têm sido definidos de última hora. A orientação é ir às estações centrais “na primeira oportunidade” e aguardar as partidas de lá. Há toques de recolher vigentes em ambas as cidades, que devem ser respeitados. Segundo o comunicado, não há cobrança de passagens. Não foram divulgados detalhes sobre como garantir a segurança no trajeto até as estações. Foi recomendado, contudo, que seja avaliada a situação caso a caso, e que sejam evitadas ao máximo as saídas desnecessárias à rua. Segundo aviso divulgado pela prefeitura de Kiev, supermercados e transportes públicos funcionam desde as 8h, e o metrô também circula, embora com frequência bastante baixa.

“A noite foi relativamente tranquila, com algumas escaramuças, mas as pessoas devem estar atentas a mudanças na situação de segurança local. Há risco em quase todos os bairros. Sair apenas em caso de emergência – para comer, comprar alimentos ou remédios”, informa o aviso, de acordo com tradução enviada pela embaixada em Kiev. Para quem estiver de carro, recomenda-se evitar se dirigir a Lviv, na divisa com a Polônia, onde a passagem pela fronteira encontra-se bastante embaraçada. “A embaixada reitera sua recomendação de que não deve ser tentada a travessia na fronteira terrestre com a Polônia (seja a pé, carro ou ônibus). As condições lá continuam extremamente difíceis, com riscos diretos para a saúde dos viajantes”, diz o texto. Confira abaixo as recomendações completas divulgadas pela Embaixada do Brasil em Kiev.

Recomendações gerais para partida da Ucrânia: Recomendamos a todos que tenham condições de segurança que procurem deixar a Ucrânia por meio de trens, em direção oeste. Ainda que com alguns atrasos, os trens têm funcionado de forma bastante frequente e segura na maior parte do país. Os horários, muitas vezes, só são confirmados de última hora, assim aconselhamos que se dirijam às estações centrais de trem quando não houver toque de recolher e esperem os anúncios lá.

Kiev: A partir de hojesegunda, o toque de recolher na cidade passa a valer como anteriormente, das 22h às 8h. Tendo isso em conta, a partir de hoje os trens deverão funcionar normalmente durante o dia. A embaixada recomenda que as pessoas se dirijam à estação central na primeira oportunidade, estando atentos à situação de segurança local. Recomenda-se os trens para Lviv, Chop ou Chernivtsi. A partir de Lviv há opções de trens diretos para a Polônia (Varsóvia e Chelm), bem como trens para Chop, onde há conexão fácil para a Hungria. A partir de Chernivtsi há possibilidade de apoio local para se chegar à fronteira (Moldávia ou Romênia, a depender da situação no momento). Há informações de que em Lviv, no momento, está sendo dada prioridade ao embarque de mulheres e crianças. Não aconselhamos tentar passar a pé ou de carro pelos postos de fronteira entre Lviv e a Polônia, onde ainda há enormes dificuldades. Para os que tem meio de locomoção próprio, os pontos de passagem na Moldávia (exceto perto de Odessa) são boas opções. O tempo de espera na Eslováquia é também favorável.

Kharkv: Há trens partindo da estação. Quem estiver em Kharkiv deve estar especialmente atento à situação de segurança local antes de deslocar-se à estação de trem. Se forem para as estações de trem, os viajantes devem tentar ter consigo água e comida suficientes. Todos os trens são gratuitos, não é necessário comprar bilhetes (em Chop talvez seja necessário comprar bilhete para os destinos na Hungria).

Aviso da prefeitura de Kiev: Supermercados e transportes públicos abrem em Kiev. O metrô funciona, mas com muito menos frequência do que o normal. Por favor, não saia e não se movimente pela cidade desnecessariamente. A noite foi relativamente tranquila, com algumas escaramuças, mas as pessoas devem estar atentas a mudanças na situação de segurança local. Há risco em quase todos os bairros. Sair apenas em caso de emergência – para comer, comprar alimentos ou remédios. Na capital, as brigas de rua continuam em quase todos os bairros. Portanto, saia apenas em caso de emergência – quando precisar comprar alimentos ou remédios. Observe que a partir de hoje continua a haver toque de recolher das 22h às 7h.

