Inflação sobe 0,59% em outubro, após três meses de deflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,59% em outubro, após apresentar deflação de 0,68% em julho, 0,36% em agosto e 0,29% em setembro. Com o resultado, a inflação acumula alta de 4,70% no ano e de 6,47% em 12 meses. Em outubro do ano passado, o IPCA fechou em 1,25%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por grupos, as altas mais intensas ocorreram em Vestuário, com 1,22%, e Saúde e Cuidados Pessoais, com 1,16%. As maiores influências no índice vieram dos grupos Alimentação e Bebidas, com alta de 0,72%, e Transportes, que ficaram 0,58% mais caros no período analisado. Apenas Comunicação apresentou queda, de 0,48%, puxado pelo subitem plano de telefonia móvel (-2,05%).
Segundo o IBGE, os itens e subitens com os maiores impactos individuais no IPCA do mês foram passagem aérea, que teve aumento de 27,38%, higiene pessoal (2,28%) e plano de saúde (1,43%). Entre os alimentos, a alta foi puxada pela alimentação no domicílio, que ficou 0,80% mais cara, com forte influência do aumento do preço da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%). O IBGE também registrou alta na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).
INPC: Também divulgado hoje pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,47% em outubro. A alta acumulada no ano está em 4,81% e nos últimos 12 meses em 6,46%. Em outubro de 2021, o indicador fechou em 1,16%. Nesta análise, os produtos alimentícios passaram de queda de 0,51% em setembro para alta de 0,60% em outubro. Já os não alimentícios, que haviam recuado 0,26% em setembro, subiram 0,43%.
O IPCA reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos e o INPC abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos. As regiões pesquisadas são as metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Pagamentos com cartões movimentam R$ 827 bilhões no 3º trimestre
As compras realizadas com cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 20% no terceiro trimestre, somando R$ 827 bilhões no período, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Segundo os dados da entidade, desde o início do ano até setembro os brasileiros realizaram R$ 2,42 trilhões em pagamentos, o que representa um crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2021.
Na comparação entre as modalidades, o destaque foi o uso do cartão de crédito, que cresceu 25,6%, registrando R$ 527,6 bilhões em pagamentos no terceiro trimestre. O segundo maior volume no período foi o do cartão de débito, que movimentou R$ 240,5 bilhões e cresceu 1,2%. Já o cartão pré-pago somou R$ 59 bilhões, com crescimento de 84,7%.
“Um dos pontos que levam ao aumento no uso do cartão de crédito é que muitos consumidores estão em processo de bancarização, tendo acesso à crédito, com vantagens como o parcelado sem juros e os benefícios, como cash back, seguros, programas de fidelidade, o que faz com que as pessoas acabem priorizando o cartão de crédito”, explicou o presidente da Abecs, Rogério Panca. A projeção da Abecs para este ano é de movimentação de R$ 3,2 trilhões. “As datas comerciais do quarto trimestre como o Dia das Crianças, Black Friday e o Natal ajudam a movimentar os volumes transacionados com cartões”, disse o executivo.
Produção de motocicletas cresce 26% em outubro, aponta Abraciclo
O Polo Industrial de Manaus (PIM) produziu, em outubro, 137.346 motocicletas, aponta levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgado hoje (10). A produção é 26,6% maior do que a registrada no mesmo mês do ano passado, quando foram fabricadas 108,4 mil unidades. Na comparação com setembro, houve um recuo de 1,6%, tendo em vista que no mês anterior a produção ultrapassou 139 mil motocicletas. A associação destaca que é o terceiro melhor resultado do ano. A produção caiu após os dois meses com maior produção de 2022: agosto (145,8 mil), que é o melhor número, e setembro (139,6 mil).
