Trabalhadores nascidos em janeiro podem sacar até R$ 1 mil no FGTS

A partir de hoje (20), os trabalhadores nascidos em janeiro receberão até R$ 1 mil das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Caixa Econômica Federal depositará o dinheiro na conta poupança digital, usada para o pagamento de benefícios sociais e previdenciários. Os valores só podem ser movimentados por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas e a realização de compras virtuais em estabelecimentos não conveniados. O Caixa Tem também permite o saque em caixas eletrônicos e a transferência para a conta de terceiros. O trabalhador precisa ficar atento. A maioria dos cerca de 42 milhões de trabalhadores receberá o dinheiro automaticamente, na conta poupança social digital da Caixa. No entanto, em caso de dados incompletos que não permitam a abertura da conta digital, ele terá de pedir a liberação dos recursos.

Todo o processo para pedir o saque será informatizado. O trabalhador não precisará ir à agência da Caixa, bastando entrar no aplicativo oficial do FGTS, disponível para smartphones e tablets, e inserir os dados pedidos. O aplicativo está dando a opção para o trabalhador pedir o crédito em qualquer conta corrente ou poupança de qualquer banco. A possibilidade, no entanto, só vale para quem aceitar fornecer a foto de um documento oficial para cadastrar a biometria. Pelo calendário divulgado em março, a liberação dos recursos segue cronograma baseado no mês de nascimento do trabalhador. O dinheiro será liberado em etapas até 15 de junho, quando recebem os nascidos em dezembro.

Retirada: Outro ponto a que o trabalhador precisa ficar atento é a retirada do dinheiro. Os recursos estarão disponíveis até 15 de dezembro e voltarão para a conta vinculada do FGTS depois dessa data, caso não sejam gastos, retirados ou transferidos para a conta corrente. O dinheiro não movimentado será restituído ao FGTS com correção pelo rendimento do Fundo de Garantia, correspondente ao período em que ficou parado na conta poupança digital.

Consulta: Para saber se receberá automaticamente o dinheiro ou se precisará pedir o saque, o trabalhador precisa fazer consulta. O processo pode ser feito tanto no site fgts.caixa.gov.br quanto pelo aplicativo FGTS. O site informa apenas a data da liberação e se o crédito será feito de forma automática. O aplicativo tem mais funcionalidades, como a consulta aos valores, a atualização dos dados da conta poupança digital, o pedido para desfazer o crédito e manter o dinheiro na conta do FGTS.

Confira o calendário de depósitos:

Mês de nascimento Data da liberação
Janeiro 20 de abril
Fevereiro 30 de abril
Março 4 de maio
Abril 11 de maio
Maio 14 de maio
Junho 18 de maio
Julho 21 de maio
Agosto 25 de maio
Setembro 28 de maio
Outubro 1º de junho
Novembro 8 de junho
Dezembro 15 de junho

Consulta ao décimo terceiro do INSS está aberta

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem consultar o extrato com os valores e as datas de pagamento do décimo terceiro. O procedimento pode ser feito tanto pelo aplicativo Meu INSS, disponível para celulares e tablets, como pelo site gov.br/meuinss. O decreto com a antecipação do décimo terceiro foi assinado em março. Este será o terceiro ano seguido em que os segurados do INSS receberão o décimo terceiro antes das datas tradicionais, em agosto e em dezembro. Em 2020 e 2021, o pagamento ocorreu mais cedo por causa da pandemia de covid-19. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, o pagamento do décimo terceiro antecipará a injeção de R$ 56,7 bilhões na economia.

Desse total, R$ 28,35 bilhões correspondem à primeira parcela, referente à competência de abril, que será paga entre o fim de abril e o início de maio. O restante corresponde à segunda parcela, da competência de maio, a ser paga no fim de maio e início de junho. A maioria dos aposentados e pensionistas receberá 50% do décimo terceiro na primeira parcela. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro e terá o valor calculado proporcionalmente. O Ministério do Trabalho e Emprego esclarece que os segurados que recebem benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) também têm direito a uma parcela menor do décimo terceiro, calculada de acordo com a duração do benefício. Por lei, os segurados que recebem benefícios assistenciais, como o Auxílio Brasil, não têm direito a décimo terceiro salário.

