Brasília: Cai o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente
O presidente Jair Bolsonaro exonerou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A exoneração foi publicada nesta quarta-feira (23) em edição extra do “Diário Oficial da União” e informa que a exoneração foi a pedido de Salles. No mesmo decreto, Bolsonaro nomeou Joaquim Alvaro Pereira Leite como novo ministro do Meio Ambiente. Até então, Leite ocupava o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério. Antes de integrar o governo, o novo ministro do Meio Ambiente foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB), uma das organizações que representam o setor agropecuário no país.
Nesta terça (22), ao participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto, na qual o governo anunciou o Plano Safra 2021-2022, Bolsonaro elogiou Salles. “Prezado Ricardo Salles, você faz parte da história. O casamento da Agricultura com o Meio Ambiente foi um casamento quase que perfeito. Parabéns, Ricardo Salles. Não é fácil ocupar seu ministério. Por vezes, a herança fica apenas uma penca de processos”, declarou Bolsonaro. No Palácio da Alvorada, em conversa com apoiadores nesta quarta, Bolsonaro foi questionado sobre a saída de Salles. E respondeu: “Ele pediu para sair. Ele pediu para sair, então, ele que tem que falar sobre [o assunto] porque ele pediu para sair.”
Alvo de inquéritos: Em pronunciamento no Palácio do Planalto após sua exoneração, Ricardo Salles disse que há uma “criminalização de opiniões e visões diferentes” no Brasil. Também afirmou que houve uma tentativa de dar às medidas adotadas por seu ministério um “caráter de desrespeito à legislação e à Constituição”. O ex-ministro, que ocupava o cargo desde o início do mandato de Jair Bolsonaro, é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
No mês passado, por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados no âmbito da Operação Akuanduba, que foi deflagrada pela Polícia Federal. O órgão apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando. A suspeita é que exista um esquema internacional de exportação ilegal de madeira. O STF também determinou o afastamento de Eduardo Bim do cargo de presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No lugar de Salles, Jair Bolsonaro nomeou Joaquim Álvaro Pereira Leite, que ocupava o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente.
Senadores repercutem demissão de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente
O pedido de demissão do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, repercutiu entre os senadores nesta quarta-feira (23). A exoneração do ministro foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Vários senadores criticaram a atuação do ex-ministro. Durante a sessão deliberativa remota desta quarta, Fabiano Contarato (Rede-ES), ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA), afirmou que Ricardo Salles entra para a história como o pior ministro do Meio Ambiente.
– Ricardo Salles deixa um rastro de violação na pauta ambiental. Acabou com a Secretaria de Mudanças Climáticas, acabou com o plano de combate ao desmatamento, acabou com o Departamento de Educação Ambiental, criminalizou ONGs, ajudou na proliferação de agrotóxicos e não promoveu e nem incentivou um centímetro de regularização de terra indígena — criticou ele.
Redes Sociais: Os senadores também se manifestaram nas redes sociais, especialmente nas questões relacionadas ao aumento do desmatamento; à piora da credibilidade internacional do Brasil no que se refere ao meio ambiente; e ao desrespeito à legislação ambiental. “Ricardo Salles deixa o Ministério do Meio Ambiente e fica um rastro de destruição. Hoje, o Instituto Socioambiental divulgou o maior desmatamento da Amazônia Legal nos últimos 12 anos. Não é coincidência. Mas temos que ficar atentos, pois com o Bolsonaro sempre pode piorar”, publicou o senador Cid Gomes (PDT-CE).
Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), escreveu que a saída de Salles é um sinal verde para o Brasil. “Espero tempos novos e alvissareiros para Amazônia e o Brasil”. “É só um passo”, publicou Jaques Wagner (PT-BA), atual presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA). “O importante é saber se será uma mudança somente de nome ou de postura do governo federal. O que realmente precisa mudar é a orientação do presidente. Sobre o ex-ministro, já não era sem tempo, por todos os males ao Brasil que ele conduziu”, afirmou.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) também disse que Ricardo Salles saiu do governo, mas deixou um rastro de destruição na política ambiental do país. “Foi tarde! Mais importante que a exoneração dele é interromper a política de passar a boiada. Que o próximo ministro seja responsável com o meio ambiente”. “A saída de Salles demorou até demais diante de tantos escândalos. É preciso ter seriedade e competência na pasta do Meio Ambiente, algo que o agora ex-ministro jamais teve”, publicou o senador Paulo Rocha (PT-PA). Fonte: Agência Senado.
