Receita abre consulta a lote residual de restituição do IR

Cerca de 179 mil contribuintes que haviam caído na malha fina e acertaram as contas com o Fisco receberão R$ 250 milhões. A Receita Federal abre hoje (17) consulta ao lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física. A consulta pode ser feita a partir das 10h, na página da Receita na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones. O pagamento será feito em 28 de fevereiro, na conta informada na declaração do Imposto de Renda. Ao todo, 179.065 contribuintes que declararam em anos anteriores foram contemplados. Desse total, 4.256 têm mais de 80 anos, 30.651 têm entre 60 e 79 anos, 2.977 têm alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 10.146 têm o magistério como principal fonte de renda.

Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato. Se verificar pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina. Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Caso o contribuinte não resgate sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

Presidente confirma mínimo de R$ 1.320 e isenção do Imposto de Renda de R$ 2.640

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmoSu ontem (16) que o governo vai aumentar o salário mínimo para R$ 1.320 em maio. Na mesma ocasião, segundo Lula, deve ser divulgada a nova faixa de isenção do Imposto de Renda, que passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.302, conforme medida provisória editada em meados de dezembro pelo governo anterior. Esse valor considera a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido de ganho real de aproximadamente 1,4%. Entretanto, o valor aprovado pelo Congresso Nacional no Orçamento Geral da União de 2023 é de R$ 1.320, mas, para entrar em vigor, depende de uma nova medida provisória do Executivo. A preocupação do governo é com a insuficiência de recursos para bancar o novo valor e uma proposta está sendo negociada pela equipe econômica.

Apesar de a Emenda Constitucional da Transição ter assegurado R$ 6,8 bilhões para o salário mínimo de R$ 1.320, a forte liberação de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos últimos meses do ano passado resultou em um impacto fiscal maior que o previsto. Vários benefícios sociais e trabalhistas, como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros, também são atrelados ao piso nacional, devendo ser corrigidos. “Estamos aumentando o salário mínimo para R$ 1.320 em maio e vamos recuperar a regra em que o salário, além da reposição inflacionária, terá o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, escreveu, em publicação nas redes sociais.

Para o presidente o salário mínimo precisa subir de acordo com o crescimento da economia, em equivalência ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). Para isso, em janeiro, instituiu um grupo de trabalho para a elaboração de uma proposta que trata da Política de Valorização do Salário Mínimo, que trará uma fórmula de cálculo permanente para o piso nacional. Em 2007, durante o primeiro governo Lula, foi pactuada uma política de valorização, que foi abandonada em 2019. Ela previa o reajuste do salário mínimo contemplando o INPC do ano anterior mais o PIB de 2 anos antes. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em janeiro de 2023 o salário mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência) de uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 6.641,58.

Imposto de renda: Também pelas redes sociais, Lula confirmou o reajuste da tabela do imposto (IR) de renda. Segundo o presidente, a faixa de isenção passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 e progredirá até chegar a R$ 5 mil. A falta de correção da tabela nos últimos anos vai fazer com que, em 2023, pessoas que recebem um salário mínimo e meio tenham de pagar imposto pela primeira vez. A última atualização foi feita em 2015. Com o valor do mínimo em R$ 1.302, quem ganha um salário e meio ganha R$ 1.953, acima, portanto, da faixa de isenção. A correção da tabela do imposto de renda é um dos pontos centrais na agenda econômica do novo governo e promessa de campanha de Lula. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a pasta já finalizou a proposta para o reajuste do IR. “E vamos começar a isentar o imposto de renda a partir de R$ 2.640. E vamos ir progredindo até chegar aos R$ 5 mil. Quando a gente vai discutir imposto de renda, a gente percebe que quem ganha R$ 6 mil paga mais proporcionalmente do que quem recebe mais”, escreveu o presidente.