Servidores do BC suspendem greve, mas mantêm operação-padrão

Em greve desde o dia 1º, os funcionários do Banco Central (BC) aprovaram hoje (19) a suspensão do movimento. Eles, no entanto, continuarão em regime de operação-padrão e manterão as paralisações diárias, das 14h às 18h. A suspensão da greve foi aprovada em assembleia pela categoria. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, os servidores aguardarão duas semanas para que o governo ofereça uma alternativa ao reajuste linear de 5% para todos os servidores públicos. Caso isso não ocorra, a greve poderá ser retomada a partir de 3 de maio. Com a suspensão da greve, as atividades rotineiras do BC, como a divulgação de estatísticas e de relatórios, serão normalizadas gradualmente.

No entanto, os projetos da Agenda BC#, que prevê a modernização do sistema financeiro, continuam parados até que a pauta de reivindicações dos servidores seja atendida. A assessoria de imprensa do BC informou que a divulgação de relatórios será retomada “o mais rápido possível”, mas não especificou datas para a apresentação dos documentos. Em relação à assembleia dos servidores, o BC ressaltou que não comentará a suspensão da greve.. Desde o início da greve, a apresentação de documentos rotineiros foi paralisada, como o boletim Focus (pesquisa semanal do BC com instituições financeiras), o relatório de poupança e o fluxo cambial de março, além das estatísticas do setor externo em fevereiro.

Apesar do conflito na Ucrânia: Guedes diz ser contra sanções e pede permanência da Rússia no FMI

O Brasil parece ignorar o que acontece na Ucrânia e que não há diálogo de paz com a Rússia. Apesar disso o Brasil é contrário às sanções econômicas decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia, disse hoje (19) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em viagem aos Estados Unidos, o ministro pediu a permanência da Rússia no Fundo Monetário Internacional (FMI), mas afirmou que o governo brasileiro condena a invasão da Ucrânia, do “ponto de vista geopolítico”. Guedes participou de reunião do Center for Strategic and International Studies (CSIS), centro de estudos internacionais em Washington. Segundo ele, a Constituição Brasileira só permite que o país apoie sanções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que não ocorreu no atual conflito, em que as sanções foram decididas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por outros países desenvolvidos. Guedes declarou que o Brasil é a favor da construção de “pontes de diálogo” com a Rússia para negociar o fim do conflito.

A declaração está em linha com a afirmação do chanceler Carlos França, que ontem (18) defendeu a permanência da Rússia no G20, grupo das 20 maiores economias do planeta. Na avaliação do ministro, que estará nos Estados Unidos durante toda a semana participando de reuniões do FMI, do Banco Mundial e do G20, uma eventual expulsão da Rússia do FMI poderia agravar o conflito. Segundo Guedes, as regras atuais do Fundo Monetário não permitem a expulsão de nenhum membro e tal iniciativa estimularia uma guerra econômica ainda maior. Guedes, no entanto, disse que o Brasil não apoia a invasão da Ucrânia. “De um ponto de vista geopolítico, o Brasil condena a invasão. Somos o único país do Brics [grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] que condena a invasão”, declarou. O ministro lembrou que o Brasil votou três vezes na ONU contra a ocupação da Ucrânia.

Supremo deve julgar deputado Daniel Silveira nesta quarta-feira

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, deve julgar nesta quarta-feira (20) a ação penal do deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ). Silveira, é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e atacar instituições. Ele chegou a ser preso por divulgar um vídeo com ameaças a ministros do Supremo, mas foi liberado em novembro do ano passado com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais. Silveira resistiu em acatar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que mandou o deputado colocar tornozeleira eletrônica para ser monitorado. Na ocasião, Silveira declarou que não cumpriria a decisão e chegou a se fechar em seu gabinete, na Câmara dos Deputados, na esperança de que a polícia não entrasse no Congresso.

