Queiroga é diagnosticado com Covid-19 e permanecerá em Nova York

O Ministério da Saúde informou na noite desta terça-feira (21) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi diagnosticado com Covid-19 e permanecerá em quarentena, por 14 dias, em Nova York, nos Estados Unidos. Queiroga é o segundo integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que está em Nova York para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU, a ser diagnosticado com Covid-19. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou, em nota, que os demais integrantes da comitiva brasileira foram submetidos a testes e todos resultaram negativo. De acordo com a nota, Queiroga passa bem.

Em uma rede social, ele escreveu: “Comunico a todos que hoje testei positivo para #Covid19. Ficarei em quarentena nos #EUA, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária”. Até o retorno do ministro ao Brasil, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, responderá pelo Ministério da Saúde como ministro-substituto. Nesta segunda-feira (20), Queiroga circulou por Nova York com outros membros da comitiva. Em um vídeo postado nas redes sociais, o ministro aparece respondendo com um gesto obsceno a um protesto de brasileiros na cidade. No domingo (19), membros da comitiva de Bolsonaro, entre eles, Marcelo Queiroga, comeram pizza em uma rua da cidade.

No sábado, um enviado para preparar viagem de Bolsonaro à ONU testou positivo para Covid-19. O diplomata é o que na linguagem da diplomacia chama-se “Ascav”, sigla para Alto Escalão Avançado, os funcionários que ficam responsáveis por organizar com antecedência as visitas presidenciais. Além de ter ido à Assembleia-Geral da ONU, Queiroga acompanhou o presidente Bolsonaro em visita ao Memorial do 11 de Setembro.

Guterres pede cooperação e diz que mundo nunca enfrentou tanta ameaça

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou hoje (21) que o mundo nunca enfrentou tantas ameaças, como destruição da paz, desconfiança ou alterações climáticas e pediu cooperação entre os países presentes à abertura da assembleia geral da ONU. Um dos pontos mais altos para a diplomacia internacional, a assembleia começou em Nova Iorque com o discurso de Guterres, na presença de mais de 100 chefes de Estado e de Governo e representações diplomáticas de todos os 193 Estados-membros da organização. Segundo o secretário-geral da ONU, “o mundo nunca esteve tão ameaçado”, com seis grandes temas de divisão: assalto à paz em todo o mundo, alterações climáticas, fosso entre ricos e pobres, desigualdade de gênero, divisão tecnológica ou digital e divisão geracional.

Grande parte dos problemas advém da decorrente pandemia de covid-19, que tem criado e exagerado as desigualdades sociais e econômicas no mundo, mas o secretário-geral destacou outra “doença contagiosa”: a desconfiança em  vários níveis – sejam as teorias da conspiração que entram em contradição com a ciência, a população sem confiança nos seus governos ou ainda a falta de cooperação entre países em temas que necessariamente dependem do multilateralismo. Guterres classificou como “obscenidade” e grande “falha ética” global o fato de as vacinas não serem distribuídas de forma uniforme no mundo, devido à “tragédia de falta de vontade política e egoísmo”. “Em vez do caminho da solidariedade, estamos num caminho sem fim para a destruição”, lamentou Guterres, que também declarou que a “interdependência tem de ser a lógica do século 21”.

O chefe da ONU lembrou aos líderes que “as promessas não valem nada se as pessoas não virem os resultados no seu dia a dia” e, pelo contrário, se depararem com violações dos direitos humanos, corrupção ou um futuro sem grandes oportunidades. Os “impulsos mais obscuros da humanidade” surgem com essa constante falta de resultados para uma situação com mais esperança, considerou Guterres. A defesa da “supremacia cultural, do domínio ideológico, da misoginia violenta ou dos ataques aos mais vulneráveis, incluindo refugiados e migrantes”.

Em nível de alterações climáticas, Guterres lembrou muitos dos apelos já conhecidos, como a transição para energias renováveis, redução da utilização dos combustíveis fósseis e carvão, mais impostos e menos subsídios sobre recursos naturais poluentes. A grande diferença económica entre Estados é visível como efeito da pandemia de covid-19, agora que “as economias avançadas estão a investir quase 28% do seu Produto Interno Bruto na recuperação econômica”, uma média que cai para 6,5% nos países de renda média e “para 1,8% nos países menos desenvolvidos”, disse o secretário. As previsões do Fundo Monetário Internacional indicam que nos próximos cinco anos o crescimento económico per capita na África subsaariana seja 75% menor do que no resto do mundo.

