Conflito no Oriente Médio

Brasil é convidado para reunião no Egito sobre crise em Gaza

O governo do Egito, país que faz fronteira com a Faixa de Gaza, na Palestina, convidou o Brasil para participar de uma cúpula com outros países para discutir a guerra entre Israel e o grupo Hamas. A informação foi confirmada à Agência Brasil pela Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril e não pode viajar. Um representante irá em seu lugar, mas o nome ainda não foi anunciado. A cúpula ocorrerá neste sábado (21), no Cairo, capital egípcia.

O foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. O território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel, desde a eclosão de um novo conflito, há pouco mais de uma semana, quando o Hamas promoveu uma série de ataques em território israelense, que resultou na morte de centenas de civis e provocou uma forte contraofensiva.

O convite ao Brasil ocorre após a tentativa do país, que preside atualmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de aprovar uma resolução sobre o conflito no colegiado. A diplomacia brasileira obteve amplo apoio em torno de um texto de consenso, mas a oposição dos Estados Unidos, que é membro permanente do Conselho a tem direito a veto, frustrou a expectativa de ver a resolução aprovada. Além do Egito e Brasil, outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia devem participar, mas nenhuma lista oficial dos países participantes foi divulgada até o momento.

No último fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito. Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.

Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta do Brasil sobre conflito

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza. O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.

A análise da resolução estava inicialmente prevista para o início da semana, mas foi adiada para esta quarta-feira na sede da entidade, em Nova York. Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que o presidente norte-americano, Joe Biden, está, neste momento, na região do conflito, o que, segundo ela, demonstra o envolvimento do país no tema. “Apesar de reconhecermos o desejo do governo brasileiro de aprovar a proposta, acreditamos que precisamos deixar essa diplomacia acontecer.”

“Sim, resoluções são importantes. E sim, esse conselho deve se manifestar. Mas as ações que tomamos devem levar em conta o que acontece no local e apoiar esforços diretos de diplomacia que podem salvar vidas”, disse. “Os Estados Unidos estão desapontados pelo fato dessa resolução não mencionar o direito de Israel de autodefesa. Como qualquer outro país do mundo, Israel tem o direito de se autodefender”.

Na segunda-feira (16), membros do conselho rejeitaram uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito. O país apresentou um projeto de cessar-fogo imediato, incluindo a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos contra Israel. A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções.

Fim das hostilidades: Em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que o Brasil, na condição de presidente do Conselho de Segurança, foi demandado pela maioria dos membros do conselho a redigir uma proposta que acomodasse as opiniões de todos os membros. “Depois de intensas e múltiplas consultas, apresentamos um texto que foi aceito por 12 dos 15 membros.

Esse texto focava, basicamente, na cessação das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária para que pudessem sair os nacionais de terceiro países, como nossos 32 brasileiros, e que também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente, não foi possível aprovar. Ficou clara uma divisão de opiniões”, relatou.

“Fizemos todo o esforço possível para que cessassem as hostilidade, que parassem os sacrifícios humanos e que pudéssemos dar algum tipo de assistência às populações locais e aos brasileiros. A nossa preocupação foi sempre humanitária nesse momento e, enfim, cada país terá tido sua inspiração própria”.

Entenda: O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

Chanceler diz que nova proposta de resolução “tem que ser diferente”

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (18) que agora é preciso aguardar a “evolução dos fatos” para ver se é possível propor um novo projeto de resolução sobre o conflito de Israel contra o Hamas, na Palestina, pelo Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração foi dada a senadores, durante depoimento do chanceler na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Nós temos que esperar um pouco a evolução dos fatos e ver se há condição de acomodar. Tem que ser uma proposta diferente da atual, porque se repetirmos a mesma proposta, evidentemente que terá o mesmo resultado”, disse Vieira.