Deputado Luís Miranda diz que alertou Presidente sobre suspeitas na compra da Covaxin
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirma ter alertado o presidente sobre indícios de irregularidade na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin. “No dia 20 de março fui pessoalmente, com o servidor da Saúde (que é meu irmão), e levamos toda a documentação para ele”, disse o parlamentar à reportagem nesta quarta-feira (23). O deputado é irmão de Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, que relatou ao MPF (Ministério Público Federal) ter sofrido pressão incomum para assinar o contrato. No depoimento, dado em 31 de março, foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o deputado, naquele encontro o Presidente prometeu acionar a Polícia Federal para investigar o caso. “Para poder agir imediatamente, porque ele compreendeu que era grave, gravíssimo”, disse Miranda. O parlamentar afirmou também que não recebeu retorno do presidente ou da PF. “Não era só uma pressão que meu irmão recebia. Tinha indícios claros de corrupção.”
Miranda e seu irmão serão ouvidos pela CPI da Covid no Senado nesta sexta-feira (25). O deputado compartilhou com a Folha imagens que mostram conversas dele com um auxiliar de Bolsonaro, no dia 20 de março deste ano, pelo celular. Miranda pede que o presidente seja avisado sobre “um esquema de corrupção pesada na aquisição das vacinas”. Ele disse ao auxiliar presidencial ter provas e testemunhas. “Depois não quero ninguém dizendo que eu implodi a república. Já tem PF e o caralho no caso. Ele precisa saber se se antecipar”, disse Miranda ao auxiliar de Bolsonaro.
Naquela mesma tarde, o deputado e o presidente se reuniram no Palácio da Alvorada. Já no 22 de março, Miranda encaminhou ao auxiliar do presidente uma cópia de documento que mostraria tentativa de garantir um pagamento antecipado de US$ 45 milhões (R$ 223 milhões) por um primeiro lote de imunizantes. Esse pagamento não está previsto no contrato assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a Covaxin. “Isso é muito sério! Meu irmão quer saber do PR (presidente da República) como agir”, escreveu Miranda ao auxiliar do presidente. Sem resposta, ele questionou, no dia 23, se Bolsonaro estaria “chateado”, o que o auxiliar negou. “São muitas demandas. Vou lembrá-lo”, respondeu ao deputado. Miranda também compartilhou com a reportagem mensagens que o seu irmão recebeu do coronel Marcelo Pires, ex-diretor do Ministério da Saúde. Ele não especificou a data da conversa. Pires enviou ao irmão do deputado contatos de um servidor do ministério e de um representante da Precisa, e pediu ajuda para agilizar a licença de importação de 4 milhões de doses da Covaxin.
Ministro diz que PF vai investigar deputado por falas sobre vacina
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira (23) que, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o governo vai mandar a Polícia Federal (PF) investigar declarações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) sobre supostas irregularidades na contratação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. O imunizante contra a covid-19 é produzido pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos.
“Quero alertar ao deputado Luís Miranda que o que foi feito hoje é, no mínimo, denunciação caluniosa. E isso é crime tipificado no Código Penal”, afirmou Lorenzoni em coletiva de imprensa convocada pelo Planalto para abordar a situação. “O senhor presidente da República determinou ao ministro-chefe da Casa Civil que a PF abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luís Miranda, sobre as atividades do seu irmão [Luís Ricardo Fernandes Miranda], servidor público do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circunstâncias expostas no dia de hoje. Iremos solicitar um procedimento administrativo-disciplinar junto à CGU [Controladoria-Geral da União, um PAD [procedimento administrativo-disciplinar], para investigar a conduta do servidor”, acrescentou.