Na ONU, Bolsonaro distorce dados sobre ambiente, economia e defende tratamento ineficaz contra Covid

Em discurso nesta terça-feira (21) na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro usou dados distorcidos para exaltar a política ambiental e o desempenho da economia brasileira durante o seu governo e defendeu a adoção do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia é cientificamente já foi comprovada. No discurso, o presidente se posicionou contra o chamado passaporte sanitário, que confere benefícios às pessoas que tenham se vacinado contra a Covid-19; afirmou que não há corrupção no governo; citou dados fora de contexto para dizer que o desmatamento na Amazônia diminuiu; também disse que as manifestações do 7 de Setembro foram “as maiores da história”, o que não corresponde à verdade ; disse o Brasil é um dos melhores entre os países emergentes. Como é tradição o presidente brasileiro foi o primeiro chefe de Estado a discursar, Bolsonaro disse não entender por qual motivo “muitos países, juntamente com grande parte da mídia”, se opõem ao tratamento precoce contra a doença. O tratamento precoce, por meio do uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina, vem sendo defendido pelo presidente desde o ano passado. No entanto, estudos científicos já comprovaram a ineficácia desses remédios contra a Covid. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que a cloroquina não deve ser usada como forma de prevenção; a Associação Médica Brasileira (AMB) diz que o uso de cloroquina e outros remédios sem eficácia contra Covid deve ser banido; e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) diz que a cloroquina não tem efeito e deve ser abandonada.

Vacinação: O presidente também disse defender a vacinação contra a Covid-19 e afirmou que, até novembro, todos os brasileiros que quiserem poderão se imunizar. Entretanto, ele se posicionou contra restrições adotadas por países contra pessoas que se recusam a tomar a vacina. Essa é a terceira vez que Bolsonaro discursa como presidente do Brasil o representante do país é encarregado de abrir oficialmente a fala dos presidentes mundiais desde 1947.

Corrupção: O presidente também disse que o Brasil mudou muito após a sua chegada a presidência e afirmou que não há corrupção em seu governo Apesar da declaração já foram encontrados indícios de corrupção no caso do contrato para a compra da vacina Covaxin. O governo, diante da suspeitas de irregularidades, cancelou o contrato. O contrato da Covaxin se tornou alvo da CPI da Covid e do Ministério Público Federal. Um grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior entregou recentemente à CPI da Covid um estudo sobre os possíveis crimes cometidos por Bolsonaro durante a pandemia.

Atos de 7 de Setembro: O presidente citou as manifestações em favor do governo que ocorreram no 7 de Setembro, quando, em ameaça golpista ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que não cumpriria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes. O presidente disse ainda que “no último 7 de Setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história” Os atos de 7 de Setembro não foram os maiores já registrados no país. Apesar de não haver um balanço nacional, as imagens registradas no dia revelam uma manifestação muito menor que as registradas em outras manifestações.

Meio ambiente: Na parte dedicada ao meio ambiente e preservação da Amazônia, ponto em que o governo é criticado dentro e fora do país em razão da política ambiental e dos altos índices de desmatamento e queimadas. Bolsonaro afirmou que “na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior”. Os dados, entretanto, não traduzem toda a realidade ambiental e ignoram o contexto de avanço da destruição sob a gestão do atual governo. Em 2021, por exemplo, a Amazônia teve o primeiro semestre com a maior área sob alerta de desmate em 6 anos.

Apesar de ter havido uma queda de 5% no desmatamento da Amazônia entre as temporadas de 2019-20 e 2020-21, as áreas sob alerta nos dois períodos ainda são as maiores desde 2015, quando o Inpe começou a medi-las. O presidente disse ainda que 84% da floresta está “intacta” e convidou os presentes na assembleia a visitar a floresta. Entretanto, de acordo com o Inpe, o desmatamento acumulado hoje na Amazônia corresponde a mais de 800 mil km2. A área original da floresta monitorada por satélite nos nove Estados da Amazônia Legal é de 3.994.454 km2. Ou seja, foram desmatados cerca de 20% da floresta, permanecendo 80% de pé.”

Bolsonaro também questionou, em tom retórico, “qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa?”. Outros biomas também têm tido perdas com a política ambiental brasileira: no Cerrado, por exemplo, houve a maior área sob alerta de desmatamento para agosto desde 2018. O número de focos de incêndio considerados os números de janeiro a agosto foi o maior desde 2012. No Pantanal, houve recorde de queimadas em 2020. Um levantamento divulgado neste mês aponta que 17 milhões de animais vertebrados morreram por causa das chamas no bioma no ano passado.

Economia: Ao falar de economia, o presidente distorceu várias informações sobre o desempenho do Brasil e sobre a criação de empregos no país. Bolsonaro afirmou que a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2021 é de 5%. E que o Brasil tem um dos melhores desempenhos econômicos neste ano entre os países emergentes. Em um ranking de 48 países, o Brasil aparece em 38º em desempenho do PIB do segundo trimestre, atrás de países como México, China, Chile, Peru e Turquia.

Desemprego: O presidente afirmou que o Brasil terminou 2020 “com mais empregos formais do que em dezembro de 2019” e que isso ocorreu “graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões.” Havia mais empregos formais ao final de 2020 que no fim de 2019. Na verdade as vagas perdidas entre março e junho do ano passado não foram totalmente recuperadas. Além disso, segundo dados do IBGE, o desemprego estava em 14,1% em agosto deste ano, próximo às máximas históricas, e 14,4 milhões de brasileiros estavam desempregados naquele mês.

Assembleia: O presidente brasileiro é o único dos líderes do G20 (grupo das 19 principais economias do mundo e a União Europeia) presentes à Assembleia da ONU que não tomou a vacina contra a Covid-19. A sede da ONU fica na cidade de Nova York, onde há exigência de um comprovante de vacinação para que as pessoas entrem em ambientes públicos que são fechados (como o saguão onde acontece a reunião).A Prefeitura de Nova York pediu para que os chefes de estado fossem obrigados a comprovar vacinação para entrar no prédio das Nações Unidas, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a entidade não tem como exigir isso.