Mais cedo, em nota, o Palácio do Itamaraty lamentou que a proposta de resolução elaborada pelo Brasil tenha sido rejeitada. Apenas os Estados Unidos (EUA) votaram contra. Outros 12 países aprovaram e apenas dois se abstiveram (Reino Unido e Rússia). Como os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Rússia, Reino Unido, França, China e Estados Unidos) têm direito a veto (exercido, neste caso, pelos EUA), o texto não foi aprovado. Mesmo com a rejeição, o chanceler ressaltou o fato de o Brasil ter construído uma grande maioria em torno de uma resolução de consenso. “Foi uma vitória diplomática brasileira ter conseguido reunir 12 países que uniram forças com o Brasil pedindo que houvesse uma saída humanitária”, observou Mauro Vieira.

A proposta condenava os atos do Hamas contra Israel em 7 de outubro como sendo atos terroristas, apelava para libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis e pedia uma pausa no conflito para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A resolução também exigia ainda “o fornecimento contínuo de bens essenciais para a população civil, como artigos médicos, água e alimentos; e pede a rescisão da ordem para que civis e funcionários das Nações Unidas evacuem toda a área em Gaza ao norte de Wadi Gaza”.

Militares dos Estados Unidos serão treinados na Amazônia

O governo brasileiro autorizou a entrada no Brasil de um grupo de 294 militares das forças dos Estados Unidos da América (EUA) para participar de exercício combinado com o Exército brasileiro, na Amazônia Oriental. O decreto foi publicado nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União.

As atividades ocorrerão no período de 24 de outubro a 20 de novembro em Belém, no Pará, e nos municípios de Ferreira Gomes, Oiapoque e Macapá, no Amapá. A Operação Core 23 (Combined Operation and Rotation Exercise) é parte de um acordo de cooperação em matéria de defesa, estabelecido desde 2015 entre os governos dos dois países. Além do contingente de militares, os norte-americanos entrarão no país com armamentos, acessórios, sensores, sistemas eletrônicos e dispositivos ópticos, equipamentos de comando, controle e comunicação.

Em maio, uma comitiva de militares norte-americanos visitou o Comando Militar do Norte (CMN) para avaliar as condições estruturais e de suprimentos relacionados à saúde e alimentação desses. Na época, foram avaliados o 2º Batalhão de Infantaria de Selva e da 2ª Companhia de Suprimento do 8º Depósito de Suprimento, em Belém; a Companhia Especial de Fronteira de Clevelândia do Norte, no Oiapoque, e o 34° Batalhão de Infantaria de Selva, em Macapá.

De acordo com o Exército Brasileiro, durante a Operação Core 23 as duas forças militares pretendem fazer intercâmbio de experiências sobre técnicas, táticas e procedimentos de defesa. O principal objetivo do exercício é promover a integração e estreitar a cooperação militar entre os países.

Exercícios internacionais: Desde o início deste ano, o Exército tem promovido operações combinadas com as forças militares de outros países como a participação na Operação Fer de Lance, em março, promovida pela Força Armada Francesa. O exercício reuniu, na Guiana Francesa, o Exército, a Marinha e Aeronáutica do Brasil, Suriname e da Guiana.

Na Argentina, a Operação Arandu reuniu os exércitos dos dois países no Campo de Instrução General Ávalos, em Monte Caseros. Nos meses de julho e agosto, as tropas de operações especiais, paraquedistas, aeromóveis e blindadas trocaram experiências militares em planejamento de Estado-Maior.

A última operação internacional antes da Core 23 foi a Paraná III, que reuniu militares de 15 países no Brasil, para exercício de ajuda humanitária. O treinamento teve foco no esforço internacional para medidas de atendimento médico em hospital de campanha, resgate aéreo e fluvial, áreas de deslizamento com vítimas, entrega de suprimentos em áreas de desastre.

Vendas no comércio recuam 0,2% em agosto, diz IBGE

As vendas no comércio brasileiro recuaram 0,2% em agosto na comparação com julho. O dado faz parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por ser bem próximo de zero, o resultado é considerado estável. Dos oito meses apurados este ano, foram quatro de estabilidade e três de volatidade baixa, explica Cristiano Santos, o gerente da pesquisa. “A leitura para agosto é estabilidade, após um alta de baixa amplitude (0,7%) em julho”, aponta.

Em relação a agosto de 2022, o volume de vendas cresce 2,3%. No acumulado de 12 meses, a alta é de 1,7%. Metade dos oito setores pesquisados teve números negativos: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,4%).