Apoio na Estação de Kiev: Um centro humanitário foi instalado na Estação Ferroviária Central de Kiev. Há pontos de aquecimento e uma cozinha. Há também 60 voluntários que falam línguas estrangeiras. A assistência psicológica está disponível no local. Também há grupos que ajudam no embarque dos trens.

Fronteira com a Polônia: A embaixada reitera sua recomendação de que não deve ser tentada a travessia da fronteira terrestre com a Polônia (seja a pé, carro ou ônibus). As condições lá continuam extremamente difíceis, com riscos diretos para a saúde dos viajantes.

Brasileiros que saíram de Kiev chegam à Romênia

Um grupo formado por 37 brasileiros e dois uruguaios chegou ontem (27) à Embaixada do Brasil na Romênia. A informação foi publicada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em uma rede social. De acordo com o presidente, todos do grupo, que partiu da capital da Ucrânia, Kiev, chegaram em segurança e bem de saúde. “Um grupo de 39 pessoas (37 brasileiros e 2 uruguaios), que partiu de Kiev, chegou à embaixada do Brasil na Romênia. 2- Estão todos bem de saúde e em segurança”, disse Bolsonaro. Entre os integrantes do grupo estão os brasileiros que jogam no time ucraniano Shaktar Donestky e seus familiares. Eles saíram na tarde de sábado (26) e foram de trem até a cidade de Chernivtsi, no oeste da Ucrânia. De lá, tomaram um ônibus que os levou até a Romênia.

Bolsonaro disse ainda que os jogadores receberam apoio integral da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), que custeou transporte rodoviário e hospedagem na capital húngara, Bucareste. O presidente disse ainda que a Embaixada do Brasil estabeleceu um posto avançado na fronteira com a Moldova (caminho entre Kiev e Romênia) para recepcionar os brasileiros “que por ventura cheguem desgarrados por aquela região fronteiriça.” O presidente também disse que o governo brasileiro está disponibilizando duas aeronaves, modelo KC- 390, para transportar as pessoas que desejam retornar ao Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores disse por meio de sua rede social que a Embaixada do Brasil em Kiev e o Grupo de Trabalho Brasileiros na Ucrânia, em Brasília, “seguem buscando opções para a retirada rápida e segura de cidadãos brasileiros” que queiram deixar a Ucrânia. O Itamaraty disse que a embaixada e o grupo de trabalho estão em contato com os brasileiros registrados junto à embaixada e acompanham situações individuais. Informações atualizadas são divulgadas no Telegram e nas redes sociais da embaixada em Kiev.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os brasileiros também recebem ajuda de servidores das embaixadas do Brasil em Varsóvia e Bucareste, deslocados para as fronteiras com a Polônia e a Romênia “para facilitar a saída da Ucrânia e a continuação das viagens para locais seguros.”

Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar inflação e PIB no Brasil

A invasão da Ucrânia por tropas russas pode produzir impactos econômicos a mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis, alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros, comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço para a melhoria dos preços e do consumo. Segundo a pesquisa Sondagem da América Latina, divulgada nesta semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV), as turbulências na Ucrânia devem agravar as incertezas que pairam sobre a economia global nos últimos meses. No Brasil, os impactos deverão ser ainda mais intensos. Uma das razões é a exposição maior aos fluxos financeiros globais que o restante da América Latina, com o dólar subindo e a bolsa caindo mais que na média do continente.

