Um tanque de transporte de combustível e um gigantesco contêiner de carga impedem o tráfego em uma ponte na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia. Um deputado afirmou que militares venezuelanos bloquearam a ponte Tienditas na tarde de terça-feira (5).

Foto: Colombian Migration Office / AFP
Foto: Colombian Migration Office / AFP

O bloqueio acontece em um momento em que em que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o autodeclarado presidente interino, Juan Guaidó, travam uma disputa sobre a entrega de ajuda humanitária no país.

Franklyn Duarte, deputado no estado fronteiriço venezuelano de Táchira, disse à AFP que “efetivos das Forças Armadas bloquearam a passagem” da ponte Tenditas, que liga as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela), como constatou uma equipe da AFP.

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Foto: Colombian Migration Office / AFP

De acordo com o jornal “El Universal”, a ponte Tienditas ainda não foi inaugurada. Porém, segundo a imprensa, seria uma das rotas para a entrada de remessas de alimentos e remédios do exterior.

Os Estados Unidos ofereceram uma ajuda inicial de US$ 20 milhões de dólares, e o Canadá, de outros US$ 53 milhões.

Para Maduro, os Estados Unidos utilizam Guaidó para derrubá-lo e sua ajuda humanitária, que começou a ser enviada dos EUA para a Colômbia – na tentativa de fazê-la chegar à Venezuela – é o início de uma intervenção militar americana.

Foto: Colombian Migration Office / AFP
Foto: Colombian Migration Office / AFP

“Aqui na Venezuela não vai entrar ninguém, nem um soldado invasor. Nesta terra ninguém toca”, declarou o chavista, que conta com Rússia, China, Turquia e Irã como aliados. “Querem mandar dois caminhõezinhos com quatro panelas. A Venezuela não tem que mendigar a ninguém. Se querem ajudar, que acabem com o bloqueio e as sanções”, disse o presidente, assegurando que não permitirá que “humilhem” o país com o “show da ajuda humanitária”. Afirmou Maduro.