Alimentação e combustível representam 41% do orçamento dos brasileiros

Pesquisa sobre os Hábitos de Consumo no Brasil, feita pela Elo, uma das principais empresas de tecnologia de pagamentos do país, gerida pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica e Bradesco, revela que os brasileiros destinam até 46% da renda doméstica para as contas de alimentação e combustível. A pesquisa reúne fontes de dados de 2020 até o final de 2022, considerando mais de 43 milhões de cartões ativos da marca e a média anual de mais de 4,5 bilhões de transações financeiras gerenciadas pela empresa, em todos os estados do país.Em relação aos gastos essenciais, por exemplo, alimentação e combustível mostraram peso de 41% no orçamento doméstico, para todas as faixas de renda, nos últimos 12 meses, em comparação aos 12 meses anteriores. Para os brasileiros de baixa renda a margem sobe para 46% no período, sendo que as compras presenciais, nessa faixa de renda, atingem quase 98%. Entre os mais ricos, alimentação e combustível têm peso de 26% no orçamento.

Em relação às compras feitas no comércio eletrônico, a sondagem apurou que houve expansão de 44% nos gastos pelo público de maior renda após a pandemia do novo coronavírus. Enquanto os mais ricos e a classe média gastaram pelo menos R$ 199 por compra, na classe de menor poder aquisitivo, o valor caiu para R$ 59 por compra. O valor médio desse tipo de transações evoluiu 23% no período pesquisado. De acordo com a pesquisa, a opção por compras online é a favorita dos brasileiros de qualquer classe econômica, revelando que 91% das compras no comércio digital são feitas no crédito. “A digitalização se tornou protagonista na vida dos brasileiros, abrangendo os hábitos de consumo, trabalho, socialização, alimentação, transporte e entretenimento. Nossa pesquisa mostra que a transição para pagamentos não presenciais ou digitais tem se propagado rapidamente para novos setores e categorias, incluindo onde o consumo sempre foi historicamente presencial”, afirmou o presidente-executivo da Elo, Giancarlo Greco.

Banco Central tem prejuízo de R$ 298,5 bilhões em 2022

Depois de registrar lucro recorde de R$ 85,9 bilhões em 2021, o Banco Central (BC) teve prejuízo de R$ 298,5 bilhões em 2022. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (16) o balanço da instituição no ano passado. Em 2022, houve prejuízo de R$ 326,5 bilhões referente a operações cambiais, como swap (venda de dólares no mercado futuro) e variação das reservas internacionais. Isso ocorre porque o dólar caiu 5,32% no ano passado, o que provoca perdas na hora de converter as operações cambiais em reais. O prejuízo só não foi maior porque o Banco Central teve lucro operacional (ganhos com o exercício da atividade) de R$ 28 bilhões no ano passado. Ao somar os resultados cambiais e operacionais, chega-se ao prejuízo de R$ 298,5 bilhões.

Por causa da legislação de 2019, que regulamenta a relação entre o Banco Central e o Tesouro, a destinação dos lucros da autoridade monetária mudou. Do prejuízo total, o Tesouro terá de cobrir somente R$ 36,6 bilhões com títulos públicos. Do restante, R$ 179,1 bilhões serão cobertos com uma reserva de lucros de anos anteriores e R$ 82,8 bilhões, por meio de redução de patrimônio do BC. O último resultado negativo apurado pelo BC tinha sido referente ao segundo semestre de 2020, quando houve prejuízo de R$ 33,6 bilhões. Na ocasião, o Tesouro não precisou cobrir a perda porque o BC quitou o resultado negativo com as reservas de lucros anteriores. Em 2021, a Lei Complementar 179 <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp179.htm> alterou a apuração de resultado do BC de semestral para anual.

Governo adapta Orçamento de 2023 à nova estrutura ministerial

O Ministério do Planejamento e Orçamento remanejou recursos do Orçamento da União de 2023 para adaptá-lo à nova configuração do governo federal, que passou de 23 para 37 ministérios. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Em nota, a pasta explicou que a portaria ajusta programações orçamentárias no valor de R$ 965 bilhões, inclusive de emendas de comissão e de bancada estadual. O valor total do Orçamento da União de 2023 é de R$ 5,2 trilhões. “Na prática, por exemplo, essa alteração orçamentária redistribui o orçamento antes alocado no Ministério da Economia para os Ministérios da Fazenda; do Planejamento e Orçamento; da Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços”, diz.