A própria pesquisa, que ouviu 160 especialistas em 15 países, constatou a deterioração do clima econômico. Na média da América Latina, o Índice de Clima Econômico caiu 1,6 ponto entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano, de 80,6 para 79 pontos. No Brasil, o indicador recuou 2,8 pontos, de 63,4 para 60,6 pontos, e apresentou a menor pontuação entre os países pesquisados. Grande parte da queda atual deve-se ao Índice de Situação Atual, um dos componentes do indicador, que reflete o acirramento das tensões internacionais e o encarecimento do petróleo no início de 2022. O outro componente, o Índice de Expectativas, continuou crescendo, tanto no continente como no Brasil, mas a própria FGV adverte que o indicador que projeta o futuro também pode deteriorar-se caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue.

Canais: Segundo a FGV, existem diversos canais pelos quais a crise entre Rússia e Ucrânia pode chegar à economia brasileira. O principal é o preço internacional do petróleo, cujo barril do tipo Brent encerrou a semana em US$ 105, no maior nível desde 2014. O mesmo ocorre com o gás natural, produto do qual a Rússia é a maior produtora global, cujo BTU, tipo de medida de energia, pode chegar a US$ 30, segundo disse nesta semana em entrevista coletiva o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa. O Brasil usa o gás natural para abastecimento das termelétricas. Para o diretor da estatal, a perspectiva é que a elevação dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano possa compensar, pelo menos nesta fase de início de conflito.

Em relação à gasolina, a recuperação da safra de cana-de-açúcar está reduzindo o preço do álcool anidro, o que também ajuda a segurar a pressão do barril de petróleo num primeiro momento. Desde novembro do ano passado, o litro do etanol anidro acumula queda de 24,6% em São Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo. As maiores pressões sobre combustíveis estão ocorrendo sobre o diesel, que não tem a adição de etanol e subiu 3,78% em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial.

Alimentos: Outro canal pelo qual a guerra no Leste europeu pode afetar a economia brasileira são os alimentos. A Rússia é a maior produtora mundial de trigo. A Ucrânia ocupa a quarta posição. Nesse caso, o Brasil não pode contar com outros mercados porque a seca na Argentina, tradicionalmente maior exportador do grão para o Brasil, está comprometendo a safra local.

A crise no mercado de petróleo também pressiona os alimentos. Isso porque a Rússia é o maior produtor mundial de fertilizantes, que também são afetados pelo petróleo mais caro. Atualmente, o Brasil compra 20% dos fertilizantes do mercado russo. O aumento do diesel também interfere indiretamente no preço da comida, ao ser repassado por meio de fretes mais caros.

Dólar e juros: O terceiro fator pelo qual a crise entre Rússia e Ucrânia pode impactar a economia brasileira será por meio do câmbio. O dólar, que chegou a atingir R$ 5 na quarta-feira (23), fechou a sexta-feira (25) a R$ 5,15 após a ocupação de cidades ucranianas por tropas russas. Por enquanto, os efeitos no câmbio são relativamente pequenos porque o Brasil se beneficiou de uma queda de quase 10% da moeda norte-americana no acumulado de 2022. O prolongamento do conflito, no entanto, pode anular a baixa do dólar no início do ano. Nesta semana, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que o Brasil está preparado para os impactos econômicos da guerra. Segundo ele, o país tem grandes reservas internacionais e baixa participação de estrangeiros na dívida pública, o que ajudaria a enfrentar os riscos de uma turbulência externa prolongada.

No entanto, caso o dólar continue a subir e a inflação não ceder, o Banco Central pode ver-se obrigado a aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) mais que o previsto. Nesse caso, o crescimento econômico para este ano ficaria ainda mais prejudicado. Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado elevaram a projeção anual de inflação oficial para 5,56% em 2022. Essa foi a sexta semana seguida de alta na estimativa. A previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em apenas 0,3% neste ano.