Moraes afirmou que a polícia poderia entrar na Câmara sem notificar a Casa, porque a colocação da tornozeleira não atrapalha o exercício do mandato do parlamentar. Dois dias depois, Silveira concordou em colocar a tornozeleira eletrônica, depois de o ministro do STF impor multa e bloqueio das contas bancárias do deputado. Dias depois, ele foi a uma festa em um clube na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que acabou em agressão a um empresário por dois policiais militares, Victor Hugo Silva e Thiago Freitas, após uma briga por conta do som alto. Silveira, que segundo a vítima era convidado dos policiais, aparece em um vídeo que registra a confusão. O julgamento desta quarta-feira (20) está marcado para às 14h, no plenário do STF. O deputado é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de coação no curso do processo, incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o Supremo e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes da União.

PGR defende que não há indícios para investigar o presidente no caso de pastores do MEC

A Procuradoria-Geral da República defendeu que não há elementos suficientes para abrir uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro pelas suspeitas de irregularidades na distribuição de recursos públicos do Ministério da Educação. A PGR se manifestou por determinação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que é relatora de três pedidos da oposição para que Bolsonaro seja investigado pela crise no MEC. Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (19), a PGR avaliou que o Ministério Público já deu o andamento devido ao caso ao solicitar a abertura de um inquérito para apurar as possíveis irregularidades.

Em seu parecer, a vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, afirmou que uma referência não é capaz de tornar alguém investigado. “Se a mera citação de autoridade com foro de prerrogativa por função pelo investigado não é suficiente para atrair a competência do Supremo Tribunal Federal, depreende-se que tal situação tampouco é capaz de imputar àquele a condição de investigado”, diz a manifestação. No texto, Lindôra sustenta que as supostas irregularidades no ministério já são alvo de inquérito na Corte, aberto a partir de pedido do Ministério Público.

Governo impõe sigilo de 5 anos a registros da viagem do presidente à Rússia

O Itamaraty colocou sob sigilo de 5 anos o acesso aos detalhes de documentos da visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. O registro é referente ao material produzido pela Embaixada do Brasil em Moscou. Em resposta a um Requerimento de Informação encaminhado pela bancada do PSOL na Câmara, o órgão informou que esses dados foram classificados como reservados, por “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais”. A classificação está no artigo 23, e o prazo fixado no artigo 24 da Lei nº 12.527.

Bolsonaro esteve com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, uma semana antes da invasão da Ucrânia. O questionamento foi feito pelo PSOL, que enviou perguntas relativas à viagem, incluindo uma questão sobre debates relativos às tensões entre os dois países e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ao que o Itamaraty respondeu com um comunicado enviado anteriormente à imprensa, que não dá detalhes sobre a conversa. No ofício de resposta, datado de 12 de abril, o ministério disse não ter competência para “comentar eventuais declarações” do presidente. Além de pedir detalhes sobre a agenda do presidente na Rússia, o PSOL questionou sobre a presença do vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) na comitiva. Nesse caso, o Itamaraty disse que a definição sobre o grupo que acompanha o presidente “é da competência da Presidência da República”, e voltou a dizer que a ida do filho do presidente não gerou custos ao governo federal.

O PSOL também perguntou a respeito de conversas com representantes de aplicativos como o Telegram. O questionamento buscava entender se o tema foi debatido, e se o vereador do Rio participou dos encontros. O Itamaraty disse que “não tem conhecimento da realização de eventos dessa natureza” durante a viagem à Rússia. O Ministério das Relações Exteriores também detalhou os gastos com a comitiva. De acordo com o ofício, as diárias custaram US$ 96.850,27, o aluguel de veículos US$ 125.328, e outros US$ 890 foram usados com cerimonial. Já as despesas com intérpretes ficaram em US$ 9.645, e escritório e material de apoio foram US$ 12.595. Já a hospedagem de Bolsonaro “foi integralmente custeada pelo Governo local”.