Crise nas varejistas: “Ao longo do ano, até agosto, grandes cadeias de lojas vivem crises contábeis e estão passando por redução no número de lojas”, cita Cristiano Santos para contextualizar a queda nas vendas. Na outra ponta, ficaram no azul os setores hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), combustíveis e lubrificantes (0,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%).

Desaceleração da inflação: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram a terceira alta seguida. “Isso tem a ver com a desaceleração da inflação na parte alimentícia. O efeito da inflação acaba tendo impacto na atividade, com maior renda para o consumidor adquirir produtos”, avalia o pesquisador do IBGE. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas recuaram 1,3% na comparação com julho, mas apresentam crescimento de 2,7% no acumulado de 12 meses.

Transição energética: Ibram quer fundo do BNDES para minerais críticos

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, informou que a entidade vem trabalhando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na formatação de fundos com o objetivo de alavancar recursos especificamente para minerais críticos. Ele disse acreditar que, até o fim do ano, o BNDES irá apresentar uma proposta. Para Jungmann, o Brasil precisa de uma Política Nacional de Minerais Críticos, uma vez que se trata de um mercado em franca expansão, pois está associado às demandas da transição energética. Procurado pela Agência Brasil, o BNDES não deu retorno sobre o assunto.

“São minerais fundamentais para uma economia de baixo carbono. Sem eles não há eletrificação, não há carros elétricos, não há aerogeradores para produção de energia eólica. O Brasil tem uma possibilidade imensa, com lítio, com nióbio, com tântalo. Nós precisamos ampliar nosso mercado e para isso é preciso aporte financeiro”, disse Jungmann, durante apresentação dos dados setoriais da mineração realizada nesta quarta-feira (18). O Ibram representa as maiores mineradoras que atuam no país. A entidade divulgou os números relacionados com o desempenho do setor no terceiro trimestre de 2023. Entre julho e setembro desse ano, o faturamento das mineradoras foi de R$ 53 bilhões.

O montante representa uma queda de 28,9% na comparação com o do mesmo período de 2022 e de 17,5% em relação ao do trimestre anterior. Segundo o Ibram, o desempenho foi influenciado sobretudo pela redução na produção, mas também por oscilações nos preços das commodities no mercado internacional. Jungmann avaliou que a escalada dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e entre Israel e Hamas pode gerar novas variações. “É um cenário que cria dificuldades”, disse. A queda no faturamento impactou outros indicadores do setor. O recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), considerado o royalty da mineração, totalizou R$ 1,51 bilhão no terceiro trimestre de 2023. O valor é 23% inferior ao do mesmo período de 2022.

Também houve redução no montante de exportações, calculado em dólar. A movimentação do terceiro trimestre de 2023 foi 4,5% menor do que a do mesmo período do ano passado e 3,5% inferior à do trimestre anterior. Entre julho e setembro deste ano, o minério de ferro respondeu por 71,7% das exportações. Outros produtos com grande volume de negócios foram cobre (7,8%), ouro (7,8%) e nióbio (4,7%). A China foi o principal comprador dos minerais brasileiros. O Ibram também apresentou dados de investimentos. Estima-se que, até 2027, o setor mineral invista no Brasil US$ 50 bilhões, sendo US$ 6,5 bilhões em projetos socioambientais.

Lupi diz que espera reduzir fila do INSS até o final deste ano

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse hoje (18), em São Paulo, que espera reduzir a fila de concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até o final deste ano. A expectativa do governo federal é que, até dezembro, o tempo médio de espera por uma perícia médica caia para 45 dias, conforme é previsto em lei. “Acredito que, até o final do ano, vamos ter a fila para os 45 dias da lei. A lei permite até 45 dias. E no ano que vem, espero viver um outro patamar para melhorar ainda mais esse serviço”, disse Lupi a jornalistas, após falar no 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), que acontece até o dia 20 de outubro no Transamerica Expo Center, na capital paulista.