Ainda segundo o ministério, outros ajustes à programação orçamentária poderão ser realizados para adequação do orçamento às competências de cada pasta e às necessidades da sociedade brasileira. “Destaque-se que as modificações decorrentes desta alteração orçamentária não trarão prejuízo ao cumprimento dos limites para as despesas primárias estabelecidos pela Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016 [teto de gastos], e nem à obtenção da meta de resultado primário fixada para o corrente exercício, por não alterar montante dessas despesas”, explicou. As dotações orçamentárias dos órgãos na nova estrutura do governo federal estão disponíveis no site do ministério e poderão ser consultadas também no Painel do Orçamento.

Governo poderá empenhar R$ 66,6 bi em gastos discricionários até março

Até março, o governo poderá empenhar (autorizar) R$ 66,6 bilhões de gastos discricionários (não obrigatórios). O limite consta do Decreto 11.415/2023, publicado ontem (16) em edição extraordinária do Diário Oficial da União. Embora não sejam obrigatórios, os gastos discricionários estão relacionados à execução de serviços públicos, ao compreenderem despesas como contas de água, luz, internet, telefone, material de escritório, aluguel e tecnologia da informação de órgãos públicos. Para este ano, o Orçamento Geral da União destina R$ 194,8 bilhões a esses recursos.

Em nota, o Planejamento explicou que a limitação não significa bloqueio ou contingenciamento de gastos. Segundo a pasta, o limite de R$ 66,6 bilhões pretende “promover uma gestão fiscal planejada” e foi decidido por “questão prudencial”. A pasta esclareceu que qualquer bloqueio ou contingenciamento só ocorrerá a partir do primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para 22 de março. Pela legislação, o decreto com a programação anual deve ser publicado até 30 dias após a sanção do Orçamento Geral da União.

Exportações do agronegócio batem recorde em janeiro

Pela primeira vez na história, as exportações do agronegócio ultrapassaram US$ 10 bilhões em meses de janeiro. No mês passado, o segmento vendeu ao exterior US$ 10,23 bilhões, crescimento de 16,5% em relação a janeiro de 2022 e o melhor resultado da história para o mês.Os números foram divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Em janeiro, o agronegócio respondeu por 44,4% das exportações brasileiras. De acordo com a pasta, o valor recorde decorreu do aumento de 10,5% nos preços de exportação e de 5,5% da quantidade embarcada. As importações do agronegócio totalizaram US$ 1,54 bilhão em janeiro, alta de 38,3% na comparação com janeiro de 2022 (US$ 1,12 bilhão). O valor compreende apenas alimentos, não insumos utilizados na produção agropecuária, como fertilizantes, defensivos, peças e equipamentos.

Principais destaques: O maior destaque no recorde de exportações foi o milho, cujas vendas para o exterior somaram US$ 1,8 bilhão, alta de 166,4%. O volume exportado correspondeu a 6,2 milhões de toneladas, recorde para meses de janeiro. Segundo o Ministério da Agricultura, diversos fatores influenciaram o resultado. A pasta cita o ritmo lento da colheita de soja, que viabilizou a logística de transporte para o cereal; a continuidade do conflito na Ucrânia, que reduziu a produção de um importante fornecedor mundial de milho; e a demanda da China, a partir da autorização para comercialização em novembro do ano passado.

As vendas externas de carne (bovina, suína e de frango) atingiram quase US$ 2 bilhões e também bateram recorde para meses de janeiro. As exportações de frango foram favorecidas pela gripe aviária em outras regiões do planeta, o que aumentou a quantidade embarcada pelo Brasil. Além disso, a demanda chinesa por carne continuou alta, influenciada pelas comemorações do ano-novo lunar no país asiático. Com alta de 68% em relação a janeiro do ano passado, as exportações de açúcar totalizaram US$ 870 milhões. Os principais compradores foram Argélia, Nigéria, Marrocos, Egito e China.

