Os oficiais responsáveis pela contenção do material radioativo produzido pela usina nuclear Fukushima Daiichi, no Japão, estão enfrentando um problema: falta espaço para armazenar água contaminada, originária do subsolo e que se infiltra nas instalações.
Diariamente, 170 toneladas de água são retiradas, e 1,7 milhão de toneladas já foram armazenadas em contêineres especiais. Um subcomitê de especialistas do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão anunciou que há três possibilidades para lidar com toda essa água: jogá-la no oceano pacífico, evaporá-la e deixar que o vapor chegue à atmosfera ou uma mistura dos dois métodos.
As tecnologias de descontaminação, que poderiam permitir um reaproveitamento, ainda não são capazes de efetuar esse trabalho. Nesse contexto, o governo japonês tem a intenção de autorizar a disseminação do produto no Pacífico.
As autoridades afirmam que a água foi processada por um sistema chamado ALPS, capaz de reduzir a quantidade de 62 tipos de substâncias radioativas para níveis seguros. Entretanto, a afirmação é controversa: um estudo feito em 2018 descobriu que 80% da água armazenada na época (cerca de 750 milhões de toneladas) ainda tinha níveis de radiação acima do permitido.
Apesar das possibilidades, ao que tudo indica, o governo japonês prefere jogar a água no oceano. Isso seria feito gradualmente, ao longo de 10 anos.
O Greenpeace na Coreia do Sul já havia feito o alerta sobre a intenção do Japão.