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, disse em nota que “a indústria segue em expansão e mantém o ritmo de crescimento para atender aos consumidores”. Ele apontou ainda que a alta no preço dos combustíveis pode levar mais pessoas a optarem “pelo guidão” por serem mais econômicos. De janeiro a outubro, foram produzidas 1.198.889 motocicletas no polo de Manaus, uma alta de 19,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, saíram 1.005.014 unidades das linhas de montagem. A Abraciclo disse que esse é o melhor resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2014. Naquele ano, foram fabricadas mais de 1,3 milhão de unidades. A entidade projeta a produção de 1,420 milhão de motocicletas este ano, o que representa um acréscimo de 18,8% nos números de 2021.
Vendas: No varejo, foram negociadas 120.273 motocicletas em outubro, uma alta de 24% em relação a outubro do ano passado, quando 97 mil unidades foram licenciadas. Na comparação com setembro, o volume é 2,7% menor, pois foram vendidos mais de 123 mil motocicletas. Outubro também foi o terceiro melhor mês nos emplacamentos. O melhor número foi registrado em maio com 133.344 licenciamentos, seguido por setembro, com 123.641. A média diária de vendas, no mês, que teve 20 dias úteis, foi de 6.014 unidades. Em outubro de 2021, que teve um dia útil a menos, a média ficou em 5.105 emplacamentos por dia. Já em relação a setembro, que teve um dia útil a mais, com média de 5.888, houve alta de 2,1%.
Índice Nacional da Construção Civil desacelera para 0,38% em outubro
O Índice Nacional da Construção Civil subiu 0,38% em outubro, o que representa um pequeno recuo de 0,06 ponto percentual (pp), se comparado com setembro, quando cresceu 0,44%. Foi o segundo mês consecutivo em que o resultado é o menor desde julho de 2020. No acumulado nos últimos 12 meses, a taxa atingiu 12,41%, também um pouco abaixo dos 13,11% verificados nos 12 meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano fechou em 10,64%.
Já em outubro de 2021, o indicador teve alta de 1,01%. Os números do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foram divulgados, hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Estamos captando um ritmo de desaceleração em relação ao período da pandemia de covid-19, o que vem trazendo o índice para patamares mais próximos da série histórica pré-pandemia”, justificou o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
Valores: O custo nacional da construção, por metro quadrado, chegou a R$ 1.675,46 em outubro. Desse valor, R$ 1.000,36 correspondem aos materiais e R$ 675,10 são de mão de obra. Em setembro, o custo tinha ficado em R$ 1.669,19. Segundo o gerente, os materiais, que tinham influenciado as altas na época da pandemia, agora têm sido o balizador da desaceleração em 2022. Pela pesquisa, a parcela dos materiais subiu 0,04%. O percentual é 0,49 pp inferior a setembro, mês que registrou 0,53%. É ainda 1,23 pp menor que na comparação com outubro de 2021. Naquele momento, a variação ficou em 1,27%.
O avanço de 0,88% na parcela da mão de obra em outubro significou elevação de 0,57 pp em comparação ao mês anterior, quando subiu 0,31%, influenciada por quatro acordos coletivos de trabalho no período. Em relação a outubro do ano anterior, mês que anotou alta de 0,64%, houve aumento de 0,24 ponto percentual. Segundo a pesquisa, no ano os materiais acumularam 9,93% e a mão de obra, 11,70%. Nos 12 meses os acumulados dos materiais somaram 12,60% e 12,07% na mão de obra.