O governo também já determinou outros sigilos, no ano passado, logo que foi iniciada a vacinação contra a Covid-19, o cartão de vacinação do chefe do Planalto foi colocado em sigilo. À época, a justificativa usada foi de que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” de Bolsonaro. Outro, de 100 anos, foi aplicado sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em julho de 2021. Já em outubro de 2021, o Exército Brasileiro alegou risco ao presidente e impôs sigilo aos documentos que deram permissão para a caçula do presidente, Laura, de 11 anos, ser matriculada excepcionalmente sem passar pelo processo seletivo do Colégio Militar de Brasília.

Adolescentes acreditam que voto pode mudar a realidade, diz Unicef

Nove em cada dez adolescentes acreditam que o voto tem poder para transformar a realidade. Além disso, dois em cada três disseram que pretendem votar nas eleições deste ano, segundo pesquisa divulgada hoje (19) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O prazo para que adolescentes tirem o título de eleitor e votem nas eleições deste ano termina no dia 4 de maio. No Brasil, o voto é obrigatório a partir dos 18 anos de idade, mas adolescentes de 16 e 17 anos e aqueles de 15 anos que completam 16 anos até o dia 2 de outubro – data do primeiro turno das eleições de 2022 – também podem tirar o título de eleitor e participar do processo eleitoral.

Para entender melhor esse público, o Unicef e a organização da sociedade civil Viração Educomunicação realizaram uma pesquisa online com 3,1 mil adolescentes de 15 a 17 anos de todas as regiões do país. Nela, 64% afirmam que vão votar este ano, 21% ainda não sabem dizer e 15% disseram que não vão comparecer às urnas. Quando perguntados sobre a importância dessa participação, nove em cada dez adolescentes afirmam que o voto tem poder para transformar a realidade. Entre os que disseram que não vão votar neste ano, apenas 10% afirmam que, de fato, não querem votar. Outros 17% disseram que não conseguirão tirar o título de eleitor a tempo e 69% afirmaram não ter idade suficiente. Entre quem disse não ter idade suficiente, havia adolescentes de 15 que não completarão 16 anos até outubro, mas também alguns de 16 e 17 anos, que poderiam votar, mas não tinham essa informação. Quando perguntados sobre o que pensam a respeito de outros adolescentes e jovens que não tiraram o título, os entrevistados colocam algumas hipóteses.

Para 25% dos adolescentes que participaram da consulta pública, o desinteresse pela política institucional é o principal motivo pelo qual tantos jovens ainda não tiraram o título de eleitor. Para 20%, o principal motivo é o pouco conhecimento sobre política e outros 20% acreditam que é por não considerarem que votar seja algo importante. Além disso, 15% acreditam que a baixa porcentagem de adolescentes aptos a votar se deve ao fato de não se sentirem representados pelos possíveis candidatos e candidatas, 13% por não saberem que podem votar e como tirar título e outros 7% alegaram outros motivos. A enquete foi realizada virtualmente pelo WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger, por meio de um chatbot. A pesquisa faz parte do U-Report Brasil, projeto que conta com mais de 140 mil adolescentes e jovens inscritos. Segundo o Unicef, não se trata de pesquisa com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais de adolescentes e jovens que se cadastraram na plataforma.

Adolescentes sem título: Em fevereiro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou o menor número de adolescentes com título de eleitor desde a conquista do direito ao voto para essa faixa etária na Constituição de 1988: pouco mais de 13% estavam aptos para votar nas eleições deste ano naquele momento. Foram feitas campanhas de conscientização e esse número aumentou. De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 15 a 17 anos de idade, cujo voto é facultativo. Em março, esse número subiu para 1,050 milhão – ainda abaixo do registrado em 2018 quando 1,4 milhão de jovens entre 15 e 17 anos tinham o título.