Missa comemora 457 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro

Amanhã (1º), a cidade do Rio de Janeiro comemora 457 anos de fundação. Para celebrar a data, o setor do turismo realizará evento no Santuário Cristo Redentor, que começará às 6h com uma bênção do reitor do Santuário, Padre Omar Raposo, seguida de um café da manhã organizado pelo Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), em parceria com o Santuário, o Centro de Visitantes Paineiras e a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ). As comemorações serão encerradas com a Santa Missa em Ação de Graças pelo aniversário da cidade, às 8h, presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta. A missa será transmitida pelo canal do Santuário pelas redes sociais.

Cerca de 80 autoridades e representantes de hotéis, bares, restaurantes, atrações turísticas e entidades de classe se reunirão no ponto turístico, no café da manhã, para homenagear a capital fluminense e o povo carioca e marcar a retomada do turismo depois de dois anos de perdas provocadas pela pandemia da covid-19. As apostas para a recuperação do setor estão no carnaval que, mesmo sem folia, movimenta a cidade neste feriado e prevê movimentar de novo em abril, e também na volta dos eventos presenciais este ano. Cerca de 100 festivais e congressos já foram confirmados para 2022, gerando receita de mais de US$ 500 milhões.

Acidentes em rodovias federais matam 55 pessoas no carnaval

Morreram em acidentes nas estradas federais 55 pessoas desde a última sexta-feira (25), segundo o balanço parcial da Operação Carnaval divulgado hoje (28) pela Polícia Rodoviária Federal  (PRF). Ficaram feridas 730 pessoas em acidentes ao longo do feriado. Até o momento, 1,6 motoristas foram autuados por dirigirem embriagados. A PRF também multou 4,1 mil motoristas por falta de uso do cinto de segurança. As ultrapassagens perigosas foram a razão de outras 5,5 mil autuações durante o feriado.

A PRF fez ainda 579 prisões durante a Operação Carnaval deste ano. Foram recuperados 121 veículos roubados e apreendidas 25 armas de fogo. Os resultados foram obtidos com a fiscalização de 66,5 mil veículos. Para o período de carnaval, a PRF intensificou o policiamento nas rodovias federais, com rondas e policiais posicionados em trechos mais movimentados ou com mais índice de acidentes e infrações de trânsito.

Telegram cumpre ordem do STF, bloqueia contas e evita sair do ar

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que o aplicativo de mensagens Telegram cumpriu no sábado (26) a ordem do ministro Alexandre de Moraes para bloquear três perfis do serviço em 24 horas. Com isso, a plataforma evitou ser tirada do ar por 48 horas no Brasil. Moraes havia estipulado também multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da ordem. Os perfis, segundo a decisão, estão relacionados ao comunicador Allan dos Santos, que é alvo de um inquérito no Supremo sob a “suspeita de liderar esquema de financiamento de milícias digitais no Brasil”, diz texto publicado na página do tribunal.

O ministro havia determinado o bloqueio das contas do Telegram ainda em janeiro, mas o Supremo não conseguiu intimar a representação no Brasil da empresa responsável pelo aplicativo. Na nova decisão, o ministro determinou que a notificação seja feita a um escritório de advocacia que é procurador no Brasil da empresa responsável pelo Telegram, que tem origem na Rússia e mantém hoje sede em Dubai, nos Emirados Árabes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também vem tentando oficiar o Telegram para que coopere no combate à desinformação durante o processo eleitoral deste ano, mas as tentativas de correspondência não obtiveram sucesso até o momento.

As autoridades temem que o Telegram seja palco para a desinformação no país durante o processo eleitoral porque o aplicativo não tem demonstrado disposição para implementar meios de barrar a disseminação de informações sabidamente inverídicas. No aplicativo, por exemplo, é possível formar grupos com centenas de milhares de pessoas, que recebem mensagens simultaneamente. O principal concorrente, o WhatsApp, por exemplo, permite grupos de apenas 300 pessoas.