Segundo o ministro, isso será possível porque o ministério vem adotando uma série de medidas para reduzir as filas, entre elas o Programa de Enfrentamento da Fila (PEF), a inauguração de novas agências e também a melhoria da plataforma Meu INSS. “Nós também estamos tomando medidas que são permanentes como o Atestmed, que já está aberto em todas as agências da Previdência Social”, disse o ministro. A plataforma Atestemed foi criada para que segurados do INSS que precisam solicitar o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) façam o requerimento por meio de análise documental (Atestmed), sem precisar passar pela perícia médica.

A jornalistas, o diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Jarbas Antônio de Biagi, disse que a entidade pretende aproveitar a visita do ministro ao Congresso para conversar sobre algumas demandas do setor. “Temos tido um diálogo muito direto com o Ministério da Previdência. Então temos demandas como a inscrição automática, a revisão das regras de investimentos e a liberdade das entidades dos fundos de pensão poderem fazer investimento em fomento”, disse. De acordo com Biagi, o setor também tem demandas referentes à questão tributária, que pretende encaminhar ao governo federal.

Jornalista Hélio Doyle deixa a presidência da EBC

O jornalista Hélio Doyle, 72 anos, deixou nesta quarta-feira (18) a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conglomerado do qual a Agência Brasil faz parte. Em nota encaminhada aos funcionários, Doyle afirma que pediu desligamento ao ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, após a repercussão negativa sobre uma postagem na rede social X. Ele agradeceu ainda a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante os meses em que ficou à frente da empresa pública de comunicação.

Doyle foi nomeado como diretor-presidente da EBC no dia 14 de fevereiro. Ao todo, ele ficou pouco mais de oito meses no cargo. Doyle assumiu o cargo, após a gestão de transição da jornalista Kariane Costa, representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa desde 2021, e que havia sido indicada pelo presidente Lula para liderar o projeto de retomada da comunicação pública.

Ao longo de uma extensa carreira, Doyle trabalhou como repórter, editor e chefe de redação em veículos como Correio BrazilienseO Estado de S. PauloJornal de BrasíliaOpinião, Folha de S.Paulo, Rede Globo, Veja, Isto É, Brasil Extra, Zero Hora e Jornal do Brasil. Durante 28 anos, foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Atuou ainda como chefe da assessoria de imprensa no Governo do Distrito Federal. É autor dos livros Assim é a velha política e Interregno – o feitiço de Tobago.

Leia a nota na íntegra: “O ministro Paulo Pimenta me manifestou hoje seu descontentamento por eu ter repostado, no X , postagem de terceiro acerca do conflito no Oriente Médio. Disse-me que a referida repostagem e sua repercussão na imprensa criaram constrangimentos ao governo, que mantém posição de neutralidade no conflito, em busca da paz e da proteção aos cidadãos brasileiros. Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses.”

STF valida transporte público gratuito nas eleições de 2024

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu ontem (18) que estados e municípios devem garantir transporte público gratuito durante as eleições de 2024. Por unanimidade, o Supremo também pediu ao Congresso a aprovação de uma norma para regulamentar o direito. Pela decisão, caso os parlamentares não aprovem uma norma sobre o assunto, a regulamentação ficará a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante as eleições do ano passado, o relator do caso e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, atendeu ao pedido de liminar protocolado pela Rede Sustentabilidade e determinou que o transporte público fosse mantido nos dois turnos do pleito. Em seguida, a medida foi referendada pelo plenário. Na sessão de hoje, a Corte julgou definitivamente o caso e entendeu que há “omissão constitucional” na falta de aprovação da gratuidade.

Para Barroso, o transporte público gratuito permite que toda a população possa participar do pleito. “Numa democracia, as eleições devem contar com a participação do maior número de eleitores e transcorrer de forma íntegra, proba e republicana”, afirmou. O presidente também afirmou que a atuação do Supremo se justifica diante da falta de lei sobre o assunto. “Faço apelo ao legislador para que edite lei apta a sanar a referida omissão constitucional, de modo que seja assegurada a gratuidade de transporte gratuito coletivo urbano aos eleitores com frequência compatível com aquela compatível com os dias úteis”, completou.