Casos de dengue em todo o país aumentam 95% em relação a 2021

O número de casos prováveis de dengue, em todo o país, quase dobrou desde o começo do ano comparado ao mesmo período de 2021, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano.

Para a segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, dois fatores podem explicar esse aumento considerável. O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E, como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor. Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início as duas doenças têm sintomas parecidos.

Muito acima da média nacional, a Região Centro-Oeste apresenta taxa superior a 700 casos de dengue por 100 mil habitantes, com destaque para as capitais Goiânia, Brasília e Palmas. É na capital federal onde mora o fotógrafo Raphael Padilha, que teve dengue logo após se curar da covid-19, em fevereiro. Assustado com os sintomas, chegou a desconfiar de complicações da covid-19. Raphael conta que, na região onde vive, está havendo surto de dengue e que nem o filho mais novo, de quase 2 anos, ficou ileso. O boletim do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, está confirmada a morte de 112 pessoas, das 280 que desenvolveram agravamento da dengue no país. Os registros ocorreram, principalmente, nos estados de São Paulo, seguido de Goiás, Bahia, Santa Catarina e Minas Gerais. Além disso, mais de 170 mortes ainda são investigadas e podem estar associadas à dengue.

Conselhos de Saúde questionam fim da emergência da pandemia

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional  de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram ofício ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) questionando o anúncio de que a pasta irá publicar norma para decretar o fim do estado de emergência de saúde pública de importância nacional em decorrência da pandemia da covid-19. As entidades manifestam preocupação com o “fim abrupto” da emergência. Segundo elas, há um conjunto de leis, regras e políticas públicas vinculadas a essa situação que afetam estados e municípios.

Outro impacto negativo mencionado pelas entidades é o fato de haver leis e decretos estaduais e municipais baseados nessa condição, que teriam de ser ajustados e atualizados. Os conselhos destacam que o enfrentamento da pandemia envolveu ampliação de políticas, celebração de contratos com fornecedores e contratação de profissionais. “É imperativa a readequação dos serviços e o remanejamento dos profissionais, além da adequação de contratos já celebrados e que estão em andamento, o que demandará considerável esforço dos municípios e dos estados, o que não poderá ser concluído em curto espaço de tempo”, ressalta o ofício.

As entidades lembram que a pandemia não acabou, razão pela qual a manutenção de políticas para combater a circulação do vírus, para ampliar a vacinação e para mitigar novas infecções ainda se fazem necessárias. “Sob o risco de desassistência à população, solicitamos ao Ministério da Saúde que a revogação da Portaria MS/GM nº 188, de 03 de fevereiro de 2020, estabeleça prazo de 90 (noventa) dias para sua vigência e que seja acompanhada de medidas de transição pactuadas, focadas na mobilização pela vacinação e na elaboração de um plano de retomada capaz de definir indicadores e estratégias de controle com vigilância integrada das síndromes respiratórias”, defendem o Conass e o Conasems.

Covid-19: Brasil tem 30,2 milhões de casos e 662,1 mil mortes

O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 30.275.219. Em 24 horas, foram confirmados mais 14.131 novos casos de covid-19. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde contabilizava 30.261.088 casos acumulados. O número de pacientes com covid-19 em acompanhamento está em 314.220. O termo é usado para designar casos notificados da doença nos últimos 14 dias em que o paciente não teve alta, nem evoluiu para morte.

Já as mortes em decorrência de problemas associadas à covid-19 somam 662.151. Entre ontem e hoje, foram registrados 125 óbitos. Até ontem, o painel de informações sobre a pandemia marcava 662.026 vidas perdidas. Ainda há 3.133 mortes em investigação, o que ocorre nos casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa do óbito ainda demanda exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 29.298.848 pessoas recuperaram-se da covid-19, o que corresponde a 96,5% dos infectados desde o início da pandemia. Os dados estão na atualização divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (19), na qual são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de Saúde sobre casos e mortes associados à covid-19. Os dados de São Paulo e Mato Grosso do Sul não foram incluídos no balanço de hoje.