Vice-presidente eleito anuncia mais 36 nomes para grupos técnicos
O vice-presidente eleito e coordenador-geral da equipe de transição, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (10) um lista com 36 novos nomes para fazer parte da transição para o futuro governo. Os nomes estão distribuídos em seis novos grupos técnicos: comunicações; direitos humanos; igualdade racial; planejamento, orçamento e gestão; indústria, comércio, serviços e pequenas empresas; e mulheres. Cinco ex-ministros, dentre eles Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Comunicações), além de Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, farão parte da equipe. Também compõem a lista os ex-ministros Eleonora Menicucci (Mulheres), Nilma Lino Gomes (Direitos Humanos e Igualdade Racial) e Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Mantega irá para o grupo de Planejamento, Orçamento e Gestão. Os demais irão para as respectivas áreas em que foram ministros. Diretora do Instituto Marielle Franco, Anielle Franco irá para o grupo de Mulheres. Ao oficializar a criação do gabinete de transição e anunciar os primeiros nomes, na terça-feira (8), Alckmin disse que a transição tem como objetivo apenas levantar informações e não significa a definição de ministérios. Ontem (9) à noite, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que só anunciará os primeiros nomes de ministros a partir do próximo dia 19, quando retorna de viagem à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27).
Além de Alckmin, responsável pela coordenação-geral da transição, o gabinete terá três coordenadores principais: Administrativa e Jurídica, de responsabilidade do ex-deputado Floriano Pesaro (PSB), indicado por Alckmin; Relações Institucionais, administrada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann; e Programa de Governo e Núcleos Temáticos, sob a responsabilidade do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante. Os grupos serão distribuídos dentro dessas coordenações principais.
Outros nomes: Na última terça-feira, Alckmin anunciou os integrantes do grupo de economia. O comando da equipe ficou repartida entre economistas ligados ao PT e criadores do Plano Real. Farão parte desse grupo os economistas André Lara Resende, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos formuladores do Plano Real; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; o professor da Universidade de Campinas (Unicamp) Guilherme Mello; e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda no segundo governo Dilma Rousseff.
Na ocasião, Alckmin disse que Mantega faria parte da equipe de transição, mas em outro grupo e citou a competência do ex-ministro, que ocupou a pasta da Fazenda entre 2006 e 2014. Também na terça, o vice-presidente eleito anunciou os nomes da área de assistência social, que será comandada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS); pelas ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e Tereza Campello e pelo deputado estadual mineiro André Quintão (PT-MG). No gabinete de transição, Alckmin terá a ajuda de dois companheiros do PSB, partido do vice-presidente eleito. Ele trabalhará com o ex-governador de São Paulo Márcio França e o prefeito de Recife, João Campos. Os dois são do PSB, partido do vice eleito. A futura primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, coordenará a organização da festa da posse de Lula.
Confira a composição dos novos nomes anunciados:
Comunicações
Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações
Jorge Bittar, ex-deputado federal
Cezar Alvarez, ex-secretário do Ministério de Comunicações
Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos formada na Universidade de Columbia
Direitos Humanos
Maria do Rosário, deputada federal e ex-ministra de Direitos Humanos
Silvio Almeida, jurista e autor do livro Racismo Estrutural
Luiz Alberto Melchert, doutor em economia
Janaína Barbosa de Oliveira, representante do movimento LGBTQIA+
Rubens Linhares Mendonça Lopes, representante da coordenação setorial do PT para pessoas com deficiência
Emídio de Souza, deputado estadual (PT-SP)
Maria Victoria Benevides, socióloga e professora
Igualdade Racial
Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial
Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia
Douglas Belchior, educador
Thiago Tobias, representante do Coalizão Negra
Ieda Leal, coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU)
Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora
Preta Ferreira, movimento negro e movimento de moradia
Planejamento, Orçamento e Gestão
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
Esther Dweck, economista e professora da UFRJ e ex-secretária de Orçamento Federal
Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia
Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas
Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea
Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai Nacional
Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)
Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária;
Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e do Instituto Lula
Paulo Feldmann, professor da USP
André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
Mulheres
Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco
Roseli Faria, economista
Roberta Eugênio, mestre em direito, pesquisadora do Instituto Alziras e ex-assessora de Marielle Franco
Maria Helena Guarezi, ex-diretora de Itaipu e amiga pessoal de Janja
Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres
Aparecida Gonçalves, ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher.