Governo estuda novo fechamento do espaço aéreo em terra yanomami

O governo federal estuda fechar novamente o espaço aéreo no território indígena dos Yanomami, em Roraima, informou hoje (16) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.Corredores humanitários de voo foram abertos com o objetivo de permitir a saída dos garimpeiros da terra indígena. A abertura do espaço aéreo teria validade até o dia 13 de fevereiro, mas foi prorrogada para o dia 6 de maio.

O novo fechamento do espaço aéreo, que deve ser adotado até próxima semana, visa acelerar a saída dos garimpeiros ilegais que ainda estão na região. Na avaliação do Ministério da Justiça, da Força Nacional e da Polícia Federal, a prorrogação da abertura do espaço aéreo está gerando lentidão para a saída. Além do fechamento do espaço aéreo, o ministro disse ainda que tanto a Força Nacional quanto a Polícia Federal têm intensificado as ações para apreensão e inutilização de equipamentos dos garimpos.

“Na quarta-feira próxima, eu e o ministro da Defesa, José Múcio, vamos fazer uma nova reunião para planejamento das próximas etapas e provavelmente haverá um novo fechamento do espaço aéreo sobre o território yanomami nas próximas semanas. Estamos avaliando, a PF junto conosco, a Força Nacional e o Ministério da Defesa, de que esse novo fechamento deve ser antecipado para agilizar a saída de garimpeiros que ainda permanecem, em pequeno número, no território yanomami nesse momento”, afirmou.

Conflito na Bahia: Sobre o conflito envolvendo indígenas pataxó e fazendeiros no sul da Bahia, Dino disse que o ministério está em tratativa com o governo da Bahia para autorizar a atuação da Força Nacional. Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de 2021, determinou que o uso da Força Nacional nos estados só pode ocorrer após autorização dos governadores. Em janeiro, dois indígenas Pataxó foram assassinados, no extremo sul da Bahia. Após o crime, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o envio da Força Nacional. “Consultamos o estado da Bahia e estão ocorrendo reuniões entre os ministérios e o governo do estado para definir se a Força Nacional participa e em que termos”, disse Dino, acrescentando que a PF tem atuado em parceria com a Polícia Civil da Bahia na investigação do caso.

Caso Marielle: O ministro anunciou ainda a criação de uma força-tarefa, com a participação da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro, para investigação do caso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018. A decisão foi tomada após Flávio Dino se reunir com o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, nesta quarta-feira (15). “Ela [a investigação] terá desdobramentos mediante essa cooperação definida com a designação de uma força-tarefa de promotores e da Polícia Federal para evolução das investigações desse terrível homicídio”, disse. “Não estamos abandonando a tese da federalização, estamos suspendendo a tese da federalização para, neste momento, privilegiarmos o trabalho conjunto entre a esfera federal e a esfera estadual”.

Aporte dos EUA ao Fundo Amazônia será definido em semanas

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, afirmou na quarta-feira (15), durante coletiva de imprensa, em Brasília, que a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos vão definir nas próximas semanas o valor que será aportado ao Fundo Amazônia. “O Fundo Amazônia, que ficamos muito felizes agora de fazermos parte, o Congresso dos EUA vai tomar decisões e eles farão a determinação dos valores exatos autorizados. Primeiro, a Casa Branca, seguida pelo Senado, vão trabalhar juntos para estabelecer esses valores exatos. Nas próximas semanas, esse valor será divulgado”, afirmou. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, em Washington, com o presidente dos EUA, Joe Biden. Após o encontro, o governo norte-americano anunciou a intenção de contribuir com o fundo. O fundo conta atualmente com recursos de R$ 5,4 bilhões. Desses, R$ 1,8 bilhão foram contratados e há 14 projetos do Edital de 2018 qualificados para serem aprovados.

O Fundo Amazônia tem objetivo de financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma. O mecanismo de financiamento havia sido desativado no governo passado e foi reativado agora após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro, na gestão de Jair Bolsonaro, apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo. Ontem (15) uma reunião no Rio de Janeiro marcou a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), presidido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O comitê estava parado desde 2018.