ONU: clima está mudando mais rápido do que o previsto

Relatório publicado hoje (28) pela Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que os impactos das mudanças climáticas estão sendo “muito mais rápidos” do que o previsto pelos cientistas, causando “perturbações perigosas e generalizadas na natureza”. De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Especialistas em Mudanças Climáticas (IPCC), os esforços que estão sendo feitos no sentido de mitigar esses efeitos não são suficientes. E, como consequência, há efeitos danosos para a vida de bilhões de pessoas, em especial povos indígenas e comunidades locais. “Tenho visto muitos relatórios científicos na minha vida, mas nada como isso”, disse o secretário-geral geral da ONU, António Guterres, logo ao abrir seu discurso, durante a entrevistas coletiva para divulgar o documento. “O relatório do IPCC apresentado hoje é um atlas do sofrimento humano e uma indagação sobre danos e sobre o destino de nossas lideranças climáticas. Fato a fato, esse relatório mostra que pessoas e planeta estão afetados pelas mudanças climáticas”, disse.

“Neste momento, praticamente metade da humanidade vive em zona perigosa. Neste momento, muitos ecossistemas chegaram a um ponto sem retorno. E neste momento, o alcance descontrolado da poluição corrente força uma vulnerabilidade global que está em marcha para a destruição. Os fatos são inegáveis. Essa abdicação de nossas lideranças é criminosa. Os grandes poluidores continuam sendo os culpados por prejudicar nosso único lar”, acrescentou. Segundo o presidente do IPCC, Hoesung Lee, “este relatório traz um sério alerta sobre as consequências da inação”, uma vez que mostra que as mudanças climáticas são uma “ameaça cada vez mais séria ao nosso bem-estar e à saúde do planeta”.

Injustiça climática: De acordo com a diretora do Programa Ambiental das Nações Unidas, Inger Andersen, a mensagem que o relatório envia é clara: “mudanças climáticas já são nossos oponentes”. “As chuvas estão aí, prejudicando bilhões de pessoas”, disse. “Temos visto destruições perigosas em todo o mundo natural. Espécies em migração vivem em condições mais vulneráveis, e há mortes ocorrendo por inundações causadas por tempestades”, disse ela, ao lembrar que, na última década, pessoas vulneráveis que vivem em países de menor desenvolvimento têm 15 vezes mais chances de morrer em decorrência de inundações, secas ou tempestades. O risco, segundo a diretora da ONU, atinge particularmente povos indígenas e comunidades locais. “O nome disso é injustiça climática”, sentenciou, ao defender que o retorno à natureza é a melhor forma de a humanidade se adaptar e diminuir as mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, promover empregos que potencializar economias.

“Temos a obrigação de dedicar pensamentos e fundos para transformar e adaptar os programas tendo a natureza em seu centro. A humanidade passou séculos tratando a natureza como seu pior inimigo. A verdade é que a natureza pode ser nossa salvação, mas apenas se nós a salvarmos primeiro”, completou. O relatório destaca que, nas próximas duas décadas, o planeta enfrentará vários perigos climáticos inevitáveis, caso o aquecimento global chegue a 1,5°C. Alguns deles terão efeito irreversível. Os riscos são cada vez maiores e terão consequências para infraestruturas e para assentamentos costeiros de baixa altitude.

Financiamento, tecnologia e compromisso: O estudo alerta que, em algumas regiões, o “desenvolvimento resiliente ao clima será impossível”, caso o aquecimento global aumente mais de 2°C. Neste sentido, o levantamento destaca “a urgência de implementar a ação climática, com foco particular na igualdade e justiça”, o que implica em “financiamento adequado, transferência de tecnologia, compromisso político e parcerias que aumentem a eficácia da adaptação às mudanças climáticas e à redução de emissões”. António Guterres lembrou que a ciência tem reiterado que o mundo precisa cortar 45% de suas emissões até 2030, para atingir zero emissão de gases até 2050. “No entanto, os atuais acordos indicam que as emissões vão aumentar em quase 14% durante esta década. Isso representa catástrofe, e vai destruir qualquer chance de mantermos vivos os compromissos”. Ele acrescentou que os combustíveis fósseis têm grande responsabilidade nesse cenário, e criticou os países que têm descumprido acordos multilaterais sobre o tema. “A presente combinação global sobre [emissões de] energia está quebrada, e os combustíveis fosseis continuam causando danos, choques e crises econômicas, de segurança e geopolíticas”, disse.