Presidente eleito se encontra com parlamentares e diz que vai dialogar
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem (10) com parlamentares das bancadas aliadas e disse que quer manter diálogo aberto com o Congresso Nacional e com todos os partidos políticos. Lula esteve pela primeira vez no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição.“Cada deputado pode ficar certo que vamos conversar com o Congresso Nacional. O Congresso tem todos os defeitos que cada um de nós têm, mas esse país era muito pior quando tinha o Congresso fechado”, disse, em referência ao período da ditadura militar. “É melhor um debate nervoso das divergências nossas, do que o silêncio profundo do medo da baioneta que esse país já enfrentou”, completou. Lula reforçou, novamente, que a definição dos nomes que coordenarão a transição não significa a ocupação de cargos ou de ministérios no próximo governo e pediu a colaboração de todos no envio de propostas e ideias. “Se alguém quiser contribuir, mandar proposta, por favor, não se sintam excluídos porque não estão na lista de pessoas que estão participando da transição”, disse aos parlamentares. “Cada partido tem um papel importante, estamos começando um processo”, completou.
Lula teve encontros com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. “Estamos aqui para provar que queremos estabelecer um diálogo entre os partidos políticos”, disse, destacando que também manterá a porta aberta para entidades e movimentos sociais. O presidente eleito afirmou ainda que quer garantir estabilidade, credibilidade e previsibilidade ao Estado brasileiro e que o Brasil voltará a ser protagonista na geopolítica mundial. Na segunda-feira (14), Lula viaja ao Egito, onde participa da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), e já tem conversar bilaterais agendadas.
Fim da fome: Lula se emocionou ao falar sobre o retorno da fome do Brasil e reafirmou que essa pauta será prioridade no seu governo. “Se quando eu terminar esse mandato cada brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando outra vez, eu terei cumprido a missão da minha vida”, disse. “O fato é que jamais esperava que a fome voltasse nesse país. Quando deixei a Presidência da República imaginava que nos 10 anos seguintes esse país estaria igual a França, Inglaterra, teria evoluído do ponto de vista das conquistas sociais”, completou. Para o presidente eleito, o Brasil, como terceiro maior produtor de alimentos do mundo e maior produtor de proteína animal, pode garantir comida na mesa dos brasileiros. “Falta compromisso dos governantes com isso que é essencial. Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto, não discutem a questão social desse país?”, questionou, afirmando que também terá uma política fiscal responsável.
Manifestações: Durante seu discurso, Lula ainda falou direto aos manifestantes que estão nas ruas, “inconformados com o resultado eleitoral”, e pediu que voltem para casa, aceitem a democracia. Segundo ele, o seu governo será “para todos”. “Democracia é isso, um ganha e outro perde, é assim em qualquer política”, disse, lembrando que perdeu três eleições para presidente antes de ser eleito em 2002.
Ele citou o relatório divulgado ontem (9) pelo Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas e disse que o dever de auditar e fiscalizar as eleições é da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional, não das Forças Armadas. O documento traz observações e conclusões sobre o sistema eletrônico de votação, conforme as atribuições que foram dadas pelo TSE às entidades fiscalizadoras. No ofício em que pede que as sugestões dos militares sejam aceitas, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, cita pontos técnicos que podem ser corrigidos, como investigação da compilação do código-fonte do sistema e a análise minuciosa dos códigos binários executados nas urnas.
CCJ do Senado aprova suas prioridades para Orçamento de 2023
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quinta-feira (10) suas emendas ao projeto da Lei Orçamentária de 2023 (PLN 32/2022). No valor de R$ 400 milhões, as sugestões seguem para análise da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Segundo o relator na CCJ, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), na divisão dos recursos, R$ 100 milhões devem ser empenhados para “Políticas de Segurança, Prevenção e Enfrentamento à Criminalidade”, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O reforço nessa rubrica foi sugerido por 15 parlamentares.