Políticos reagem a discurso de Bolsonaro na ONU

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da ONU provocou reações e críticas de políticos nesta terça-feira (21). Senadores da cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid criticaram as declarações do presidente durante a sessão da comissão. O relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), classificou o discurso como “vergonhoso”. “O presidente mentiu do começo ao fim do seu discurso”, disse. “Parece que ele estava falando de outro país que não esse velho Brasil com as contradições que todos nós vemos.” Os senadores criticaram Bolsonaro por defender o chamado “tratamento precoce”, atacar governadores e prefeitos e dizer que o governo federal pagou um auxílio emergencial de US$ 800, valor equivalente a mais de R$ 4 mil em cotação de hoje.

O presidente CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), foi irônico. “Para quem acha que a CPI ia acabar em pizza, nós vimos ontem (segunda-feira, 20) o chefe da nação comendo pizza na rua. Isso é uma pizza do outro país, a nossa não dá em pizza.” Nas redes sociais, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva acusou o presidente de mentir sobre povos indígenas e sobre as políticas ambientais relacionadas à Amazônia em publicação no Twitter. “Mentiras sobre povos indígenas, cuidados à Amazônia, meio ambiente e sucessos na economia. Propôs charlatanismo no tratamento da Covid. Foi o que despejou Bolsonaro na ONU, para nossa vergonha e indignação. Até o correto uso de máscara, só o fez por força do protocolo sanitário”, escreveu. A  senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que o discurso foi uma “peça de ficção”. “Esqueceu da corrupção na compra das vacinas, da cobrança de propina, omitiu o desmatamento recorde e as quase 600 mil mortes da Covid-19. Voltou a defender tratamento precoce, é um negacionista cada vez mais isolado”, escreveu no Twitter.

A ONG Oxfam no Brasil emitiu uma nota também crítica ao discurso do presidente e afirmou que Bolsonaro “se mostrou, como sempre, completamente dissimulado em relação às grandes e preocupantes questões brasileiras e globais da atualidade”. “O presidente brasileiro gastou boa parte de seu malfadado discurso na ONU para vender um país que só existe nas campanhas publicitárias oficiais. Tal qual um mascate, ofereceu a investidores externos oportunidades que sonega à sua população, omitindo a imensa crise econômica e de credibilidade de seu governo. Se vangloriou de uma legislação ambiental que não respeita e sabota e teceu elogios ao agronegócio por alimentar ‘mais de 1 bilhão de pessoas no mundo’, mas que deixa quase 20 milhões de brasileiros com fome, e esconde a destruição da floresta amazônica e as constantes ameaças às populações indígenas”, diz a nota da instituição.

Como imprensa internacional viu discurso de Bolsonaro na ONU

Um discurso de abertura “provocantemente constrangedor”. Assim o jornal americano The Washington Post definiu a fala do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) na 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (21/09). A imprensa internacional destacou a estranha situação criada pelo fato de um líder não vacinado e que estimulou o sentimento contrário à vacina no seu país ter feito o discurso de abertura de uma reunião cujo foco principal deverá ser a resposta global à pandemia do coronavírus.

O New York Times observou a defesa feita por Bolsonaro de medicamentos ineficazes para o tratamento da covid-19 e sua tentativa de responder às críticas que tem sofrido. Enquanto o britânico The Guardian enfatizou, além da defesa do “tratamento precoce”, a crítica do presidente brasileiro à exigência de “passaporte de vacinação”.

Quebra do ‘sistema de honra’: “Bolsonaro foi acusado de alimentar o sentimento anti-vacina e diz que não precisa ser vacinado porque se recuperou de um leve caso de covid-19 em julho passado”, contextualizou o Washington Post, em reportagem desta terça-feira, após o discurso do brasileiro. “Embora ele tenha dedicado apenas uma pequena parte de seu discurso à pandemia, sua presença na assembleia diz muita coisa: como não foi totalmente imunizado, Bolsonaro parece ter quebrado regras da ONU que pediam que todos aqueles que fossem entrar na sala da assembleia geral fossem totalmente vacinados, sob um ‘sistema de honra'”, observa o jornal.

“Não está claro se haverá alguma repercussão para o Bolsonaro por aparentemente quebrar a regra”, disse o periódico, destacando ainda que Bolsonaro optou por focar seu discurso numa suposta revitalização política e econômica do Brasil, ao invés da pandemia. O jornal destacou que Bolsonaro não tem sido discreto desde sua chegada a Nova York na segunda-feira, lembrando do encontro entre o brasileiro e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, do episódio da pizza na calçada e do fato de um membro da comitiva diplomática brasileira ter testado positivo para o coronavírus nos Estados Unidos.

Tratamento ineficaz: O New York Times, por sua vez, enfatizou a apologia feita por Bolsonaro de medicamentos ineficazes para o tratamento da pandemia. “O presidente de extrema direita do Brasil disse que os médicos deveriam ter mais margem de manobra para administrar medicamentos não testados para Covid-19, acrescentando que ele estava entre aqueles que se recuperaram após o tratamento ‘fora da bula’ com uma pílula anti-malária que estudos consideraram ineficaz para tratar a doença”, destacou o NYT.