TCU vai apurar gastos de Bolsonaro com cartão corporativo

Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) vão avaliar os gastos que a Presidência da República realizou no cartão corporativo, de agosto a outubro de 2022. A abertura do processo de fiscalização foi aprovada nesta quarta-feira (15) e atende a um pedido do Congresso Nacional. O objetivo da solicitação apresentada pelo então deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) é verificar a legalidade e a legitimidade das despesas sigilosas que membros diretos da equipe presidencial realizaram no período, usando o cartão corporativo. Derrotado nas últimas eleições, quando disputou um novo mandato como deputado, Vaz foi nomeado Secretário de Assuntos Legislativos do atual Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Além dos órgãos da Presidência da República, tais como a Secretaria-Geral, o Gabinete Pessoal do presidente e o Gabinete de Segurança Institucional, a fiscalização também incidirá sobre a atuação do Banco do Brasil, instituição à qual está ligado o cartão corporativo. No requerimento inicial, aprovado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, Vaz aponta que, nos três meses que antecederam as eleições de 2022, houve um “expressivo aumento de gastos” dos recursos públicos federais destinados a custear as despesas da equipe direta do ex-presidente Jair Bolsonaro. No pedido de fiscalização que apresentou ao TCU, Vaz alegou que os gastos da presidência com despesas sigilosas nos três meses que antecederam a eleição ultrapassaram os R$ 9,18 milhões – o que representa uma média mensal de pouco mais de R$ 3 milhões. Valor que, de acordo com o parlamentar, corresponde a um aumento de 108% em comparação aos cerca de R$ 1,57 milhão de gasto médio mensal entre janeiro e o início de novembro do ano passado.

Campanha: Ao acatar o pedido do então deputado, o TCU salientou a importância de, oportunamente, e considerando a inflação do período, comparar as despesas realizadas com o cartão corporativo desde 2018, a fim de responder se houve, de fato, um aumento injustificável das despesas às vésperas da eleição. Além disso, para responder se as despesas discriminadas podem ser consideradas gastos indevidos de campanha, os técnicos do TCU precisarão confrontar os compromissos oficiais que Bolsonaro cumpriu na Presidência da República com os eventos de campanha dos quais participou como candidato, de agosto a outubro. “Estes dados devem ser comparados com outros documentos que evidenciam os gastos, a exemplo de extratos de pagamentos do Cartão de Pagamento do Governo Federal; documentos relativos à liquidação de despesas; notas fiscais e recibos; relatórios de prestação de contas, com metodologia a ser definida após o recebimento destas informações, consoante a qualidade e quantidade de dados a serem tratados”, detalha o relatório elaborado pela equipe do ministro Antonio Anastasia, relator do acórdão a que a Agência Brasil teve acesso. “Convém registrar que a legislação brasileira permite que o presidente [da República] possa participar de eventos de campanha eleitoral concomitantemente com o exercício do cargo”, lembra o documento. “Não há vedação à participação do candidato à reeleição presidencial em eventos de campanha eleitoral, desde que as despesas de transporte oficial do presidente e de sua comitiva sejam ressarcidas por partido ou coligação do candidato.”

Gilmar Mendes suspende ações que questionam decreto de acesso a armas

A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a suspensão temporária do julgamento de qualquer ação judicial que questione a legalidade do decreto presidencial que tenta limitar o acesso de civis a armas de fogo.Editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia da atual gestão, o Decreto Presidencial nº 11.366 suspende os registros para compra e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares (CACs); restringe os quantitativos de aquisição de armas e munições de uso permitido e suspende a concessão de novos registros a colecionadores, atiradores e caçadores, bem como para novos clubes e escolas de tiro. Com a publicação do decreto, Lula busca cumprir uma de suas promessas de campanha: estabelecer uma política de controle de armas mais severa que a do antecessor, Jair Bolsonaro. A iniciativa, porém, motivou o ajuizamento de várias ações que tentam invalidar o decreto, alegando que o teor da norma é inconstitucional.