CPI deve convocar Onyx Lorenzoni, dizem senadores
A CPI da Pandemia deve convocar o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, para depor. A afirmação foi feita pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), em entrevista ao vivo nesta quarta-feira (23). Segundo eles, as declarações do ministro em entrevista coletiva nesta quarta-feira soaram como ameaça a testemunhas. Eles lembraram que tentativas de obstruir a investigação podem motivar até pedidos de prisão do ministro. A fala do ministro se referiu às denúncias feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Os dois, que devem ser ouvidos pela CPI na próxima sexta-feira (25), denunciaram irregularidades na negociação para compra da vacina indiana Covaxin.
Em depoimento ao Ministério Público feito em março e divulgado na última semana, o servidor do ministério da Saúde afirmou ter sofrido pressão para agilizar a liberação da vacina indiana, desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech. Já o deputado declarou que informou o presidente Jair Bolsonaro sobre isso, mas não teve retorno. Na entrevista coletiva desta quarta-feira, Onyx Lorenzoni afirmou que Bolsonaro mandou a Polícia Federal investigar as duas testemunhas. Ele também disse: “Deputado Luis Miranda, Deus está vendo. Mas você não vai se entender com Deus só não. Vai se entender com a gente também”. Para o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, a segurança das testemunhas precisa ser garantida. “A CPI vai requisitar segurança para o deputado Luis Miranda, o irmão e os familiares. As informações que o deputado está declinando à imprensa e que trará a esta CPI são de extremo interesse público. Sua vida e a de sua família precisam estar resguardadas”, disse o senador pelo Twitter.
Indícios: Para o relator da CPI, Renan Calheiros, a declaração do ministro reflete desespero. “A CPI muda de patamar. Até aqui enfrentamos o negacionismo. Agora as novas pistas indicam para o ‘negocionismo’. Por isso o desespero de Bolsonaro e Onyx Lorenzoni”, publicou o senador em suas redes sociais. Em entrevista publicada na sua página no Twitter, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), lembrou que o deputado Luis Miranda afirmou ter relatado as irregularidades a Bolsonaro. Aziz disse que, nesse caso, a falta de providências pode ser considerada crime de prevaricação. “Se o presidente foi comunicado, ele prevaricou e isso é muito grave. Passear de moto dá. Para tratar de um assunto sério não tem tempo.”
STF confirma decisão que considera Moro parcial no caso do tríplex
Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (23) manter a decisão que reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução do processo do triplex envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Em abril, quando o placar da votação estava em 7 votos a 2 pela parcialidade, o julgamento foi interrompido após um pedido de vista do ministro Marco Aurélio. Em votos proferidos hoje, Marco Aurélio e o presidente do tribunal, Luiz Fux, votaram contra o reconhecimento da parcialidade do ex-juiz. Para os ministros, os diálogos entre procuradores da Operação Lava Jato, que foram alvo de hackers, são ilegais e não podem ser considerados no processo.
“Estes autores que obtiveram prova ilícita, roubada e lavada, foram denunciados e presos por isso, então não há como não se considerar ilícita esta prova”, afirmou Fux. A Corte finalizou o julgamento do recurso da defesa de Lula para manter decisão da Segunda Turma da Corte, que decidiu, em março, pela parcialidade de Moro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também recorreu da decisão. Com a confirmação da decisão do colegiado, o processo sobre o triplex deverá ser retomado do início e ser remetido para a Justiça Federal em Brasília. Antes da decisão sobre a parcialidade de Moro, a pena do ex-presidente era de 8 anos e 10 meses de prisão.
Associação Médica Brasileira conclui que hidroxicloroquina é ineficiente à Covid-19
A Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou nesta quarta-feira (23) mais um estudo que comprova a ineficiência do uso de hidroxicloroquina na prevenção e também no tratamento contra a Covid-19. Foi constatado que o medicamento não diminui o contágio, a hospitalização, o agravamento ou o óbito. Além disso, a investigação atesta que o uso profilático da hidroxicloroquina “aumenta o risco de eventos adversos em 12%”. Embasando-se em 9 ensaios randômicos internacionais, com duplo cego e grupo placebo, a associação teve por objetivo criar uma diretriz de conduta médica no Brasil. “Não é recomendado o uso de HCQ na profilaxia ou no tratamento de pacientes com quadro de covid-19 leve”, conclui a pesquisa.