O periódico nova-iorquino também enfatizou a decisão de Bolsonaro de viajar aos Estados Unidos sem ter tomado vacina, lembrando que isso criou situações “constrangedoras”, como o encontro entre Bolsonaro e Boris Johnson, em que o brasileiro disse ao britânico não ter ainda tomado a vacina, aos risos. “O presidente do Brasil liderou uma das respostas mais criticadas do mundo à pandemia”, lembrou o NYT. “Bolsonaro minimizou repetidamente a ameaça que o vírus representava, criticou as medidas de quarentena e foi multado por se recusar a usar máscara.”

Ao destacar o esforço de Bolsonaro para mostrar “um Brasil diferente” em seu discurso e que o país “mudou muito desde 2019”, o jornal acrescentou que a gestão dele enfraqueceu o cumprimento da legislação de proteção ambiental e tirou poderes das agências que tinham essa prerrogativa. “Ainda assim, nesta terça-feira, ele argumentou que o Brasil deveria ser aplaudido por quanto de suas florestas permanecem intactas”, pontuou o jornal.

Figura controversa: O jornal britânico The Guardian lembrou que Bolsonaro se mostrou uma “figura controvertida” ao longo da pandemia de covid-19, “minimizando os impactos do vírus e recusando-se desafiadoramente a ser vacinado”. O Guardian foi um dos poucos veículos estrangeiros a destacar o anúncio feito por Bolsonaro da realização do leilão da tecnologia 5G e a intenção do Brasil de conceder vistos a afegãos “cristãos, mulheres e crianças”.

O periódico também mencionou a fala de Bolsonaro de que o Brasil estaria, antes do seu governo, “à beira do socialismo”. Voltada a um público de investidores, a agência Bloomberg destacou a tentativa de Bolsonaro de melhorar sua imagem, em meio às críticas à sua política ambiental e atuação na pandemia. “O líder conservador destacou os esforços para abrir a economia brasileira ao investimento estrangeiro, defendendo sua política ambiental e sua trajetória durante a pandemia”, observou a Bloomberg. “Bolsonaro, que até agora se recusou a receber a vacina contra a covid-19, disse que seu governo apoia a campanha de vacinação de forma voluntária (…) repetindo que as medidas restritivas adotadas pelos governadores durante a pandemia foram responsáveis ??pelas altas taxas de desemprego e inflação do país.”

Biden assegura que Estados Unidos “não procuram nova guerra fria”

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, assegurou hoje (21), em Nova York, que o país “não procura uma nova guerra fria”. Numa alusão ao confronto que ocorre com a China, Biden insistiu que “não procura uma nova guerra fria ou um mundo dividido em blocos”. Acrescentou que os Estados Unidos “estão prontos para trabalhar com todas as nações que se comprometam e procurem uma solução pacífica para partilhar os desafios, mesmo que existam intensos desacordos em outros domínios”. O líder da Casa Branca também assegurou que o seu país regressará plenamente ao acordo sobre o programa nuclear iraniano, caso o Irã “faça o mesmo”, e prometeu impedir que Teerã consiga obter a bomba atômica. “Os Estados Unidos permanecem determinados e prontos para impedir as armas nucleares iranianas”, afirmou.

Trabalhamos com os membros permanentes do Conselho de Segurança (França, Reino Unido, Rússia e China), e ainda com a Alemanha, “para obter diplomaticamente, com toda a segurança, o regresso do Irã ao Acordo Nuclear”, disse, numa referência ao acordo de 2015 chamado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), acrescentou. O presidente norte-americano prometeu ainda aumentar os esforços internacionais para combater a pandemia de covid-19 e as alterações climáticas.Disse que “vai anunciar compromissos adicionais” para aumentar a vacinação nos países menos avançados, durante cúpula virtual que organiza na quarta-feira. Além disso, Biden se comprometeu a “duplicar de novo” o montante de ajuda dos Estados Unidos aos países mais pobres para enfrentar as alterações climáticas, sem precisar no entanto o valor. A assembleia geral das Nações Unidas, um dos pontos mais altos para a diplomacia internacional, começou hoje (21) em Nova York, com o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, na presença de mais de 100 chefes de Estado e de Governo e representações diplomáticas de todos os 193 Estados-membros.

Ministro da CGU passa a investigado após ataque a Simone Tebet na CPI

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, passou de testemunha a investigado pela CPI da Pandemia, ao final de seu conflituoso depoimento nesta terça-feira (21). A oitiva foi interrompida depois que o depoente chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de “descontrolada”, o que levou vários senadores a saírem em defesa da colega. Simone acabara de expor uma cronologia das supostas ações e omissões da CGU na malograda negociação do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Segundo ela, ao contrário de outros contratos relativos à pandemia da covid-19, a controladoria não agiu preventivamente para barrar irregularidades. A senadora por Mato Grosso do Sul demonstrou que a CGU foi acionada “tarde demais”, contrariando acordo firmado com o Ministério da Saúde em 2020 para analisar previamente os contratos da pandemia.