Por sugestão de três senadores, a área de segurança também deverá receber R$ 100 milhões para a “Promoção da Política Nacional de Justiça”. Valor idêntico deve ir para “Articulação de Política Pública sobre Drogas V”, destinação sugerida por 13 senadores. Caso a Comissão Mista de Orçamento acate emenda aprovada pela CCJ, a “Proteção e Defesa do Consumidor” receberá mais R$ 100 milhões. No total, foram feitas 123 sugestões de emendas relativas a programações orçamentárias para financiar políticas públicas foram feitas. “Todas as indicações exibem inegável mérito. Contudo, dada a restrição quantitativa, selecionamos, como critério primordial, programações orçamentárias com bom número de indicações pelos parlamentares, alinhadas às prioridades das políticas públicas a cargo dos órgãos afins às competências desta comissão”, ressaltou o relator Mecias de Jesus.
Ministro da Justiça anuncia normalização da circulação nas rodovias
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, anunciou hoje (10) a normalização da circulação viária no país. Em publicação nas redes sociais, o ministro disse que a medida foi concretizada após atuação continuada da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No dia 30 de outubro, após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em segundo turno, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país.
Em seguida, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o total desbloqueio das rodovias federais por entender que as paralisações “desvirtuam o direito constitucional de reunião”. Mais cedo, a PRF confirmou que todas as estradas e rodovias do país estavam sem interdições e bloqueios. Desde o início dos protestos, 1.087 manifestações foram desfeitas pelos agentes da corporação.
COP27: Brasil diz ter pressa para começar produção de hidrogênio verde
O Brasil tem pressa em começar a produzir hidrogênio verde e energia elétrica a partir dos aerogeradores que serão instalados no mar (eólicas offshore). O assunto foi debatido hoje (10) durante o painel Infraestrutura de Apoio à Transição Energética, no pavilhão brasileiro montado na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito. “Precisamos acelerar [o processo de implantação de empreendimentos de energia limpa] porque todos países querem liderar esse processo. Muitos países têm condições de liderar, mas talvez o Brasil seja o país que reúne as melhores condições para liderar [esse segmento]”, disse a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum.
Ela se referia, em especial, às pretensões brasileiras de produzir hidrogênio verde a partir da energia eólica gerada pelas offshore, que são os aerogeradores instalados no mar. De acordo com a assessora especial do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Roberta Cox, que também participou do debate, as ações do governo, no sentido de desburocratizar as autorizações para a instalação desses empreendimentos, têm avançado de maneira satisfatória, com a publicação de portarias que regulamentaram o decreto de cessão de uso de áreas marinhas. “Uma das portarias, inclusive, criou o PUG-offshore, que é o Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore para Geração de Energia. Até então, no processo de cessão do uso de áreas marinhas, empreendedor e ministério tinham de passar por nove órgãos para terem a autorização. Agora fazemos isso em apenas um balcão único, a exemplo de outros países. O PUG dispara tudo para os outros órgãos”, explicou a representante do Ministério do Meio Ambiente.
Na avaliação da presidente da ABEEólica, “do lado das offshore estamos caminhando muito bem”, com a regulamentação estabelecida a partir das publicações do decreto e das portarias que tratam do assunto. “Agora vamos trabalhar fortemente para termos o primeiro leilão de seção de uso do mar, o que deve acontecer no ano que vem. Daí, o MMA poderá, enfim, fazer o licenciamento ambiental dos parques eólicos”, disse Elbia. Segundo ela, os projetos visando a produção de hidrogênio verde também estão sendo encaminhados. A denominação hidrogênio verde ocorre quando a eletricidade usada na eletrólise da água, visando a extração do hidrogênio, vem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica. Pode também ser obtido por hidroeletricidade e por biomassa de rejeito.