AGU: Durante o julgamento, o advogado-Geral da União substituto, Flávio José Roman, defendeu o acesso gratuito ao transporte e disse que a medida assegura a democracia no país. “O custo de transporte para determinadas camadas sociais se apresenta com uma barreira ao exercício desse direito [votar]”, argumentou. A defensora pública Tatiana Melo Aragão Bianchini também defendeu a medida e comentou que a liberação do transporte público provocou a diminuição da abstenção de eleitores no segundo turno das eleições de 2022. “Políticas públicas tendentes a permitir o maior comparecimento possível aos locais de votação a todas as classes sociais contribuem para o fortalecimento da democracia”, concluiu.

CPMI do 8 de janeiro pede indiciamento de Jair Bolsonaro

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro aprovou nesta quarta-feira (18) o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais 60 pessoas, dos quais cinco ex-ministros e oito generais das Forças Armadas, todos acusados de tentativa de golpe de Estado durante a invasão das sedes dos Três Poderes.Com 20 votos a favor e 11 contrários, o colegiado aprovou o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Houve uma abstenção.

Entre os listados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado; o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. O relatório pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de associação criminosa; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos. De acordo com a relatora, Bolsonaro foi o autor intelectual dos atos antidemocráticos.

Eliziane Gama incluiu, também, o nome de diversos outros militares, policiais rodoviários federais e integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de diversos suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe de Estado, durante os atos do 8 de janeiro. “A democracia foi atacada. Massas foram manipuladas com discursos de ódio. Milicianos digitais foram empregados para disseminar o medo, desqualificar adversários e promover ataques ao sistema eleitoral. Forças de seguranças foram cooptadas. Tentou-se corromper, obstruir e anular as eleições. E usam a liberdade de expressão para afogar a expressão”, afirmou a senadora, durante a leitura do documento. O relatório é encaminhado aos órgãos responsáveis pela apuração das responsabilidades, como o Ministério Público Federal. Em sete horas de discussão, parlamentares manifestaram-se a favor e contra os pedidos de indiciamento.

Para os governistas, o relatório traz explicações que antecederam os atos de 8 de janeiro e evidências de que houve uma tentativa de instrumentalizar o Estado, cooptar militares para a derrubada da democracia. A oposição, contrária ao relatório, argumentou que o documento era parcial, tendencioso por não incluir na lista de indiciados integrantes do governo federal, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, que chegou a depor na CPI. Antes de anunciar o resultado, o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), fez um balanço dos trabalhos da comissão, que a questão foi tratada com justiça e de forma imparcial e finalizou destacando que a CPMI não teve o objetivo de descredibilizar as Forças Armadas. “Todos os deputados e senadores que participaram dessa comissão querem o melhor para esse país e são radicalmente contra o que aconteceu em 8 de janeiro deste ano”, disse. “Estamos encerrando sobretudo com esse sentimento: de valorização da nossa democracia e de reconhecimento do papel do Parlamento para trazer essa verdade”.

BRASILEIRÃO – SÉRIE A

Athletico vence o Grêmio de virada e entra no G-6

O Athletico venceu o Grêmio por 2 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira, na Arena do Grêmio, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão se recuperou de dois jogos sem vencer e entrou no G-6, enquanto o Tricolor desperdiçou a chance de assumir a vice-liderança. O Grêmio se manteve na terceira posição, com 44 pontos. Já o Athletico subiu provisoriamente para a quinta colocação, com 44 pontos. O Grêmio volta a campo contra o São Paulo no sábado, às 18h30, no Morumbi. O Athletico encara o Botafogo no mesmo dia, às 21h, no Nilton Santos. Os jogos são válidos pela 28ª rodada.

Cuiabá vence no Couto Pereira e interrompe reação do Coritiba no Brasileirão

O Cuiabá atropelou o Coritiba em pleno Couto Pereira na noite desta quarta-feira, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória auriverde por 3 a 0 contou com gols de Deyverson, Pitta e Raniele. Com a vitória, o Cuiabá ganha uma posição no Brasileirão neste momento e aparece em 10º lugar, com 36 pontos. Já o Coritiba tem reação interrompida após duas vitórias seguidas e segue em 19º lugar, com 20 pontos. O Cuiabá volta a campo no sábado, quando enfreta o Goiás, às 18h30 (de Brasília), na Arena Pantanal, pela 28ª rodada do Brasileirão. Já o Coritiba recebe o Palmeiras no domingo, às 18h30, no Couto Pereira.