Ela ressalvou que os auditores da CGU cumpriram seu dever, emitindo notas técnicas destrinchando as irregularidades. No dia 28 de junho, por exemplo, uma dessas notas apontava a tentativa indevida de pagamento antecipado pela Covaxin. Simone acusou Rosário de ter usado uma dessas notas técnicas apenas para defender o governo em uma entrevista coletiva. Ao responder, Wagner Rosário recomendou que a senadora “lesse tudo de novo”, pois só dissera “inverdades”. Simone advertiu que o ministro não poderia dar ordens a uma senadora da República, e comparou-o a um “menino mimado”. Foi então que Rosário usou o termo “descontrolada”, gerando uma celeuma que precipitou o encerramento dos trabalhos. Ele disse ainda a Otto Alencar (PSD-BA), que o chamara de “moleque de recados” do presidente Jair Bolsonaro, que não responderia “em respeito à sua idade”. À saída da reunião, Simone Tebet disse que o ministro desculpou-se em particular: Ele entendeu que se exaltou e vamos dar por encerrado esse capítulo, disse a senadora.

CPI vai ouvir diretor da operadora Prevent Senior nesta quarta

A CPI da Pandemia se reúne nesta quarta-feira (22), a partir das 9h30, para ouvir o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior. A comissão havia agendado o depoimento do empresário para a quinta-feira da semana passada, mas foi comunicada pela equipe de advogados que ele se ausentaria por não ter tido tempo suficiente para se programar e estar presente à CPI. Pedro Benedito Júnior obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus que lhe garante o direito constitucional de permanecer em silêncio em questionamentos que possam incriminá-lo. A comissão quer investigar a empresa sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados à operadora Prevent Senior prescrevessem medicamentos do chamado tratamento precoce para a covid-19, sem eficácia e segurança comprovadas. Também devem ser investigadas denúncias de pacientes da operadora, que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.

O requerimento para convocação de Pedro Benedito Júnior foi apresentado por Humberto Costa (PT-PE). O senador ressalta que a aquisição, distribuição e indução ao uso dos medicamentos como a cloroquina e a hidroxicloroquina, “que compõem com outros medicamentos o chamado kit covid e a terapêutica do ‘tratamento precoce’ eleita pelo governo federal como política pública para enfrentamento da covid-19, por diretriz do presidente Jair Bolsonaro, revelam inadequado investimento de recursos públicos em medida sanitária desprovida de respaldo científico”. De acordo com o parlamentar, que trouxe o caso para conhecimento do colegiado, a denúncia é objeto de avaliação no Tribunal de Contas da União, no âmbito de processo que está sendo movido por um grupo de profissionais médicos ligados à empresa. Segundo Humberto Costa, diversos usuários da Prevent Senior têm procurado os membros da CPI para denunciar essa política. Sem fazer referência ao nome do denunciante, o senador cita no requerimento uma dessas mensagens.

Lewandowski autoriza estados a vacinar adolescentes contra covid-19

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidiu hoje (21) que estados e municípios têm competência para decidir sobre a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra a covid-19. O ministro atendeu ao pedido de liminar de diversos partidos para retomada da imunização após a decisão do Ministério da Saúde de recomendar a suspensão da aplicação para essa faixa etária. Lewandowski entendeu que a decisão da pasta não tem amparo em evidências acadêmicas e critérios estabelecidos por organizações e entidades internacionais e nacionais. O único imunizante autorizado para aplicação em adolescentes é o da Pfizer.

“A aprovação do uso da vacina Comirnaty do fabricante Pfizer/Wyeth em adolescentes entre 12 e 18 anos, tenham eles comorbidades ou não, pela Anvisa e por agências congêneres da União Europeia, dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Canadá e da Austrália, aliada às manifestações de importantes organizações da área médica, levam a crer que o Ministério da Saúde tomou uma decisão intempestiva e, aparentemente, equivocada, a qual, acaso mantida, pode promover indesejáveis retrocessos no combate à covid -19”, decidiu o ministro. Na semana passada, o Ministério da Saúde revisou a recomendação de vacinação de adolescentes.

Em nota técnica, publicada pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, o ministério passou a recomendar a vacinação apenas para os adolescentes entre 12 e 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade. A pasta citou, entre outros argumentos para revisar a recomendação, o fato de que os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos. O ministério alegou ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda imunização de adolescentes com ou sem comorbidades. A OMS, entretanto, não afirmou que a imunização de adolescentes não deveria ser realizada. Em vídeo publicado em junho, a organização disse apenas que, neste momento, a vacinação de adolescentes não é prioritária.

Covid-19: Em 24 horas, foram registrados 485 novos óbitos.

O balanço diário de casos de covid-19 do Ministério da Saúde apontou 573 diagnósticos a menos confirmados que os dados divulgados ontem. Com isso, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia ficou em 21.247.094, enquanto ontem foram contabilizados 21.247.667. Isso porque o Ceará corrigiu a base de dados do estado e reduziu 12.028 casos, o que resultou em uma diminuição do total de novos casos comunicados. 

De acordo com a pasta, em 24 horas, foram registrados 11.455 novos casos no país. Há ainda 405.456 casos em acompanhamento. O nome é dado ao número de casos ativos de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado e estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa.