Na última terça-feira (14), a AGU recorreu ao STF, pedindo que a Corte reconhecesse a constitucionalidade do decreto. Na ação, a AGU também pediu que o STF concedesse uma decisão liminar, ou seja, temporária e emergencial, suspendendo o efeito de qualquer outra decisão judicial de instâncias inferiores até que a Corte dê a palavra final sobre a legalidade do texto publicado pelo governo federal. Relator da ação declaratória, o ministro Gilmar Mendes justificou sua decisão alegando que, ao menos inicialmente, é “evidente a constitucionalidade e legalidade do Decreto nº 11.366”. “Com efeito, é atribuição do Poder Executivo [federal], nos termos do Estatuto do Desarmamento, instituir e manter os cadastros e registros de armas, clubes e escolas de tiro e dos próprios indivíduos pela lei qualificados como colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), estando obviamente no âmbito de sua competência regulamentar, por extensão, a prerrogativa de suspender a inscrição de novos assentos nos respectivos cadastros e registros, desde que diante de razões fáticojurídicas relevantes”, acrescentou Mendes. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, celebrou a decisão liminar em sua conta pessoal no Twitter.

PF consultará STF sobre investigar militares envolvidos em atos

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse, em entrevista coletiva, que a Polícia Federal (PF) deve encaminhar até hoje (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um requerimento para saber se a corporação irá atuar na investigação de militares suspeitos de envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A PF quer saber se a conduta de integrantes das Forças Armadas será investigada exclusivamente pela Justiça Militar ou pelo STF. Caso as investigações fiquem sob a responsabilidade do Supremo, isso implicaria em atuação dos policiais federais.

“Vamos submeter isso até amanhã, creio eu. Vamos fazer um requerimento para que haja uma elucidação definitiva sobre a situação dos militares, se haverá uma investigação exclusiva na Justiça Militar ou se uma parte ou todos os crimes, eventualmente, cometidos por militares serão no Supremo”, disse o ministro. O relator dos casos envolvendo os ataques de 8 de janeiro é o ministro Alexandre de Moraes.

Dino informou que, até o momento, foram abertos 85 inquéritos pela Polícia Federal sobre os atos antidemocráticos e 36 prisões preventivas autorizadas, sendo que 24 foram cumpridas. O STF deferiu 58 mandados de busca e apreensão, com 54 já executados pelos policiais federais. “Novas prisões estão sendo requeridas a cada semana e não há prazo para o encerramento dessas diligências, porque as investigações estão em andamento. Esses números para prestação de contas são fundamentais no sentido de que o assunto do dia 8 de janeiro processualmente ainda vai se estender por meses e quiçá anos. Uma coisa é a pauta política do dia 8 de janeiro, outra é a pauta judicial”, acrescentou o ministro.

Frente fria forte para fevereiro avança sobre o Brasil

Uma forte frente fria avança sobre o Sul do Brasil e o Paraguai estimulando áreas de instabilidade intensas sobre o Sul do Brasil e também em Mato Grosso do Sul. Os estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul registraram grandes volumes de chuva nas últimas 24 horas, que superaram os 100 mm. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 249 mm acumulados em Ponta Porã, no sul de Mato Grosso do Sul, entre 3 horas da madrugada de ontem e 3 horas da madrugada de hoje.  No Paraná, a região de Querência do Norte acumulou 132,2 mm entre 3h50 de ontem e 3h50 de hoje, de acordo com o Cemaden. Esta frente fria ainda provoca a chuva em praticamente todo o Sul do Brasil nesta sexta-feira e começa a avançar sobre o estado de São Paulo no decorrer do dia. Áreas de instabilidade estão espalhadas por quase todo o país em função da grande quantidade de umidade e calor disponíveis para a formação de grandes nuvens. A Zona de Convergência Intertropical colabora para o aumento da nebulosidade da chuva sobre parte do Norte do Nordeste do Brasil.