Boletim epidemiológico 19.04.2022
Boletim epidemiológico 19.04.2022 – Ministério da Saúde

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Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, até o momento, São Paulo é o estado que registra o maior número de mortes pela doença: 167.854, conforme dados de ontem. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com 73.176 óbitos; Minas Gerais, com 61.125; Paraná, com 43.047; e Rio Grande do Sul, com 39.219. Já os estados com menos óbitos resultantes da covid-19 são o Acre, com 1.996; o Amapá, com 2.129; Roraima, com 2.147; Tocantins, com 4.148, e Sergipe, com 6.340.

SC: Estado confirma 1.693.019 casos, 1.668.008 recuperados 21.728 mortes

O Governo do Estado informou que há 1.693.019 casos confirmados de Covid-19, sendo que 1.668.008 estão recuperados e 3.283 continuam em acompanhamento. O número foi divulgado nesta terça-feira, 19. Desde o início da pandemia, 21.728 óbitos foram causados pelo novo coronavírus. A taxa de letalidade atual é de 1,28%.

Houve mais 3 óbitos registrados em relação à última atualização diária. A quantidade de casos confirmados aumentou 1.079 e outras 924 pessoas passaram a ser consideradas recuperadas, segundo estimativa do Governo do Estado. Registrou-se um crescimento de 152 no número de casos ativos.

>>> Confira aqui o boletim diário desta terça-feira, 19
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

Estima-se que haja 81 municípios com o número de casos ativos zerado. A região com a maior quantidade de casos ativos hoje, proporcionalmente à população, é a Grande Florianópolis, que tem 95 para cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Serra (78) e Laguna (62). As que menos têm são Alto Uruguai Catarinense (10), Foz do Rio Itajaí (16) e Médio Vale do Itajaí (23).

Atualmente, há 833 leitos de UTI Adulto ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 719 estão ocupados, sendo 30 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A taxa de ocupação de UTI Adulto é de 86,3%.

Com homicídios em queda, 77% das cidades catarinenses não registram mortes violentas no primeiro trimestre

As mortes violentas estão em queda em Santa Catarina. No primeiro trimestre de 2022, a redução no número de homicídios foi de 16% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre as 295 cidades catarinenses, 226 não tiveram registro de assassinatos. O número representa 77% do total.

O governador Carlos Moisés observa que mesmo com o aumento da circulação de pessoas nas ruas neste ano, a criminalidade violenta está em queda. Ele lembra que, durante o primeiro trimestre de 2021, o estado sofria com um dos piores momentos da pandemia de Covid-19. Por conta disso, ele ressalta o trabalho realizado pelas forças de segurança catarinenses.

“Eu costumo dizer – e os números provam isso – que nós temos as melhores polícias do Brasil. As mortes violentas caíram de forma paulatina desde que assumimos o Governo do Estado, em 2019. Isso é fruto do trabalho dos nossos agentes, que foram valorizados com a entrega de novos equipamentos, o que lhes garantiu mais qualidade para desempenhar o serviço policial”, afirma o governador.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, destaca que o trabalho coordenado das forças de segurança tem mostrado resultados para a sociedade. Ele lembra que, no último ano, Santa Catarina já teve a menor taxa de homicídios da série histórica, iniciada em 2008.

“Queremos seguir reduzindo esses números. Desde a criação do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, as nossas instituições trabalham de forma integrada. Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Científica estão de mãos dadas. Fazemos reuniões semanais para acompanhar os nossos índices e fazer as correções necessárias. Esse é um modelo de excelência, que outros estados já estão buscando copiar”, afirma Giovani.