Boletim Covid-19 21-09-2021

A consolidação das mortes não sofreu variações negativas. Em 24 horas, foram registrados 485 novos óbitos. Com isso, o total de pessoas que não resistiram à doença chegou a 591.440. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 subiu para 20.250.198, o que corresponde a 95,2% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia.

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (148.295), Rio de Janeiro (64.918, registradas até ontem), Minas Gerais (54.095), Paraná (38.556) e Rio Grande do Sul (34.617). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.835), Amapá (1.972), Roraima (1.987), Tocantins (3.747) e Sergipe (6.177).

Anvisa é aceita em programa internacional de inspeções

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (21) que foi aceita no Programa Internacional de Racionalização de Inspeções de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). Com isso, o Brasil passa a integrar um grupo formado por diversos países que atuam de forma articulada para a realização de inspeções e o compartilhamento de informações. A comunicação oficial da conclusão do processo de adesão da Anvisa ao API Cluster (nome do programa) foi feita pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA), na sexta-feira (17).

Segundo a agência reguladora, o reconhecimento como participante ativa fortalece a cooperação já existente entre as agências, contribuindo para o aprimoramento e a racionalização internacional das inspeções de boas práticas de fabricação de insumos farmacêuticos ativos. Como membro efetivo do API Cluster, será possível maior troca de informação entre os órgãos reguladores, com consequente melhora na capacidade de inspeção dos participantes, permitindo que mais locais sejam monitorados e reduzindo a duplicidade de ações.

Além do Brasil, as autoridades membros participantes são as seguintes:

– França (Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé – ANSM)

– Dinamarca (The Danish Medicines Agency – DKMA)

– Irlanda (Health Products Regulatory Authority – HPRA)

– Itália (Agenzia Italiana del Farmaco – AIFA)

– Reino Unido (Medicines & Healthcare Products Regulatory Agency – MHRA)

– The European Directorate of the Quality of Medicines and Healthcare - EDQM

– Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA)

– Australia (Therapeutic Goods Administration – TGA)

– Canadá (Health Canada)

– Japão (Pharmaceuticals and Medical Devices Agency – PMDA)

– Organização Mundial da Saúde (OMS).

SC: Estado confirma 1.169.652 casos, 1.145.590 recuperados e 19.119 mortes

O Governo do Estado relatou que há um total de 1.169.652 casos confirmados de Covid-19. Desses, 1.145.590 são considerados recuperados e 4.943 continuam em acompanhamento. O dado foi divulgado nesta terça-feira, 21. Até esta data, 19.119 mortes foram causadas pelo coronavírus. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,63%.

Houve mais 21 óbitos registrados em comparação com a última atualização diária. A quantidade de casos confirmados subiu 321 e outras 216 pessoas passaram a ser consideradas recuperadas, segundo estimativa do Governo do Estado. Esses dados resultam num aumento de 84 no número de casos ativos.

>>> Confira aqui o boletim diário desta terça-feira, 21
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados

A estimativa do Governo do Estado é que 57 municípios não tenham caso ativo algum. Atualmente, a regional de saúde com mais casos ativos proporcionalmente à população é a de Xanxerê, com 166 para cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Grande Florianópolis (113) e Laguna (95). As que menos têm são Médio Vale do Itajaí (16), Alto Uruguai Catarinense (23) e Carbonífera (24). Dos 1.479 leitos de UTI Adulto existentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 921 ocupados, sendo 347 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A ocupação é de 62,3%.

SC: Estado distribui 378 mil doses contra a Covid-19 nesta quarta-feira

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Uma nova remessa com 378.970 doses da vacina contra a Covid-19 será distribuída às 17 Unidades Descentralizadas de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (UDVEs) ao longo desta quarta-feira, 22. Os imunizantes serão usados para a aplicação da primeira dose nos adultos ainda não vacinados e nos adolescentes de 12 a 17 anos; para a segunda dose; além do reforço nos idosos com 75 anos ou mais.

“Já estamos com mais de 90% da população adulta vacinada com a primeira dose e 50% vacinada com as duas doses ou dose única da vacina contra a Covid-19. Com mais essa remessa, vamos conseguir avançar ainda mais na vacinação agora com os adolescentes e a aplicação da dose de reforço, garantindo a proteção da população catarinense contra o coronavírus”, ressalta o diretor da Dive, João Augusto Brancher Fuck.

Serão enviadas 97.700 doses da Coronavac e 17.304 da Pfizer para aplicação da primeira dose; 56.100 doses da Coronavac e 107 mil doses da AstraZeneca para segunda dose; e 100.866 doses da Pfizer para aplicação da dose de reforço nos idosos de 75 a 79 anos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses.

:: Confira aqui a tabela de distribuição de doses e orientações às secretarias municipais de Saúde

A distribuição das doses para serem usadas como D1, D2 e dose de reforço começa às 8h. As doses das centrais da Grande Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Araranguá, Jaraguá do Sul, Joinville, Mafra, Lages e Rio do Sul serão enviadas via terrestre. Já as doses das centrais São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Videira e Joaçaba serão transportadas pelo avião do Corpo de Bombeiros Militar.