Botafogo vence o lanterna América-MG

O Botafogo somou mais três pontos na liderança do Campeonato Brasileiro. Derrotou o América-MG, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira no estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 27ª rodada. Os gols da vitória foram marcados por Júnior Santos. Benítez fez para o Coelho. O Botafogo chegou aos 58 pontos, na liderança do Brasileirão. O vice-líder Bragantino tem 46, mas ainda entra em campo nesta quinta-feira – encara o Santos, na Vila Belmiro. Já o América segue cada vez mais próximo da queda. O lanterna do campeonato soma apenas 18 pontos. O Botafogo volta a campo no próximo sábado. Às 21h, recebe o Athletico-PR no Nilton Santos. No domingo, o América enfrenta o Corinthians, às 18h30, na Neo Química Arena.

Vasco vence o Fortaleza em São Januário

O Vasco venceu o Fortaleza por 1 a 0, nesta quarta-feira, com gol de Payet, em São Januário, pela 27ª rodada do Brasileirão. O meia francês, principal reforço da equipe para a temporada, marcou o primeiro gol dele pelo clube carioca, que fez o time de Ramón Díaz sair do Z4 momentaneamente. A equipe cearense perdeu a invencibilidade de seis jogos na temporada. Com a vitória do Vasco, a equipe de Ramón Díaz chega a 30 pontos e sai momentaneamente do Z4, ao pular para a 16ª posição, igualando a pontuação de Goiás, que venceu o São Paulo, e Santos, que joga nesta quinta-feira contra o Bragantino. O Fortaleza perdeu a chance de dormir no Z4 e se mantém na sétima posição, com 42 pontos. O Leão do Pici pode ser ultrapassado por Fluminense e pelo Atlético-MG, que também ainda jogam na rodada nesta quinta-feira.

Bahia derrota o Inter, segue fora do zona de rebaixamento  

O Bahia derrotou o Internacional, na noite desta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, por 1 a 0, e se manteve longe da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Além disso, o resultado obtido no jogo válido pela 27ª rodada foi péssimo para o Colorado, que viu o Z-4 mais próximo. O atacante Biel marcou o único gol do jogo, ainda no primeiro tempo, e garantiu três pontos fundamentais ao Tricolor na luta contra a degola. Com a vitória, o Bahia chegou a 31 pontos e está na 13ª posição do Brasileirão, após a conclusão parcial da 27ª rodada. Já o Internacional estacionou nos 32 pontos e é o 12º colocado.

Palmeiras enfrenta o Atlético-MG

O Palmeiras enfrenta o Atlético-MG, quinta-feira, 19/10, Campeonato Brasileiro, pela 27ª rodada. Os times vão a campo no gramado do Allianz Parque a partir de 19:00h.

Cruzeiro enfrenta o Flamengo na estreia de Tite 

O Cruzeiro enfrenta o Flamengo, quinta-feira, 19/10, Campeonato Brasileiro, pela 27ª rodada. Os times vão a campo no gramado do Mineirão a partir de 19:00h. O Cruzeiro chega para essa partida com 1 vitória, 3 empates e 1 derrota nos últimos cinco jogos. Do outro lado, o Flamengo vem de uma série de 1 vitória, 3 empates e 1 derrota.

Santos e Bragantino

O Santos enfrenta o Bragantino, quinta-feira, 19/10, Campeonato Brasileiro, pela 27ª rodada. Os times vão a campo no gramado do Vila Belmiro a partir de 20:00h. O Santos chega para essa partida com 3 vitórias e 2 derrotas nos últimos cinco jogos. Do outro lado, o Bragantino vem de uma série de 3 vitórias e 2 empates.

Fluminense enfrenta o Corinthians

O Fluminense enfrenta o Corinthians, quinta-feira, 19/10, Campeonato Brasileiro, pela 27ª rodada. Os times vão a campo no gramado do Maracanã a partir de 21:30h. O Fluminense chega para essa partida com 2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas nos últimos cinco jogos. Do outro lado, o Corinthians vem de uma série de 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Inmet – Instituto Nacional de Meteorologia –  * Notícia Gerada por I.A.* 

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