Santa Catarina é o estado escolhido pelo grupo Nestlé Purina no Brasil para investimento de R$ 1 bilhão
Santa Catarina vai receber um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão do grupo Nestlé Purina no Brasil. A notícia foi confirmada ao governador Carlos Moisés, em reunião com a direção da empresa, na tarde desta quarta-feira, 23. A unidade industrial que será instalada no Estado é voltada à produção de alimento para cães e gatos. A implantação do empreendimento no município de Vargeão, no Oeste, será dividida em três fases, com a geração de aproximadamente dois mil postos de trabalho diretos e indiretos. “É uma excelente notícia para Santa Catarina e, desde já, coloquei o staff do Governo do Estado à disposição para que o investimento saia do papel e se concretize. O projeto da empresa tem tudo a ver com a vocação econômica da região e com o que acreditamos ser importante para gerar desenvolvimento, emprego e renda: o respeito ao meio ambiente. Estamos felizes com a escolha da empresa pelo nosso estado”, comemora o governador Carlos Moisés.
Os secretários de Estado da Fazenda, Paulo Eli e do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, acompanharam a reunião e, imediatamente, deverão iniciar as conversas técnicas para dar suporte à instalação do empreendimento. Na reunião, diretores da empresa fizeram uma breve apresentação do projeto, com números que destacam a aposta num mercado com demanda crescente. Além de atender o consumo local, o objetivo é consolidar o Brasil como plataforma de exportação dos produtos para pets. “Estamos confiantes de que levaremos esse importante investimento para o Estado de Santa Catarina. A localização que estamos estudando será estratégica para acelerarmos nosso crescimento. Entendemos, também, que a nova fábrica, pela complementariedade, vai gerar valor para as cadeias produtivas da região com o aumento da demanda por insumos da agroindústria existente”, afirma Marcel de Barros, CEO de Nestlé Purina no Brasil.
CCJ aprova projeto que muda regras para demarcação de terras indígenas
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (23), por 40 votos favoráveis e 21 contrários, o projeto de Lei (PL) 490/2007, que altera o Estatuto do Índio definido na Constituição de 1988. Parlamentares devem votar propostas de alteração ao texto, os destaques, que podem modificar o projeto nesta quinta-feira (24). Na prática, o projeto estabelece um marco temporal para demarcação das terras, tornando o processo mais complexo. Segundo o texto, serão passíveis de demarcação somente as áreas ocupadas pelos índios até 5 de outubro de 1988, ou as terras em renitente esbulho (perda do bem por violência, clandestinidade ou precariedade). O relator do projeto, Arthur Maia (DEM-BA), tomou como base, na elaboração do texto, o julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Além do marco temporal, Maia adotou o entendimento de renitente esbulho como conflito possessório, iniciado no passado e persistente até o marco demarcatório temporal da data da promulgação da Constituição de 1988.
De acordo com o texto, os processos administrativos de demarcação de terras indígenas ainda não concluídos serão adequados à nova proposta. Outro ponto é que o projeto proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas. O texto apresentado por Maia torna obrigatória a participação de estados e municípios nos procedimentos de demarcação em que se localize a área pretendida e das comunidades diretamente interessadas. O projeto diz que o processo será aberto à manifestação de interessados e de entidades da sociedade civil, desde o início do processo administrativo demarcatório. A proposta permite a retomada de áreas de reservas destinadas aos povos indígenas, “em razão da alteração dos traços culturais da comunidade ou por outros fatores ocasionados pelo decurso do tempo”. O projeto abre ainda espaço para a exploração, em terras indígenas, de atividades econômicas, como as que são ligadas ao agronegócio e ao turismo, incluindo celebração de contratos com não indígenas.
Covid-19: Brasil registra 2.392 mortes e 115.228 casos em 24 horas
O Brasil chegou a 507.109 mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram 2.392 óbitos e 115.228 novos casos. No total, 18.169.881 casos foram confirmados no país. Existem 3.711 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. O número de pessoas recuperadas totalizou 16.483.635. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite de hoje (23). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (123.825), Rio de Janeiro (54.662) e Minas Gerais (45.036). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.716), Acre (1.734) e Amapá (1.811). Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 3,6 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,7 milhão, e Paraná, com 1,2 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 85 mil, seguido por Roraima (109,7 mil) e Amapá (116,1 mil).
Vacinação
Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 123,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 90 milhões de doses, sendo 65,3 milhões da primeira e 24,7 milhões da segunda dose.