Previsão do tempo para 17/02/2023 – sexta-feira

Região Sul: Esta sexta-feira é de alerta para muita chuva sobre o Paraná e em Santa Catarina. Grandes volumes de chuva são esperados para o centro-oeste e sul paranaense e também para o centro-oeste de Santa Catarina, podendo causar enchentes e grandes alagamentos nos centros urbanos. Há risco de chuva forte em Florianópolis e também em Curitiba. No Rio Grande do Sul, ainda chove na Grande Porto Alegre, na região Serrana e no Planalto gaúcho. No centro sul gaúcho a chuva vai diminuindo ao longo do dia e o sol já deve predominar no decorrer da tarde. No centro-oeste e sul do Rio Grande do Sul, o tempo seco já predomina nesta sexta-feira e o calor diminui muito em relação aos últimos dias, com a entrada de ar frio de origem polar. Alerta para ventania no litoral da Região Sul e mar agitado.

Região Sudeste: Mais chuva no Sudeste nesta sexta-feira com a chegada de uma frente fria em São Paulo. Nos estados de Minas Gerais, Rio De Janeiro e Espírito Santo, ainda ocorrem em grandes períodos com sol ao longo do dia e faz muito calor. As pancadas de chuva com raios tendem a ocorrer principalmente durante a tarde e à noite, e podem ser de forte intensidade. No litoral do Espírito Santo, na região dos Lagos e no Litoral Norte do Rio de Janeiro há possibilidade de chuva já pela manhã. Para a Grande São Paulo, e para a maioria das áreas do estado de São Paulo, esta sexta-feira é de alerta para fortes pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite, por causa da chegada da nova frente fria. A região litorânea entre a Baixada Santista e a cidade do Rio de Janeiro, terá um dia muito quente e pode ter pancadas de chuva,  mas que não devem ser intensas. A cidade do Rio de Janeiro poderá registrar 40 graus pela primeira vez este ano, batendo recorde de calor para 2023 e sendo a capital mais quente do país nesta sexta-feira.

Região Centro-Oeste: Sexta-feira de alerta para chuva muito volumosa sobre o estado de Mato Grosso do Sul devido à influência de uma forte frente fria que está avançando sobre o centro-sul do Brasil. No centro-oeste e sul de Mato Grosso do Sul chove muito ao longo do dia e a chuva pode causar transtornos para a população. Nas outras áreas do estado, as pancadas de chuva também podem ser fortes, mas menos volumosas. Fortes pancadas de chuva também são esperadas para o centro, oeste e sul de Mato Grosso, podendo chover forte também sobre Cuiabá. Para as demais áreas de Mato Grosso, em Goiás e no Distrito Federal, a previsão é de períodos com sol e pancadas de chuva com raios à tarde à noite, mas que também podem ser moderadas a fortes.

Região Norte: Grandes áreas de instabilidade continuam se formando sobre o Norte do Brasil, com a grande disponibilidade de umidade e de calor. A zona de convergência intertropical (ZCIT) colabora para o aumento da chuva em áreas do Pará e no Amapá. Toda a Região Norte do Brasil tem uma sexta-feira com muita nebulosidade, pancadas de chuva frequentes com raios, que podem ser fortes, e alguns períodos com o sol

Região Nordeste: Áreas de instabilidade da  da Zona de Convergência Intertropical aumentam a nebulosidade e as condições para chuva sobre parte do Nordeste. O tempo fica seco, sem previsão de chuva apenas na pequena área entre o sertão de Sergipe, Alagoas e Bahia.  No Maranhão, Piauí, Ceará e no noroeste da Bahia, o dia é com muitas nuvens e ocorrem pancadas de chuva com raios a qualquer hora. As demais áreas no interior da Bahia, no sertão de Pernambuco, da Paraíba e no Rio Grande do Norte também podem ter pancadas de chuva com raios, mas com a presença do sol na maior parte do dia. As demais áreas do Nordeste têm chuva passageira e períodos com sol.