O presidente do Colegiado ainda acrescenta o investimento histórico feito na Segurança Pública pela atual gestão. No total, serão aplicados R$ 343 milhões pelo Programa SC Mais Segura. “O investimento já está em andamento e com isso podemos aprimorar nossa inteligência e nos tornar mais eficientes no combate ostensivo à criminalidade e na proteção do cidadão”, explica.

Saúde confirma mais 1.735 casos de Covid-19 e 11 óbitos no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (19) mais 1.735 casos e 11 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os números não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.425.622 casos e 42.814 óbitos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de abril (1.102), março (96), fevereiro (159) e janeiro (309) de 2022; dezembro (2), novembro (5), outubro (19), setembro (3), agosto (2), julho (3), junho (2), abril (22), março (6) de 2021; novembro (1), agosto (1) e julho (1) de 2020. Os óbitos são de abril (6), março (2), fevereiro (2) de 2022; e maio (1) de 2021.

INTERNADOS – 130 pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeito de Covid-19 estão internados em leitos SUS (58 em UTI e 72 em leitos clínicos/enfermaria).

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 11 pacientes. São quatro mulheres e sete homens com idades de 46 a 89 anos. Os óbitos ocorreram entre 31 de maio de 2021 e 18 de abril de 2022. Os pacientes que foram a óbito residiam em Maringá (3), Ibaiti (3) e Kaloré (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Londrina, Corbélia e Alvorada do Sul.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 10.838 casos de não residentes no Estado – 233 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo.

Com aumento de casos, Paraná declara epidemia de dengue

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) declarou nesta terça-feira (19) situação de epidemia de dengue no Paraná devido ao aumento do número de casos. De agosto de 2021 até o momento, o Estado contabiliza mais de 80 mil notificações e cinco mortes pela doença. O boletim divulgado hoje registra 14.964 novas notificações em relação à semana anterior. “Em cada boletim semanal os números apontavam para este desfecho. Apesar do nosso constante monitoramento, por parte da Vigilância Ambiental, os números subiram e agora precisamos reverter a situação. Não queremos que os casos aumentem e, principalmente, que ocorram novos óbitos”, destacou o secretário de Estado da Saúde, César Neves. “Já realizamos um trabalho efetivo de combate à doença, com apoio da sociedade, e convocamos a população novamente para este enfrentamento”.

De acordo com a Sesa, os números do boletim semanal da dengue mostram que os casos prováveis e confirmados estão acima do esperado para o período epidemiológico – por isso a configuração de um cenário epidêmico. São 80.004 casos notificados, 14.964 a mais em relação à semana anterior. Os dados são do 34º Informe Epidemiológico, do atual período sazonal da doença, que iniciou em 1º de agosto e segue até julho de 2022.

O documento informa ainda que 365 municípios possuem casos notificados, sendo que 287 tiveram confirmações. Em uma semana foi registrado o aumento de 39,86% nos casos confirmados, passando de 16.560 para 23.161, sem registro de novos óbitos. As Macrorregiões Oeste e Norte concentram maior o maior número de casos confirmados. Francisco Beltrão, Medianeira, Arapongas, Cascavel, Salto do Lontra, Ampére, Catanduvas, Iracema do Oeste e Realeza foram os municípios com mais casos confirmados nas últimas seis semanas.

EPIDEMIA – Epidemia é a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois se extingue após um período. O Diagrama de Controle é um dos métodos utilizados para a verificação de ocorrência de uma epidemia. Ele consiste na representação gráfica, considerando uma série histórica de 12 anos, sugerindo limites máximo e mínimo de casos absolutos esperados. Entre 2019 e 2020, o Paraná enfrentou uma das piores epidemias de dengue da sua história, desde que começou a ser monitorada, em 1991. Naquele período foram registrados 227.724 casos confirmados da doença, com 177 mortes. Até então, o pior período havia sido entre 2015 e 2016, com pouco mais de 56 mil casos e 61 mortes.