SC: Estado confirma 1.035.042 casos, 997.436 recuperados e 16.496 mortes
Santa Catarina já registrou 1.035.042 pacientes com confirmação de infecção pelo novo coronavírus. Desses, 997.436 são considerados recuperados e 21.110 continuam em acompanhamento. O número foi divulgado nesta quarta-feira, 23. A doença respiratória causou 16.496 óbitos no estado desde o início da pandemia. Esses números colocam a taxa de letalidade em 1,59%. Esses números representam um crescimento de 141 no número de casos ativos e há 60 óbitos adicionais em comparação com o último boletim. O total de confirmados subiu 2.914, enquanto 2.713 pessoas passaram a se enquadrar nos critérios para serem consideradas recuperadas.
>>> Confira aqui o boletim diário desta quarta-feira, 23
>>> Confira o detalhamento dos óbitos por data
>>> Saiba mais sobre as fontes e os conceitos dos dados
A estimativa do Governo do Estado é que 288 municípios tenham casos ativos. Atualmente, a regional de saúde com mais casos ativos proporcionalmente à população é Meio-Oeste, com 515 para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão Xanxerê (468) e Serra (440). Dos 1.527 leitos de UTI Adulto existentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, há 1.471 ocupados, sendo 952 por pacientes com confirmação ou suspeita de infecção por coronavírus. A ocupação é de 96,3%.
Avanço na vacinação contra a Covid-19: SC recebe mais 265 mil doses nesta quinta-feira
Santa Catarina recebe nesta quinta-feira, 24, mais um reforço para o avanço da vacinação contra a Covid-19. Três lotes, totalizando 265.400 doses de imunizantes encaminhados pelo Ministério da Saúde, chegam ao Estado. O governador Carlos Moisés reforça o compromisso do governo em acelerar a vacinação com a chegada dos novos lotes: “É mais um avanço a ser comemorado. Como fazemos desde o início da campanha, garantiremos uma distribuição rápida aos municípios, que são os responsáveis pela aplicação. Mantemos o compromisso de aplicar a primeira dose em todos os catarinenses com mais de 18 anos até outubro”, disse o governador.
Na manhã desta quinta-feira, chegam ao Aeroporto de Florianópolis 126,2 mil doses da Coronavac. No começo da tarde, o Estado recebe mais 86.850 da Pfizer. Chegam também nesta quinta, de acordo com informação do Ministério da Saúde, 52.350 doses da vacina Janssen, fabricada pela Johnson & Johnson. Os imunizantes serão direcionados às 17 Unidades Descentralizadas de Vigilância Epidemiológica (UDVEs) das Regionais de Saúde de Santa Catarina. Pela primeira vez, o Estado receberá a vacina Janssen. As 52.350 unidades serão aplicadas em dose única, o que permitirá acelerar a imunização. Segundo o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, o recebimento das vacinas da Janssen é um passo importante para o avanço no calendário de imunização. “Nosso Estado vem ampliando a vacinação. Seguindo nosso calendário, teremos toda a população catarinense maior de 18 anos vacinada com pelo menos com a primeira dose até outubro deste ano”, ressaltou o secretário.
Óbitos pela Covid-19 ultrapassam 30 mil no Paraná
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta-feira (23) mais 9.669 casos confirmados e 119 mortes pela Covid-19 no Paraná. Os números são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 1.233.846 casos confirmados e 30.098 óbitos. Os casos confirmados divulgados nesta data são de janeiro (31), fevereiro (75), março (61), abril (92), maio (2.951), junho (6.434), e dos seguintes meses de 2020: março (1), junho (1), agosto (1), setembro (1), outubro (3) novembro (5) e dezembro (13).
INTERNADOS – O informe relata que 2.397 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.905 pacientes em leitos SUS (941 em UTI e 964 em enfermaria) e 492 em leitos da rede particular (266 em UTI e 226 em enfermaria). Há outros 2.735 pacientes internados, 1.115 em leitos UTI e 1.620 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão na rede pública e rede particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.
ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 119 pacientes. São 52 mulheres e 67 homens, com idades que variam de 28 a 92 anos. Os óbitos ocorreram de 25 de dezembro de 2020 a 23 de junho de 2021. Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (23), Laranjeiras do Sul (10), Paranaguá (8), Maringá (7), Ponta Grossa (7), Londrina (6), Cambé (4), Fazenda Rio Grande (4), Apucarana (3), Campo Largo (3), São José dos Pinhais (3), General Carneiro (2), Mandaguaçu (2), Siqueira Campos (2), São Mateus do Sul (2) e Toledo (2).
A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Amaporã, Barra do Jacaré, Borrazópolis, Cianorte, Colombo, Céu Azul, Doutor Ulysses, Florestópolis, Foz do Iguaçu, Grandes Rios, Ibiporã, Iporã, Mandirituba, Mangueirinha, Marechal Cândido Rondon, Moreira Sales, Morretes, Palmas, Pato Branco, Primeiro de Maio, Rio Branco do Sul, Santa Fé, Santa Helena, Santo Antônio da Platina, Sarandi, Tapejara, Telêmaco Borba, Terra Boa, Tunas do Paraná, Ubiratã e Vera Cruz do Oeste.
FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 6.553 casos de residentes de fora do Estado, sendo que 169 pessoas foram a óbito.
Vacinas da Janssen chegam ao Paraná nesta quinta-feira
O Ministério da Saúde confirmou na noite desta quarta-feira (23) que as vacinas da Janssen, divisão farmacêutica do grupo Johnson&Johnson, também chegarão ao Paraná nesta quinta-feira (24). Serão 91.250 imunizantes, cuja eficácia é garantida em dose única. Elas estarão no mesmo avião que trará as 211.200 doses da CoronaVac/Butantan. O voo AD-4830 deve chegar no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 13h45. Logo em seguida serão encaminhadas para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
Pouco antes, às 13h20, chega o voo com 136.890 doses da Pfizer/BioNTech. As 439.340 novas vacinas fazem parte da 27ª pauta de distribuição do governo federal. Apenas o lote de CoronaVac/Butantan tem segundas doses. As demais serão destinadas para a continuidade da aplicação em grupos prioritários e na população em geral, conforme escalonamento de idades alcançado em cada um dos 399 municípios. O primeiro lote dos imunizantes da Janssen deve ser destinado, no Paraná, para trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, transporte ferroviário, transporte aquaviários e caminhoneiros.
Estados Unidos doam 3 milhões de doses da Janssen para o Brasil
Os Estados Unidos doaram para o Brasil um lote de 3 milhões de doses da vacina da Janssen contra a covid-19. O carregamento será recebido na sexta-feira (25) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e um representante da embaixada americana, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Segundo informou o Ministério da Saúde no início da noite de hoje, o Brasil aplicou 90 milhões de doses de vacina contra a covid-19, com 65 milhões de adultos imunizados com a primeira dose. Segundo a pasta, o número representa 40% do público-alvo, composto por diversas faixas etárias acima de 18 anos.
Aquecimento global ameaça cidades costeiras, alertam peritos da ONU
A subida do nível do mar, as inundações e a intensificação das ondas de calor ameaçam as cidades costeiras em todo o mundo, diz relatório provisório do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (IPCC, na sigla em inglês). De Bombaim a Miami, Daca ou Veneza, essas cidades e os seus milhões de habitantes que vivem na foz dos estuários ou nas linhas sinuosas da costa estão “na linha da frente” da crise climática, que corre o risco de redesenhar os mapas dos continentes, afirma o documento. “O nível do mar continua a subir, as inundações e as ondas de calor são cada vez mais frequentes e intensas e o aquecimento aumenta a acidez do oceano”, observam os cientistas no relatório de 4 mil páginas sobre os impactos das mudanças climáticas.
De acordo com os peritos climáticos, é preciso “fazer escolhas difíceis”. Sob o efeito combinado da expansão dos oceanos e do degelo causado pelo aquecimento, a subida do nível do mar também ameaça contaminar os solos agrícolas com água salgada e engolir infraestruturas estratégicas, como portos ou aeroportos. Um “perigo para as sociedades e para a economia mundial em geral”, alerta o IPCC, lembrando que cerca de 10% da população mundial e dos trabalhadores estão a menos de dez metros acima do nível do mar.