“Agora é tempo de acelerar a transição energética para um futuro de energia renovável, porque combustível fóssil representa impasse para nosso planeta, para a humanidade e, sim, para as economias. A transição imediata para uma fonte renovável de energia é a único caminho para garantir a segurança energética, o acesso universal e para os empregos verdes que nosso mundo precisa”, acrescentou. A adaptação, visando o uso amplo de energia limpa, não é algo barato, ainda mais no caso de países menos desenvolvidos. Tendo em vista essas dificuldades, Guterres convocou países desenvolvidos, bancos multilaterais de desenvolvimento, financeiras privadas e outras corporações a fazerem coalizões de forma a incentivar, desenvolver e dar acessos ao uso de energia limpa. O levantamento da ONU cita relações diretas entre as mudanças climáticas e exposição de pessoas a situações de insegurança alimentar e hídrica aguda, especialmente na África, Ásia, América Central e do Sul, bem como em pequenas ilhas e no Ártico.

Atraso é morte: “Precisamos ajudar países a se adaptarem às novas necessidades. Precisamos de dinheiro para salvar vidas, porque atraso é morte. Todos bancos multilaterais sabem o que precisa ser feito: trabalhar com governos para desenvolver caminhos para projetos visando a obtenção dos recursos públicos e privados necessários. Todo planeta precisa cumprir o acordado para conseguirmos, de fato, reduzir as emissões”, argumentou. Guterres acrescentou que o G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do planeta, precisa liderar esse caminho. “Caso contrário, a humanidade pagará um preço alto, com um número ainda maior de tragédias. Pessoas em todos lugares estão ansiosas e furiosas. Eu também. Agora precisamos transformar essa fúria em ação. Toda voz pode fazer diferença. E cada segundo conta”, concluiu.

Brasil chega a 28,7 milhões de casos de covid-19 e 649,3 mil mortes

O Brasil chegou a 649.333 mortes em decorrência da covid-19, informou hoje (28) o Ministério da Saúde. Em 24 horas, foram confirmados 199 óbitos e 19.516 diagnósticos positivos da doença, totalizando 28.787.620 pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia. Ontem (27), o painel de informações da pandemia administrado pelo ministério trazia 28.768.104 casos acumulados.

A quantidade de casos em acompanhamento está em 1.801.914. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte. Ainda há 3.116 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a apuração sobre a causa ter sido a covid-19 continua em andamento. Até hoje, 26.336.373 pessoas se recuperaram da covid-19, segundo os dados oficiais. O número corresponde a 91,5% dos infectados desde o início da pandemia.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Hoje, o Mato Grosso não atualizou as informações, e a Paraíba enviou apenas o número de mortes.

Boletim epidemiológico da covid-19 de 28 de fevereiro de 2022
Divulgação/Ministério da Saúde
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Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (164.532), Rio de Janeiro (71.778), Minas Gerais (59.645), Paraná (42.307) e Rio Grande do Sul (38.272). Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.972), Amapá (2.102), Roraima (2.134), Tocantins (4.109) e Sergipe (6.250).

SC: Estado confirma 1.615.073 casos, 1.574.659 recuperados e 21.368 mortes

Santa Catarina já registrou 1.615.073 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 1.574.659 se recuperaram e 19.046 estão em acompanhamento. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 28. Desde o início da pandemia, 21.368 óbitos foram causados pela Covid-19. A taxa de letalidade atual é de 1,32%.

São 3.168 casos ativos a menos em comparação com o boletim do dia anterior, e houve mais 15 óbitos. O total de confirmados aumentou 980, enquanto 4.133 pessoas passaram a se enquadrar nos critérios para serem consideradas recuperadas.