Rússia aumenta ataques à Ucrânia em nova ofensiva no leste ucraniano  

Sem conseguir conquistar territórios na Ucrânia, a Rússia aposta todas as fichas nos ataques desta semana, que Moscou chamou de “segunda fase” da guerra, com foco no leste do território invadido. Só nesta terça-feira (19), tropas russas quadruplicaram o número de bombardeios em território ucraniano na comparação com o dia anterior, a grande maioria deles no leste do país. De acordo com o Ministério da Defesa russo, suas tropas realizaram 1.260 ataques durante a madrugada. O número é quatro vezes maior que os 315 ataques feitos na véspera, uma quantidade já bastante superior aos dias anteriores.

O governo ucraniano também disse que identificou a nova fase da guerra da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que as novas ofensivas na região do Donbass já começaram. A ofensiva é vista como decisiva para o desfecho da guerra, porque pode culminar tanto na conquista para a Rússia de territórios do leste da Ucrânia como em um grande rombo no orçamento de Moscou. O governo russo deslocou quase todo seu Exército e armamento de guerra para a região, e pode ainda sofrer mais sanções em decorrência dos novos ataques. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira (19) prever um desdobramento significativo da nova fase. “Outra etapa desta operação (no leste da Ucrânia) está começando e estou certo de que este será um momento muito importante de toda esta operação especial”, declarou.

Brasileiro: Flamengo e Palmeiras medem forças no Maracanã

Os últimos campeões da Copa Libertadores se enfrentarão, a partir das 19h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20), no estádio do Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. Em partida adiantada da quarta rodada da competição, Flamengo e Palmeiras medirão forças num estádio que terá apenas torcedores rubro-negros. O clube carioca exercerá o direito de reciprocidade, já que em 2019, em uma partida no Allianz Parque, apenas palmeirenses puderam acompanhar o confronto in loco. A equipe da Gávea vem de vitória de 3 a 1 sobre o São Paulo, em partida disputada no último domingo (17) também no Maracanã. O resultado deixou a equipe na 4ª posição da classificação do Brasileiro com quatro pontos.

Botafogo estreia na Copa do Brasil diante do Ceilândia

O Botafogo estreia na atual edição da Copa do Brasil nesta quarta-feira (20), quando enfrenta o Ceilândia a partir das 21h30 (horário de Brasília) no estádio Mané Garrincha pela terceira fase da competição nacional. Se o Botafogo estreia na Copa do Brasil apenas na terceira fase, por chegar na condição de campeão da Série B do Brasileiro, o Ceilândia disputou as duas fases anteriores da competição, deixando para trás o Avaí (na segunda fase) e o Londrina (na primeira). Botafogo e Ceilândia disputam a partida de volta no dia 12 de maio, a partir das 21h30, no estádio Nilton Santos.

Fluminense vence o Vila Nova na Copa do Brasil

Em um jogo de altos e baixos no estádio do Maracanã, o Fluminense saiu vitorioso pelo placar de 3 a 2 sobre o Vila Nova, na noite desta terça-feira (19), pela ida da terceira fase da Copa do Brasil.Agora, as equipes voltam a se encontrar no dia 11 de maio, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Para chegar às oitavas de final, o Fluminense pode até mesmo perder por um gol de diferença. O Tigre tem que superar seu adversário por dois gols de vantagem para se classificar direto. Em caso de vitória dos goianos por apenas um gol de diferença, a vaga será definida na disputa de pênaltis.

América-MG derrota CSA e fica perto das oitavas

O América-MG iniciou muito bem a sua caminhada na edição 2022 da Copa do Brasil, pois derrotou o CSA por 3 a 0, na noite desta terça-feira (19) no estádio Rei Pelé, em Maceió, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Bahia empata com o Azuriz em Salvador

Se o América-MG venceu fora de casa, o Bahia não passou de um empate sem gols com o Azuriz (Paraná) em plena Arena Fonte Nova. Agora, as equipes voltam a jogar no dia 10 de maio para definir quem fica com a vaga para as oitavas.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná  

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