Estado confirma 2.118 novos casos e 67 óbitos pela Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta terça-feira (21) mais 2.118 casos confirmados e 67 mortes referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Há ajustes ao final do texto. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.488.025 casos confirmados e 38.339 mortos pela doença. Os casos confirmados divulgados nesta data são de setembro (1.797), agosto (150), julho (25), junho (99), maio (43) e abril (4) de 2021.

INTERNADOS – 740 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 546 pacientes em leitos SUS (318 em UTI e 228 em leitos clínicos/enfermaria) e 194 em leitos da rede particular (109 em UTI e 85 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 1.484 pacientes internados, 777 em leitos UTI e 707 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 67 pacientes. São 27 mulheres e 40 homens, com idades que variam de 29 a 92 anos. Os óbitos ocorreram entre 23 de abril a 20 de setembro de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (18), Londrina (6), Cascavel (4), Ponta Grossa (3), Pinhais (3), Umuarama (2), Rolândia (2), Foz do Iguaçu (2), Arapongas (2) e Altônia (2).

A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Vera Cruz do Oeste, Três Barras do Paraná, Toledo, Tamarana, Paranavaí, Moreira Sales, Medianeira, Marumbi, Maringá, Marechal Cândido Rondon, Icaraíma, Guarapuava, Foz do Jordão, Fazenda Rio Grande, Cruz Machado, Cornélio Procópio, Colombo, Campo Mourão, Campina da Lagoa, Campina Grande do Sul, Atalaia, Assis Chateaubriand e Almirante Tamandaré.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 6.131 casos de residentes de fora do Estado, 217 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando aqui.

Com cenário mais estável, Estado amplia capacidade de público em eventos

Com o cenário mais estável da pandemia da Covid-19 no Paraná, diretamente relacionado com a vacinação em primeira dose (D1) ou dose única chegando a 95% da população adulta, o Governo do Estado decidiu atualizar o decreto nº 8.705/2021, editado no último dia 14, ampliando a capacidade de público em eventos. De acordo com a nova normativa (nº 8.771/2021), assinada nesta terça-feira (21) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, eventos em espaços abertos, para público exclusivamente sentado ou delimitado, poderão ser realizados com capacidade máxima de lotação de 60% do previsto para o local, desde que não exceda 5 mil pessoas. Já os eventos em ambientes fechados, novamente para público exclusivamente sentado ou delimitado, poderão ser realizados com capacidade máxima de lotação de 50% do previsto para o local, desde que não ultrapasse 2 mil pessoas. Segue valendo, contudo, a necessidade de os participantes estarem com o esquema vacinal completo contra a doença ou apresentar exame RT-PCR negativo, com no máximo 48 horas de antecedência.

O texto prevê excepcionalidade para concursos públicos e demais processos seletivos. A promoção de eventos esportivos com público, por sua vez, será regulamentada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Permanece proibida a realização presencial dos eventos, de qualquer tipo, que possuam uma ou mais das seguintes características: em local fechado que não tenha sistema de climatização com renovação do ar e Plano de Manutenção, Operação e Controle atualizados; que demandem a permanência do público em pé durante sua realização; com duração superior a 6 horas; que não consigam garantir o controle de público no local ou que possam atrair presença de público superior àquele determinado nesta norma, como exposições e festivais; de caráter internacional; realizados em locais não autorizados para esse fim; e que não atendam os critérios previstos nesta legislação e demais normativas vigentes. O documento tem validade até 1º de outubro.

Portugal ainda não aceita certificado de vacinação do Brasil

O embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, publicou um vídeo nas redes sociais para esclarecer que o governo português ainda não aceita o certificado de vacinação contra covid-19 emitido pelo governo brasileiro. Segundo o embaixador, todos os brasileiros que desejarem entrar em Portugal ainda necessitam apresentar teste PCR negativo que tenha sido realizado ao menos 72 horas antes do embarque ou teste de antígeno que tenha sido realizado com no mínimo 48 horas de antecedência ao voo. A regra foi estabelecida em 1º de setembro, quando o país europeu anunciou a abertura a brasileiros em viagens não essenciais. “No passado fim de semana, surgiram algumas notícias dizendo que Portugal reconhecia o certificado de vacinação covid emitido pelas autoridades brasileiras.

Essas notícias não são totalmente corretas”, disse Ramos nesta terça (21). No sábado (18), um comunicado à imprensa do governo português informou que “passam a ser reconhecidos, em condições de reciprocidade e desde que cumpram determinados requisitos, os certificados de vacinação e de recuperação emitidos por países terceiros”. De acordo com o embaixador, Brasil e Portugal ainda não fecharam um acordo de reciprocidade para reconhecimento mútuo de seus certificados de vacinação. “Quando as negociações, que se estão a se desenvolver, entre as autoridades de saúde respectivas chegaram a um bom termo, então aí sim será possível reconhecer os certificados de vacinação”, disse Ramos. Mesmo que o certificado passe a ser aceito, o brasileiro que quiser entrar em Portugal sem apresentar teste negativo para covid-19 só poderá fazê-lo se tiver tomado alguma das vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). São elas: Janssen, AstraZeneca, Moderna e Pfizer.