Sexta-feira com chuva forte em muitos estados do país
Climatempo: Uma área de baixa pressão atmosférica se intensifica entre o Paraguai e o norte da Argentina e no decorrer desta sexta-feira vai estimular muitas nuvens carregadas sobre partes do Sul e do Centro-Oeste do Brasil. Mas parte destas áreas de instabilidade poderá avançar sobre São Paulo. Estas nuvens carregadas provocam muitas pancadas de chuva com raios e fortes rajadas de vento. No começo da madrugada, entre 1h e 3h, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou duas rajadas de vento com 95 km/h em Rio Brilhante , Mato Grosso do Sul.
Previsão do tempo para 11/11/2022 – sexta-feira
Sexta-feira quente e abafada, com condições para pancadas de chuva em quase todo o país.
Região Sul: A nebulosidade aumenta sobre o Sul no decorrer do dia e há previsão de pancadas de chuva e raios, a qualquer hora, em quase toda a Região. A Grande Porto Alegre e o litoral gaúcho não devem ter chuva, por enquanto, mas passam o dia com muitas nuvens e períodos com sol. No sul e leste de Santa Catarina e no leste do Paraná, a chuva tende a ocorrer à tarde e à noite. O ar fica abafado e há risco de fortes rajadas de vento.
Região Sudeste: áreas de instabilidade ainda estão espalhadas sobre o Sudeste e deixam nuvens se espalhadas desde cedo por quase toda a Região. Há previsão de pancadas de chuva com raios, e risco de vento forte, em todos os estados, principalmente à tarde e à noite. O sol aparece e faz calor. Pode chover a qualquer hora no oeste de São Paulo e no Espírito Santo, incluindo Vitória. Nas capitais São Paulo, Rio De Janeiro e Belo Horizonte, a chuva começa durante a tarde.
Região Centro-Oeste: Fortes áreas de instabilidade atingiram o Mato Grosso do Sul e chove em várias regiões do estado desde a madrugada. As pancadas continuam no decorrer do dia, com risco de temporais. Em Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal, os períodos com sol são maiores, mas entre muitas nuvens, e há previsão de pancadas de chuva com raios principalmente à tarde e à noite. Há risco de chuva moderada a forte.
Região Nordeste: as áreas de instabilidade enfraqueceram sobre o Nordeste e o sol aparece forte por várias horas em toda a Região. Tem previsão de pancadas de chuva com raios no oeste e sul do Piauí, no interior do Maranhão, no oeste da Bahia e em áreas do Vale do São Francisco. Chuva é rápida e sem raio no litoral do Ceará ao Maranhão, em todo o litoral desde a Paraíba até o sul da Bahia. Entre as capitais, apenas Natal não deve ter chuva nesta sexta-feira.
Região Norte: O sol aparece forte no Tocantins, Pará e Amapá e ocorrem pancadas de chuva à tarde e à noite. Nas demais áreas da Região Norte, o sol aparece também por várias horas e ocorrem pancadas de chuva com raios , principalmente à tarde e à noite e que podem ser fortes. Atenção para chuva forte no Acre e sul do Amazonas. Tem previsão de pancadas de chuva para todas as capitais da Região.
Brasil registra 40 mortes por covid-19 em 24 horas
O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira (10), que o Brasil registrou, em 24 horas, 12.017 novos casos de covid-19 e mais 40 mortes em consequência da doença. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo ministério, desde o início da pandemia, foram registradas 688.6072 mortes por covid-19 e confirmados 34.889.576 de casos da doença. Ainda segundo o boletim, 34.105.670 pessoas se recuperaram da doença e 95.299 casos estão em acompanhamento.
Estados
São Paulo tem o maior número de casos confirmados, 6,15 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (150 mil). Em seguida, aparecem Roraima (175,8 mil) e Amapá (178,6 mil). O estado de São Paulo registra também o maior número de mortes por covid-19 (175.804), seguido por Rio de Janeiro (75.896) e Minas Gerais (63.895). O Acre tem o menor registro de mortes (2.029). Em seguida, vêm Amapá, com 2.164, e Roraima, com 2.175.