“Para algumas megalópoles, deltas, pequenas ilhas e comunidades árticas, as consequências podem ser sentidas muito rapidamente, durante a vida da maioria das populações atuais”. De acordo com os peritos, o nível do oceano pode subir 60 centímetros até ao final do século. “O destino de muitas cidades costeiras é sombrio sem uma queda drástica nas emissões de CO2”, dizem os pesquisadores, acrescentando que “qualquer que seja a taxa dessas emissões, o aumento do nível dos oceanos acelera e continuará a ocorrer durante milénios”.
Na despedida de Gerson, Flamengo bate Fortaleza no Maracanã
Na partida que marcou a despedida do meio-campista Gerson, o Flamengo derrotou o Fortaleza por 2 a 1, na noite desta quarta-feira (23) no estádio do Maracanã. Bruno Henrique marcou duas vezes para o Rubro-Negro, enquanto David descontou para o Leão do Pici. Para ao menos um jogador esta partida ficará guardada na memória, Gerson, que está se transferindo para o Olympique de Marselha (França) após 109 jogos e oito títulos conquistados pelo time da Gávea. O próximo jogo do Flamengo pelo Brasileiro será no próximo domingo (27), quando enfrenta o Juventude no Rio Grande do Sul. No mesmo dia o Fortaleza visita o Grêmio.
Atlético-GO tira invencibilidade do Fluminense no Brasileiro
O Atlético-GO tirou a invencibilidade do Fluminense na atual edição do Campeonato Brasileiro, em partida realizada na noite desta quarta-feira (23) no estádio Antônio Accioly. O Dragão venceu o triunfo, válido pela 6ª rodada da competição, por 1 a 0 graças a gol do zagueiro Nathan Silva.
Ytalo brilha, Bragantino vence Palmeiras e assume ponta do Brasileiro
O Red Bull Bragantino passará a noite na liderança do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira (23), o Massa Bruta derrotou o Palmeiras por 3 a 1 no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP), pela sexta rodada da competição. O atacante Ytalo, no centésimo jogo dele pelo Braga, foi o destaque da noite, com três gols.
Empate mantém São Paulo e Cuiabá sem vencer no Campeonato Brasileiro
Nem o São Paulo nem o Cuiabá encerraram o jejum de vitórias no Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira (23), as equipes ficaram no 2 a 2 no Morumbi, na capital paulista, pela sexta rodada da competição. Os times voltam a campo pela sétima rodada do Brasileiro neste domingo (27), às 20h30 (horário de Brasília), ambos fora de casa. O São Paulo encara o Ceará na Arena Castelão, em Fortaleza. O Cuiabá visita o Sport na Ilha do Retiro, em Recife.
Copa América: Brasil vence Colômbia no fim em duelo com gol polêmico
Um gol de Casemiro, no último dos dez minutos de acréscimos do segundo tempo, garantiu a terceira vitória consecutiva do Brasil na Copa América. Nesta quarta-feira (23), a seleção de Tite superou a Colômbia por 2 a 1 no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela quarta e penúltima rodada do Grupo B.
França se classifica em primeiro no grupo da morte da Eurocopa
Dois gols de pênalti de Cristiano Ronaldo ajudaram Portugal a se classificar para as oitavas de final da Eurocopa, após um empate por 2 a 2 com a França nesta quarta-feira (23), em uma conclusão dramática do Grupo F, que também teve a classificação da Alemanha. A campeã mundial França garantiu a primeira posição no chamado grupo da morte, no qual a Alemanha terminou em segundo lugar e Portugal em terceiro, com os mesmos pontos dos alemães.
Espanha goleia Eslováquia e enfrentará Croácia nas oitavas da Eurocopa
A Espanha impôs a maior goleada desta Eurocopa, nesta quarta-feira (23), ao bater a Eslováquia por 5 a 0 na última partida do Grupo E, terminando em segundo lugar da chave, e vai enfrentar a Croácia nas oitavas de final. Os gols de Aymeric Laporte, Pablo Sarabia, Ferrán Torres e dois gols contra dos eslovacos Martin Dubravka e Juraj Kucka selaram a passagem da Espanha para a fase de mata-mata.
Fonte: Agência Nacional/EBC – Agências de Notícias dos estados de SC e Paraná.