Alertas meteorológicos para  17/02/2023 -sexta-feira

  • Atenção para o risco de chuva moderada forte nas capitais Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Macapá, Belém, Palmas, São Luís, Teresina e Fortaleza.
  • Alerta especial:  perigo de temporal e chuva muito volumosa no centro, oeste e sul do Paraná, centro e oeste de Santa Catarina, centro, oeste e sul de Mato Grosso do Sul com potencial para transtornos para a população como enchente, alagamento, queda de árvores e interrupção de energia.
  • Alerta para temporais na serra do Rio Grande do Sul, no centro, sul e leste de Santa Catarina, no leste e norte do Paraná, em São Paulo (exceto no Litoral Norte e na Baixada Santista), no Médio Paraíba (RJ), no Sul de Minas, na Zona da Mata Mineira, na Grande Belo Horizonte, no Triângulo Mineiro, centro, norte e leste de Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso (exceto no leste do estado), sul de Goiás, em Rondônia, no centro, sul e leste do Amazonas, no oeste e sudoeste do Pará, no Maranhão (exceto no oeste do estado) no Piauí (exceto na divisa com a Bahia), no oeste do Ceará
  • Atenção para chuva moderada a forte, com raios e vento por vezes forte no planalto e leste do Rio Grande do Sul, centro, sul, noroeste e serra do RIo de Janeiro, no centro, oeste, norte e leste de Minas Gerais, em Goiás (exceto no sul do estado), em Mato Grosso do Sul (exceto no oeste e sul do estado), leste de  Mato Grosso, Goiás (exceto no sul do estado), Distrito Federal, centro-oeste e norte da Bahia, Ceará (exceto no oeste do estado), Tocantins, Pará (exceto no oeste do estado), Amapá, noroeste/oeste do Amazonas
  • Atenção para a para elevação do mar no decorrer do dia no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina

Bia Haddad perde para Pegula nas quartas e dá adeus a torneio de Doha

A quinta-feira (16) foi de despedida da tenista brasileira Beatriz Haddad nas quartas de final do WTA 500 de Doha. Recém-chegada à 12ª posição no ranking mundial – a melhor colocação do país desde 1975 – Haddad foi superada pela top 4 Jessica Pegula (Estados Unidos), por 2 sets a 0 (parciais de 6/3 e 6/2). Nas semifinais, a norte-americana de 28 anos enfrentará a vencedora do embate entre a grega Maria Sakkari (7ª) e a francesa Caroline Garcia (5ª).A paulistana de 25 anos venceu duas partidas consecutivas no torneio de Doha. Estreou com vitória sobre a espanhola Paula Badosa (20ª) e nas oitavas bateu a número 8 Daria Kasatkina (Rússia), O próximo compromisso de Haddad será o WTA 1000 de Dubai, que começa domingo (19).

Palmeiras e Corinthians ficam no empate no Derby em Itaquera

Em um Derby movimentado, Corinthians e Palmeiras empataram em 2 a 2, na noite desta quinta-feira (16) em Itaquera. Com este resultado o Verdão chega aos 21 pontos e mantém a liderança do Grupo D e geral da primeira fase da competição. Já o Timão passa a somar 15 pontos, na ponta do Grupo C.

Santos empata com o Santo André

Em partida disputada mais cedo, o Santos arrancou um empate com o Santo André e permaneceu na lanterna do Grupo A da competição, mas com chances reais de classificação para as quartas de final. Pablo abriu o placar para o Ramalhão, mas Mendoza deixou tudo igual no final.

Vasco vence Botafogo no Maracanã para entrar no G4 do Carioca

Vasco e Botafogo se enfrentaram na noite desta quinta-feira (16) no Maracanã. Em uma partida muito movimentada, na qual o Glorioso terminou com dois homens a menos, o Cruzmaltino saiu com a vitória de 2 a 0 para assumir a 4ª posição da Taça Guanabara do Campeonato Carioca com 14 pontos. Já o Botafogo permaneceu na vice-liderança com 16 pontos e perdeu a oportunidade de reassumir a ponta da classificação, que permanece nas mãos do Flamengo (com 17 pontos), que bateu o Volta Redonda por 3 a 1 na última quarta.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Agência Câmara dos Deputados – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Climatempo

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