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>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
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A estimativa do Governo do Estado é que 289 municípios tenham casos ativos. A região com a maior quantidade de casos ativos hoje, proporcionalmente à população, é a Oeste, que tem 581 para cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Serra (515) e Xanxerê (381). As que menos têm são Foz do Rio Itajaí (104), Alto Vale do Itajaí (159) e Alto Uruguai Catarinense (160).

Atualmente, há 1.032 leitos de UTI Adulto ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 775 estão ocupados, sendo 195 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A taxa de ocupação de UTI Adulto é de 75,1%.

Paraná registra mais 3.311 casos e 18 óbitos pela Covid-19

A secretaria estadual da Saúde divulgou nesta segunda (28) mais 3.311 casos confirmados e 18 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. Números incluem meses anteriores e não representam apenas a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Estado soma agora 2.320.412 casos confirmados e 42.077 mortos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta segunda-feira são de fevereiro (3.016) e janeiro (274) de 2022; dezembro (2), setembro (3), agosto (2), julho (2), junho (4), maio (2), abril(2), fevereiro (1), janeiro (1); agosto (1) e julho (1) de 2020. Os óbitos são de fevereiro (13) de 2022; junho (4) e janeiro (1) de 2021.

INTERNADOS – O informe relata que 158 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados em leitos SUS (65 em UTI e 93 em enfermaria). Não há pacientes com diagnóstico confirmado na rede particular. Há outros 854 pacientes internados, 354 em leitos UTI e 500 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão na rede pública e rede particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 18 pacientes. São sete mulheres e 11 homens, com idades que variam entre 28 e 88 anos. Os óbitos ocorreram entre 6 de junho de 2021 a 28 de fevereiro de 2022. Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (6), Ponta Grossa (3), Telêmaco Borba (2), Imbituva (2). A Secretaria  registra, ainda, a morte de uma em cada um dos seguintes municípios: Tapira, Pinhais, Jacarezinho, Coronel Domingos Soares, Cafelândia.

 FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 10.543 casos de residentes de fora do Estado, sendo que 230 pessoas foram a óbito.

COI recomenda banir atletas russos e bielorrussos de competições

O conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional recomendou que as federações esportivas internacionais proíbam atletas e autoridades russas e bielorrussas de competirem em seus eventos, informou o COI nesta segunda-feira (28), após a invasão russa da Ucrânia. O COI disse que tomou a decisão “para proteger a integridade das competições esportivas globais e para a segurança de todos os participantes”. A entidade também pediu às federações que garantam que nenhum atleta ou dirigente esportivo de Rússia ou Belarus possa participar sob o nome da Rússia ou de Belarus. “Russos ou bielorrussos, seja como indivíduos ou equipes, devem ser aceitos apenas como atletas neutros ou equipes neutras. Nenhum símbolo nacional, cores, bandeiras ou hinos devem ser exibidos”, acrescentou o comunicado. O COI também disse que tomou a decisão de retirar a Ordem Olímpica de todas as pessoas que atualmente têm uma função importante no governo da Federação Russa, incluindo o presidente russo Vladimir Putin.

Fifa impede participação da Rússia na Copa do Mundo

A Fifa e a Uefa suspenderam, nesta segunda-feira (28), a seleção da Rússia e todos os clubes de futebol do país de participarem de qualquer competição organizada pelas entidades. Com isso, os russos não poderão participar das Eliminatórias para o Mundial do Catar e, consequentemente, da própria Copa do Mundo. A punição é por tempo indeterminado e vale para o esporte no campo, na praia ou no salão, seja masculino ou feminino.

A decisão foi tomada em conjunto pela Fifa e pela Uefa e foi motivada pela ofensiva militar da Rússia sobre a Ucrânia. Em nota, os órgãos lembram que “o futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos”.

