A rede de lanchonetes “Madero” está negociando a compra do complexo de entretenimento Beto Carrero, segundo apurou “Exame”. A operação é estimada em 1 bilhão de reais e deve ser concluída ainda neste mês de agosto.
“O parque multitemático Beto Carrero World, um dos maiores da América Latina e sediado em Penha (SC), está prestes a mudar de mãos. E quem deve assumir mesmo a operação é o Grupo Madero.
As negociações estão na reta final, a expectativa é de que a transação seja fechada até o final do mês de agosto.
As negociações começaram em novembro e tinham, pelo menos, outros dois interessados: os fundos Advent, que opera redes de varejo como o Walmart, no Brasil, e o Carlyle, que detém, desde janeiro, uma participação de 22% no Madero.
O Madero foi criado em 2005 pelo empresário Junior Durski, é avaliada hoje em R$ 3 bilhões. Com 141 lojas no País, o Madero deve encerrar o ano com 52 novas unidades, contando as marcas Madero, Jerônimo e Steak House.
Ótimo investimento
O personagem Beto Carrero que atrai o Grupo Madero ao empreendimento catarinense. João Batista Murad, o Beto Carrero, nasceu em 9 de setembro de 1937. Ele trabalhou no mercado publicitário e editorial e criou o personagem em homenagem ao pai. Nos anos 70, trabalhou como agente de artistas e realizou shows em feiras, rodeios e exposições. E na década seguinte, entrou no universo circense.
O parque foi inaugurado em 28 de dezembro de 1991, no Litoral Norte catarinense, com alguns brinquedos infantis e duas lonas de circo. Com o passar do tempo, o espaço ganhou novas atrações e áreas temáticas. Murad morreu em 1° de fevereiro de 2008.
Visto como uma companhia com grande potencial no setor, o Beto Carrero recebeu 2,4 milhões de visitantes no ano passado e teve geração de caixa de R$ 119 milhões. Para este ano, porém, a previsão é que haja uma queda desse valor, para R$ 115 milhões. Em abril, o BNDES liberou R$ 50 milhões para financiar expansão do complexo.
A mãe, o filho e a irmã de Beto Carrero, são os atuais donos do parque. A família decidiu se desfazer do negócio por ter se mudado para os Estados Unidos. Inicialmente, a informação que corria no mercado era que a empresa estava interessada em abrir seu capital. Mas vender não era opção.
Procurado, os responsáveis pelo Parque negam as tratativas: “Esta é uma informação improcedente. Junior Durski do Madero, também não comenta.
Fonte: EXAME