Argentina reabrirá para brasileiros

O governo argentino anunciou hoje (21) que abrirá as fronteiras para viajantes de países vizinhos, incluindo o Brasil, a partir de 1º de outubro. Na mesma data, o país deixará de exigir o uso de máscaras em espaços abertos sem aglomeração de pessoas, entre outras medidas de flexibilização de regras sanitárias. Os anúncios foram feitos pela ministra da Saúde, Carla Vizotti, que justificou a flexibilização diante do avanço da vacinação na Argentina e da queda na média de contágios diários. “Temos 16 semanas consecutivas de queda nos casos”, disse ela.

“Do ponto de vista sanitário estamos num momento realmente muito positivo”, acrescentou em seguida. Pelo anúncio oficial, a partir de 24 de setembro os argentinos, residentes e estrangeiros com autorização de trabalho poderão entrar na Argentina sem a necessidade de fazer isolamento. No caso dos países vizinhos, corredores sanitários devem ser abertos nas fronteiras a partir de 1º de outubro para a entrada de estrangeiros, incluindo brasileiros. A abertura de tais corredores sanitários dependerão, contudo, da regulamentação pelas autoridades sanitárias locais, que devem estabelecer cotas, ainda não divulgadas, para a entrada de pessoas, informou a ministra. Entre os dias 1º de outubro e 1º de novembro, tais cotas devem ser ampliadas progressivamente, segundo o Ministério da Saúde argentino.

A partir de 1º de novembro, os aeroportos e portos devem ser abertos para os demais estrangeiros. Em todos os casos, para ingressar na Argentina será necessário comprovar o esquema de vacinação contra covid-19 completo há ao menos 14 dias, e ter testado negativo para a doença antes do ingresso. Um novo teste do tipo PCR deverá ser realizado pelo visitante entre o quinto e sétimo dias de estadia, se for o caso. Para quem não tiver o esquema vacinal completo, incluindo menores de idade, o ingresso também será permitido, porém será exigida a realização de quarentena nesses casos, bem como de teste antígenos ao ingressar no país e de teste PCR ao sétimo dia de estadia. Outros anúncios incluem a permissão para reuniões sociais e realização de eventos para mais de mil pessoas, embora com 50% da capacidade do local onde serão realizados. Também foi anunciada a retomada das atividades comerciais, industriais e de serviços com 100% da capacidade.

Talibã nomeia enviado à ONU e pede para falar a líderes mundiais

O Talibã pediu para se pronunciar aos líderes mundiais na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nesta semana, e nomeou seu porta-voz Suhail Shaheen, radicado em Doha, como embaixador do Afeganistão na ONU, de acordo com uma carta vista pela Reuters nessa terça-feira (21). O ministro das Relações Exteriores do Talibã, Amir Khan Muttaqi, fez o pedido em carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na segunda-feira. Muttaqi pediu para falar durante o encontro anual de líderes da Assembleia Geral. O porta-voz de Guterres, Farhan Haq, confirmou a carta de Muttaqi. A medida estabelece um conflito com Ghulam Isaczai, embaixador na ONU em Nova York, representante do governo afegão derrubado no mês passado pelo Talibã.

Haq disse que os pedidos rivais pela vaga do Afeganistão na ONU foram enviados a um comitê de credenciais de nove membros, entre eles os Estados Unidos, a China e Rússia. O comitê não deve se reunir sobre a questão antes de segunda-feira, então é incerto que o ministro do Talibã fale na Assembleia-Geral. A aceitação de um eventual embaixador do Talibã na ONU seria um passo importante para a proposta de reconhecimento internacional do grupo islâmico de linha dura, que pode ajudar a desbloquear verbas necessárias para ajudar a empobrecida economia afegã. Guterres disse que o desejo do Talibã por reconhecimento internacional pode ser o único poder de barganha que outros países tenham para pressionar o governo e pedir o respeito por direitos, especialmente para as mulheres, no Afeganistão. A carta do Talibã diz que a missão de Isaczai “foi considerada encerrada, e ele não representa mais o Afeganistão”, disse Haq.

Libertadores: Palmeiras e Atlético-MG empatam sem gols

O Palmeiras e o Atlético-MG empataram em 0 a 0, na noite desta quarta-feira no Allianz Parque, em São Paulo, na partida de ida das semifinais da Libertadores da América. Agora, as equipes voltam a se encontrar na próxima terça-feira (28) no estádio do Mineirão, onde decidirão quem garante uma vaga na grande decisão da competição continental.

Libertadores: Flamengo e Barcelona de Guayaquil buscam vaga na final

Flamengo e Barcelona de Guayaquil (Equador) disputam o jogo de ida da semifinal da Libertadores, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (22), no estádio do Maracanã. O Rubro-Negro está invicto na atual edição da competição continental, com sete vitórias e três empates. Foi líder do Grupo G com 12 pontos, jogando contra Vélez Sarsfield (Argentina), Unión la Calera (Chile) e LDU (Equador). Nas oitavas de final superou o Defensa y Justicia (Argentina) por 5 a 1 no placar agregado e nas quartas passou pelo Olímpia (Paraguai) com duas vitórias e somando 9 a 2 no placar agregado.

Fonte: Agência Nacional/EBC – Agência Senado – Câmara dos Deputados – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.

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