São Paulo derrota Água Santa no Paulista

O São Paulo derrotou o Água Santa por 2 a 1, nesta segunda-feira (28) no estádio Distrital de Inamar, em Diadema, e chegou aos 14 pontos para liderar o Grupo B da primeira fase do Campeonato Paulista. Agora, o Tricolor do Morumbi volta a jogar pela competição no sábado (5), no clássico com o Corinthians. No mesmo dia o Água Santa visita a Ponte Preta.

Santos cede empate ao lanterna Novorizontino

Em casa, o Santos apenas empatou com o Novorizontino, lanterna do Campeonato Paulista, por 2 a 2, pela nona rodada da competição. A equipe do interior tinha balançado as redes apenas uma vez nos oito jogos anteriores. O Santos volta a campo neste sábado (5), às 18h30 (horário de Brasília), diante da Ferroviária, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP). A partida deve marcar a estreia do técnico Fabian Bustos. O Novorizontino joga no domingo (6), no mesmo horário, contra a Inter de Limeira, no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte (SP).

Botafogo é superado pela Portuguesa no Campeonato Carioca

O Botafogo perdeu a oportunidade de garantir a classificação antecipada para a semifinal do Campeonato Carioca ao ser derrotado por 5 a 3, na noite deste domingo (27) no estádio Luso-Brasileiro, pela 9ª rodada da primeira fase da competição. O Alvinegro volta a entrar em campo pela competição contra o Volta Redonda, no dia 7 de março.

Fluminense pega Millonarios buscando vaga em competição sul-americana

Buscando uma vaga em uma competição Sul-Americana, o Fluminense enfrenta o Millonarios (Colômbia), nesta terça-feira (1) a partir das 21h30 (horário de Brasília) no estádio de São Januário, pela volta da segunda fase prévia da Copa Libertadores da América. Isso pode ser dito porque caso consiga avançar na competição, o Fluminense garante ao menos uma vaga na Copa Sul-Americana (para conseguir chegar à fase de grupos da Libertadores é necessário superar ainda a terceira fase prévia do torneio).

Federação Gaúcha de Futebol confirma nova data para Gre-Nal

A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) confirmou nova data para o Gre-Nal válido pela 9ª rodada do Campeonato Gaúcho de 2022. O clássico está marcado para o dia 9 de março, quarta-feira, às 19h, no Beira-Rio. De acordo com a FGF, a nova data foi definida após conversas com os clubes envolvidos e a empresa detentora dos direitos de transmissão da competição. A 10ª rodada do Gauchão está mantida para os dias 5 e 6 de março, conforme a tabela original e grade de transmissão, assim como a rodada final da fase classificatória, marcada para o dia 12.

A partida entre Internacional e Grêmio estava marcada, inicialmente, para as 19h do último sábado (26), mas não foi realizada por causa de um ataque ao ônibus da delegação do Tricolor. O ataque ocorreu pouco mais de uma hora antes de a bola rolar no Beira-Rio. O Grêmio decidiu que não entraria em campo e o Inter concordou. O volante Mathias Villasanti, do Grêmio, foi atingido no rosto por uma pedra atirada no ônibus.

Ele precisou passar a noite no hospital Moinhos de Vento após exames constatarem traumatismo craniano e concussão cerebral. Além disso, ele teve escoriações no rosto e um trauma no quadril. Villasanti foi reavaliado no domingo de manhã pelo médico gremista, Márcio Dornelles, e pela equipe do hospital. Segundo o clube, o atleta já está em casa e seguirá monitorado. O Grêmio agradeceu as mensagens de apoio recebidas de entidades, personalidades, torcedores e outros clubes. O Tricolor ainda repudiou outro caso de violência ocorrido no sábado: o ônibus com a delegação do FC Cascavel foi apedrejado na saída do estádio Willie Davies, em Maringá (PR), após o jogo contra o time da casa pelo Campeonato Paranaense.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná  

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